Ranking dos calouros da NBA 2019-2020 #1
Calouros entram na liga com números regulares e Grizzlies são os grande vencedores do último Draft até o momento
Com um pouco mais de um mês do início da temporada da NBA, uma nova classe de calouros já tem demonstrado acertos e erros no último Draft. Mesmo com nomes de peso como Zion Williamson e Ty Jerome lesionados desde o início da temporada, esse grupo está com boas credenciais até o momento.
Ja Morant e R.J. Barrett têm mostrado flashes que podem ser os jogadores de franquia como se esperava deles. Com Zion ainda no estaleiro, Memphis Grizzlies e New York Knicks não têm tido motivos para reclamar por não terem ficado atrás do New Orleans Pelicans no último Draft.
Outros nomes aproveitaram buracos no elenco ou caíram como uma luva no esquema das equipes. Eric Paschall tem sido uma das poucas notícias boas para o torcedor do Golden State Warriors. Com potencial para ser polido – principalmente na defesa -, o ala tem se mostrado um bom pontuador e pode crescer ainda mais com as voltas de Stephen Curry e Klay Thompson.
Também vale destaque as participações de Tyler Herro e Rui Hachimura. Herro é o chutador para colocar fogo na partida vindo do banco e tem justificado a confiança de Pat Riley. Já Hachimura tem unido proteção ao aro e espaçamento de quadra no ataque no fraco Washington Wizards.
Obviamente o sinal amarelo do início de temporada tem boas chances de se contradizer, mas o início de temporada dos Pelicans é decepcionante. Ainda sem Zion, a equipe tem apenas quatro vitórias em 13 jogos e os calouros Jaxson Hayes e Nickeil Alexander-Walker ainda não renderam conforme o esperado.
Quer saber mais sobre essas certezas e dúvidas das equipes sobre suas jovens estrelas? Confira abaixo o top 10 dos calouros do primeiro mês da temporada 2019-2020 da NBA, mais um conteúdo exclusivo do The Playoffs, que irá acompanhar o desempenho deles mensalmente.
1- Ja Morant, Memphis Grizzlies (Draft: segunda escolha)
Quando Zion se lesionou automaticamente Morant foi apontado como um dos favoritos a vencer o prêmio de Calouro do Ano. E o armador dos Grizzlies tem justificado essa expectativa. Com médias de 18,4 pontos e seis assistências, o atleta tem mantido uma característica importante de seu período no College. A pontuação.
Morant tem chutado para 42,3% da linha dos três pontos e 47,2% dentro de quadra. Números que corroboram a qualidade do armador de controlar em todos os aspectos o ataque dos Grizzlies. Com isso, Memphis tem sido uma das equipes mais divertidas de acompanhar neste início de temporada da NBA.
2- Kendrick Nunn, Miami Heat (Draft: não draftado)
O Heat com nove vitórias em 12 jogos tem sido uma das principais surpresas deste início de temporada. A equipe de Erik Spoelstra se baseia em forte defesa e transição rápida. Para isso, a equipe precisa de bons chutadores para definir as jogadas com velocidade e Miami achou um deles fora do Draft.
Obviamente a agressão contra sua namorada em seu período de faculdade retirou Nunn das primeiras escolhas e pegar o atleta envolvia riscos. O armador lutou na G League no ano passado e ficou longe de confusões. Agora ostenta 17,8 pontos, 1,6 roubada de bola e 38,4% nas bolas de três. Números de veterano e que têm sido fundamentais para a boa campanha do Heat.
3- R.J. Barrett, New York Knicks (Draft: terceira escolha)
Barrett teve um excelente início de temporada com sete jogos de ao menos 15 pontos nos seus primeiros oito de carreira. Mas a realidade dos Knicks é difícil e até o calouro viu seus números decaírem como o decorrer da temporada.
Nos últimos seis jogos, apenas duas pontuações acima dos 15 pontos e uma partida com 1-9 nos chutes de quadra contra o Dallas Mavericks (vitória dos Knicks por 106 a 102). Mesmo assim, o calouro mantém uma média de 15,8 pontos com 41% de aproveitamento nos chutes de quadra e 37% nas bolas de três.
4- Eric Paschall, Golden State Warriors (Draft: 41ª escolha)
Se a ocasião faz o ladrão, Paschall soube aproveitar muito bem o momento caótico do início de temporada dos Warriors. Curry se lesionou e se juntou a Thompson no departamento médico e com isso Golden State ficou sem referências na produção ofensiva.
Mas Paschall veio com moral do College e mostrou ser um jogador interessante para o futuro da franquia. Um ala-pivô que tem boa presença no ataque (16,7 pontos e 51% de aproveitamento dos chutes de quadra) e que ainda tem teto para melhorar na defesa. Quem sabe os Warriors finalmente acharam alguém para substituir Draymond Green a médio prazo. Talento o calouro já mostrou.
5- Rui Hachimura, Washington Wizards (Draft: nona escolha)
O time dos Wizards nesta temporada é um dos piores da liga e está claro que o “modo tank” está ativado. Mas Hachimura tem conseguido dar alento aos torcedores da franquia. Se não é o franchise player, o ala tem demonstrado que pode ser um excelente complemento a uma estrela futura.
O japonês tem médias de 13,1 pontos e 5,5 rebotes e tem mostrado bom polimento na defesa e no poste baixo. Algo que ele pode melhorar é o chute de média e longa distância. Vale observar que o desempenho de pontos do calouro está caindo. Em outubro sua média foi de 18 pontos, enquanto em novembro está situada em 10,3 pontos.
6- Tyler Herro, Miami Heat (Draft: 13ª escolha)
O trabalho do front office do Heat foi excelente na offseason. A aposta no jogo de transição tem se mostrado acertada sob a batuta de Spoelstra e além de Nunn, Herro tem sido uma peça importante vinda do banco da equipe.
A média de 13,3 pontos e 37,5% de aproveitamento na linha dos três coloca Herro como mais uma peça fundamental na rotação da equipe. Se o armador conseguir maior consistência e estabilizar sua pontuação – o calouro teve dois jogos com menos de sete pontos no mês -, seus 28,3 minutos por jogo podem crescer.
7- Coby White, Chicago Bulls (Draft: sétima escolha)
Já mencionamos no ano passado como a organização Bulls tem se mostrado uma bagunça. Mas assim como em Wendell Carter Jr., o trabalho no Draft tem sido bem feito. Por enquanto White ainda tem status de reserva, mas os flashes apresentados quando ficarem constantes vão garantir sua presença de titular.
Após cinco jogos seguidos com menos de dez pontos entre outubro e novembro, nos últimos sete jogos, seis tiveram ao menos dez pontos anotados por White. Incluindo uma sequência de 26 e 27 pontos contra Knicks e Milwaukee Bucks.
8- Brandon Clarke, Memphis Grizzlies (Draft: 21ª escolha)
Antes da temporada, analisei que os Grizzlies tinham sido os grandes vencedores do último Draft. Clarke é um reserva de um forte garrafão com Jaren Jackson Jr. e Jonas Valanciunas e quando tem entrado em quadra não tem diminuído a produção da dupla.
Em apenas dois jogos na temporada o ala não anotou ao menos dez pontos. Além disso, sua proteção ao aro é notável com 1,2 toco e 6,2 rebotes. Além disso, Clarke tem crescido seu desempenho. Em outubro sua média foi de 10,5 pontos e em novembro chegou a 13,3 pontos, sendo que em seu último jogo ele anotou 19 pontos (maior na carreira) contra o forte Denver Nuggets.
9- P.J. Washington, Charlotte Hornets (Draft: 12ª escolha)
Washington já demonstrava em Kentucky ser um ala dinâmico. Firme na proteção ao aro e versátil no ataque. Com uma média de 48,9% nas bolas de três e 12,5 pontos por jogo, o calouro tem demonstrado que seu teto ainda é alto.
O grande problema de Washington tem sido sua inconstância. Em novembro, teve três jogos com cinco pontos ou menos. Por isso, uma média estabilizada em cerca de dez pontos colocaria o calouro ainda mais dentro de quadra e elevaria seus atuais 29 minutos.
10- De’Andre Hunter, Atlanta Hawks (Draft: quarta escolha)
Hunter foi um talento no College, mas visivelmente seu jogo precisava de ajustes dentro da NBA. Seu primeiro mês em Atlanta demonstrou todas suas virtudes e dificuldades, como por exemplo sua defesa ainda crua e seu arsenal ofensivo ainda limitado, principalmente nas infiltrações.
Mesmo assim o ala tem tido números regulares na bola de três (32,7%) e nos últimos cinco jogos Hunter deixou ao menos 11 pontos em quadra. Vale lembrar que os Hawks viram um início mais tímido de Trae Young no ano passado e em três meses o armador colocou seu nome de forma regular, sendo essa palavra primordial para o crescimento do calouro na liga.
Menções honrosas
Bateram na trave nessa seleção os armadores Darius Garland (Cleveland Cavaliers), Jarrett Culver (Minnesota Timberwolves), Cameron Johnson (Phoenix Suns) e Jordan Poole (Warriors).
Quem teve um desenvolvimento mais latente e podem ser surpresas nas próximas listas são Kevin Porter Jr. (Cavaliers), Cam Reddish (Hawks), Carsen Edwards (Boston Celtics) e Ky Bowman (Warriors).
Além de obviamente aguardarmos a entrada de Zion Williamson na liga, o que pode acontecer somente em 2020, se sua lesão no joelho não se recuperar confirme esperado.
Fotos: Reprodução Twitter/Ney York Knicks, Divulgação Twiiter/Ja Morant, Divulgação Twitter/NBA, Divulgação/Facebook Washington Wizards