O primeiro mês da temporada passou voando. Entre o retorno de Kawhi Leonard, crise no Golden State Warriors e o início da Era LeBron James em Los Angeles, os calouros desta temporada têm mostrado formarem uma classe competente e com potencial de alguns All-Star para os próximos anos.

Dentre eles, o principal destaque é o armador Luka Doncic. Mais do que bons números (veja mais logo abaixo), o esloveno tem mostrado ser um líder no Dallas Mavericks, sendo referência em diversos momentos decisivos, mesmo com apenas 19 anos de idade.

Quer saber mais sobre essas jovens estrelas? Confira abaixo o Top-10 dos calouros após o primeiro mês da NBA, mais um conteúdo exclusivo do The Playoffs que traremos mensalmente por aqui, sempre com atualizações de acordo com o desempenhos dos rookies.

1- Luka Doncic, Dallas Mavericks (pick 3 do Draft)

Médias de 19,3 pontos (cestinha entre os calouros e dos Mavs), 6,9 rebotes, 4,1 assistências e 38,3% de aproveitamento nos chutes de três. Os números já credenciam Doncic a ser o calouro do ano, mas o seu jogo tem demonstrado algo a mais sobre o jovem esloveno. Se você leitor tem alguma dúvida, os dois minutos finais do duelo contra os Warriors (realizado no último sábado) mostram que o armador veio para ficar. Os Mavericks venceram seis dos seus últimos oito jogos, com o céu sendo o limite com o potencial de Luka aumentando durante a temporada.

2- Deandre Ayton, Phoenix Suns (pick 1)

A primeira escolha do Draft tem justificado sua posição entre os melhores da liga. Com uma mistura de força e velocidade, Ayton tem potencial para ser um dos melhores pontuadores no garrafão da NBA nos próximos anos. Prova disso é sua média de duplo-duplo (única entre os calouros) nesse início de temporada com 16,5 pontos e 10,5 rebotes. O grande problema do início da carreira do pivô é um ponto comum para os calouros, a defesa. Mesmo em uma fraca equipe, a verdade é que Deandre é facilmente batido em diversos lances, sendo clara a necessidade de melhora em seus fundamentos e, principalmente, na sua percepção do jogo, já que ele não é mais o maior rapaz da quadra como na época de college.

3- Trae Young, Atlanta Hawks (pick 5)

A temporada de calouro é recheada de altos e baixos, o que muitas vezes é positivo no rito de aprendizagem dos jovens. E esse tem sido o cenário de Young neste primeiro mês. Sendo a nova cara do Atlanta Hawks desde o primeiro dia, o armador conseguiu estabelecer médias de 16,2 pontos e 8,1 assistências, tendo conseguido uma partida com 35 pontos (ok, foi contra o Cleveland Cavaliers, mas vale o registro). Mas em seus últimos cinco jogos, em quatro ele não conseguiu somar mais de dez pontos, tendo apenas uma cesta de três convertida nessa série de partidas. Para subir no ranking e ajudar os Hawks a não serem a pior franquia da NBA é preciso bem mais de Trae.

4- Jaren Jackson Jr., Memphis Grizzlies (pick 4)

Outra vítima da irregularidade nesse início de temporada é Jackson Jr. Com noites de 27 pontos e outras com apenas quatro, o jovem ala-pivô tem ao menos conseguido ganhar mais minutos em quadra, tendo atuado pelo menos 16 minutos em todos os jogos do mês de novembro do Memphis Grizzlies, com exceção da vitória contra o San Antonio Spurs no último dia 21. E muito dessa presença se deve à boa presença de Jaren na defesa (algo raro em calouros, como já mencionado). Prova é a média de 1,8 toco, melhor entre os atletas de primeiro ano junto de Wendell Carter Jr.

5- Wendell Carter Jr., Chicago Bulls (pick 7)

E por falar em Carter Jr, a torcida do Chicago Bulls sabe que encontrou no atleta um possível líder da defesa, que por sinal, precisa muito de ajuda. Regular nesse início de temporada, o jovem pivô tem se mostrado um jogador polido em diversos fundamentos de quadra (valeu Coach K), tendo auxiliado os Bulls com uma boa média de 11,4 pontos, além de 7,3 rebotes e 1,8 toco.

6- Marvin Bagley III, Sacramento Kings (pick 2)

Bagley tem um grande desafio até o momento: competir com o concorrente a Most Improved Player Nemanja Bjelica, pela posição de titular. Enquanto o sérvio não volta ao seu padrão, o jovem ala-pivô mostra bons números vindo do banco – 12 pontos, 6,1 rebotes e 1,3 toco, isso com 16,31 minutos em quadra. Com esses índices, fica claro que quando Dave Joerger precisar terá um titular pronto para entrar nesse jovem elenco do Sacramento Kings.

7- Collin Sexton, Cleveland Cavaliers (pick 8)

“Odiado” pelos veteranos dos Cavs segundo relatos, mas com números interessantes, Sexton pode não ter apresentado o melhor QI de basquete por um calouro, mas tem potencial para ser uma base dentro de Cleveland. Tendo 11,71 minutos em quadra, o jovem armador tem médias de 13,1 pontos, 2,4 assistências e 2,6 rebotes. Outro número que mostra evolução em Collin é que nos últimos seis jogos, o atleta alcançou pelo menos 33 minutos em quadra em cinco, passando em tempo de quadra o veterano George Hill, atual titular da franquia.

8- Shai Gilgeous-Alexander, Los Angeles Clippers (pick 11)

Gilgeous-Alexander tem sido um dos calouros mais interessantes desse início de temporada. Anotando 18 pontos contra os Warriors e 16 contra o Milwaukee Bucks (dois dos melhores times da temporada) e alternando com partidas de apenas quatro pontos contra o decadente Hawks, o jovem armador precisa busca maior regularidade para subir nesse ranking. Arremesso e boa visão nos passes o atleta já tem. Falta manter isso em uma semana inteira pelo Los Angeles Clippers.

9- Landry Shamet, Philadelphia 76ers (pick 26)

A escolha 26 do último Draft é o único presente fora do top 15 da última seleção. E tem feito isso sendo uma boa solução aos problemas de rotação do Philadelphia 76ers. Com Markelle Fultz tendo problemas em seus arremessos, em turnovers, na defesa, enfim, sendo uma grande dificuldade à franquia nesse início de temporada, Shamet surge como uma opção complementar a Ben Simmons, tendo aparecido bem nos chutes de longa distância (37,2% de aproveitamento), além de contribuir com 7,7 pontos em 9,68 minutos de média.

10- Miles Bridges, Charlotte Hornets (pick 12)

O Charlotte Hornets é um dos times mais legais de se acompanhar neste início de temporada. E um desses motivos é o polivalente Bridges. Seja com enterradas dignas de melhores momentos em programas esportivos, pelo aproveitamento de 40,5% nas bolas de três ou até mesmo pelo atleticismo aplicado nas duas pontas da quadra. James Borrego sabe que tem um homem de confiança no banco e ele deve ganhar maior participação nos jogos a medida que os meses forem passando. Será bom para os Hornets e melhor ainda para os highlights.

Ausências notáveis

Não integram este ranking inicial três escolhas top-10 do Draft de 2018 da NBA. São eles: Mo Bamba (Orlando Magic, pick 6), Kevin Knox (New York Knicks, pick 9) e Mikal Bridges (Phoenix Suns, pick 10).

Fotos: Reprodução Twitter/NBA, Reprodução Twitter/Phoenix Suns, Steve Freeman/NBAE via Getty Images, Reprodução Twitter/Philadelphia 76ers