Quem foi bem e quem foi mal no Draft da NBA de 2017?
O The Playoffs escolhe seis equipes para ilustrar como foi a seleção da liga profissional de basquete
Quando a noite da última quinta-feira começou, não existia muito mistério sobre quem seria o número um no Draft da NBA. O Comissário Adam Silver não surpreendeu ninguém ao anunciar que Markelle Fultz era o escolhido do Philadelphia 76ers no posto de número um da classe de 2017.
Alguma surpresas não passaram batidas: a troca de Jimmy Butler para Minnesota Timberwolves talvez tenha sido a maior delas e não tem como não mencioná-la. Mas algumas escolhas foram questionáveis e outras surpreenderam por saírem tão tarde e podem ser considerados alguns steals.
Agora chegou o momento de mostrar quem dentre os times mandou bem nas escolhas e quem deixou a desejar. O The Playoffs faz aquela avaliação para te deixar por dentro do que se espera de alguns times para a próxima temporada.
QUEM MANDOU BEM:
Sacramento Kings:
#5 – De’Aaron Fox (PG, Kentucky)
#15 – Justin Jackson (SF, North Carolina)
#20 – Harry Giles (PF/C, Duke)
#34 – Frank Mason (PG, Kansas)
Chega a soar engraçado colocar o time de Sacramento aqui. Nos últimos anos, os Kings não tem ido tão bem no momento de selecionar seus jogadores. Só que em 2017, pelo menos até aqui, tudo mudou. O time foi muito bem em suas escolhas.
O time se livra de um estigma de armadores com duas ótimas escolhas. Fox (foto) passou no teste da NCAA, inclusive tirando da disputa do título UCLA, de ninguém mais, ninguém menos que Lonzo Ball. Dos armadores disponíveis no draft, era o que chegava de melhor temporada no College.
Outro nome na posição foi o de Frank Mason, que também fez temporada sublime pelos Jayhawks. O poder ofensivo da equipe sobe consideravelmente com as duas outras adições: Justin Jackson e Harry Giles. O primeiro se destaca também pelo poder de passar a bola com perfeição.
Los Angeles Lakers:
#2 – Lonzo Ball (PG, UCLA)
#27 – Kyle Kuzma (PF, Utah)
#30 – Josh Hart (SG, Villanova)
#42 – Thomas Bryant (C, Indiana)
Primeiro, por maior que fosse a tentação de arriscar em outros nomes, Lonzo Ball era de longe a melhor escolha para os Lakers naquela noite. Com ótimo poder de coordenar os ataques do time, o declarado torcedor da franquia era uma necessidade no Staples Center.
Ball é alguém que conseguirá auxiliar o combalido time já na primeira rodada da próxima temporada. Visão de jogo, habilidade pra pontuar e liderança. No pacote vem um pai mala? Sim! Mas é algo que vale demais a pena.
Kuzma tem o poder de no futuro ser um steal. É um diamante bruto que só precisa ser melhor lapidado, algo que Luke Walton deve ter a capacidade de fazer. A versatilidade do jogador é um grande trunfo.
Com as outras escolhas, os Lakers trarão muita segurança a sua defesa. As principais características tanto de Hart, quanto de Bryant são o poder de melhorar a deficiente marcação de LA. Ponto para Magic Johnson.
Minnesota Timberwolves:
#16 – Justin Patton (C, Creighton)
Não tinha como ser diferente. Os T-Wolves abalaram a noite do draft como uma troca surpreendente. Por Zach Lavine, Kris Dunn e a escolha número sete, a equipe de Minnesota fechou com Jimmy Butler. Só por isso, já seria um ótimo movimento, com a equipe, enfim, sonhando com uma volta aos playoffs.
Só que eles ainda ficaram com a escolha 16 do draft que resultou no ótimo Justin Patton. O pivô de Creighton é ágil, forte e possui mãos extremamente seguras. Os Timberwolves fizeram uma troca espetacular. Tem tudo para, enfim, decolar.
QUEM MANDOU MAL:
Chicago Bulls:
#7 – Lauri Markkanen (PF, Arizona)
Bom, tudo o que foi falado na versão dos Timberwolves, basta reverter para o lado negativo de Chicago. Lauri Markkanen é um dos, senão o melhor, arremessador da classe, apesar de ser um pivô. A escolha em si, foi ótima. O preço foi caríssimo. Ao menos, o time deveria ter mantido sua escolha 16 para ter dois jogadores de primeira rodada.
Caso o cenário em si não fosse catastrófico o suficiente, os Bulls conseguem um bom nome com a escolha #38, selecionando Jordan Bell, pivô de Oregon. E o que o povo de Chicago faz? Manda o steal de presente para o atual campeão da liga por 3,5 milhões de dólares.
Chicago poderia e deveria ter recebido mais por Butler. É simples. De longe, o pior negócio no draft.
https://www.youtube.com/watch?v=jfSGg1FqseY
Denver Nuggets:
#24 – Tyler Lydon (SG, Syracuse)
#49 – Vlatko Cancar (SF, Mega Leks)
#51 – Monte Morris (PG, Iowa State)
Parece que faltou ambição em Denver. O time poderia ter forçado um pouco para ir ao top 10 e pegar alguém como Monk, Ntilikina ou Collins. Trey Lyles é um bom jogador, mas não é quem vai levar a franquia a voos mais altos. Lydon é um bom prêmio de consolação, mas fica o sabor amargo de quem poderia fazer movimento mais ousado e preferiu jogar safe.
Cancar e Morris chegam para somar, mas os dois ainda têm muito a evoluir e o processo pode acabar sendo doloroso para o time do Colorado.
Toronto Raptors:
#23 – OG Anunoby (SF/PF, Indiana)
A escolha dos Raptors seria plausível se o jogador estivesse 100% saudável em sua condição clínica. Anunoby é um ótimo jogador, mas se lesionou no College e algumas bandeiras vermelhas foram expostas. A falta da escolha de um possível substituto para Kyle Lowry, que é agente livre, me soa estranho.
Foto 1: Twitter / NBA
Foto 2: Twitter / Kentucky
Foto 3: Mike Stobe / Getty Images