[PRÉVIA] NBA 2019-2020: #6 Los Angeles Lakers
Com chegada de Anthony Davis, Los Angeles espera dar o salto de qualidade que faltava para brigar pelo título
O Los Angeles Lakers finalmente voltou ao protagonismo (de forma positiva) na NBA. O time, que já havia contratado LeBron James na offseason de 2018, conseguiu uma troca para trazer Anthony Davis ao seu elenco em 2019 e, com isso, formou uma das duplas mais aterrorizantes de toda a liga.
Na temporada passada, os Lakers tentaram fazer algo diferente com relação a LeBron. O camisa 23, sempre acostumado a ter a bola, foi cercado de jogadores considerados playmakers e, na teoria, passou a jogar mais perto do garrafão, apenas finalizando as jogadas.
A equipe jogava bem e ocupava o terceiro lugar da Conferência Oeste com uma defesa e um ataque surpreendentemente coletivos, porém as coisas começaram a desandar na noite do Natal, quando LeBron sofreu uma lesão que o tirou das quadras por mais de um mês. Sem “The King” e com rumores de troca de TODO o elenco, Los Angeles caiu vertiginosamente de produção e não conseguiu alcançar nem mesmo os playoffs.
O time mudou bastante em relação à temporada passada, a começar pelo treinador. Luke Walton foi demitido e deu lugar a Frank Vogel. A juventude do elenco também foi embora e o time perdeu nomes como Brandon Ingram, Lonzo Ball e Josh Hart, todos na troca que trouxe o “monocelha”. Outros nomes que também saíram e não deixarão saudades foram Lance Stephenson, Michael Beasley e Mo Wagner.
Uma clara mudança aconteceu na montagem do elenco. Se na temporada passada a intenção era deixar LeBron longe da bola, Frank Vogel já deixou bem claro que pretende escalá-lo oficialmente como armador. Em termos práticos, isso não vai mudar muita coisa, afinal o jogador sempre foi, de fato, o armador principal de todos os times que jogou, inclusive em grande parte dos jogos pelos Lakers na temporada passada.
O interessante dessa troca de filosofia foram as peças contratadas. Rob Pelinka mostrou-se disposto a contratar jogadores com o clássico estilo 3-and-D e chegaram nomes como: Avery Bradley, Danny Green, Quinn Cook e Jared Dudley. Todos esses atletas, além dos remanescentes Kyle Kuzma, Kentavious Caldwell-Pope e Alex Caruso, certamente terão muito espaço para arremessarem com a marcação adversária focando nas infiltrações de LeBron James e Anthony Davis.
Chegando finalmente no “monocelha”: será interessante saber a forma como Vogel utilizará o novo camisa 3 da franquia. Davis foi incisivo em dizer que não gosta de jogar de pivô e Los Angeles contratou primeiramente DeMarcus Cousins (que se lesionou seriamente e dificilmente jogará a temporada), renovou com JaVale McGee e ainda trouxe de volta Dwight Howard. O ala-pivô tem bom arremesso de meia distância e até chegou a tentar suas bolas de três pontos (aproveitamento de 32% na carreira), então o time deverá explorar bastante as jogadas pick-and-roll e pick-and-pop com AD. Outra opção é usá-lo como criador de jogadas durante o tempo que LeBron estiver descansando ou quando estiver sendo marcado por jogadores mais baixos.
Apesar de possuir um time com muitas boas opções e com uma cara mais definida, o Los Angeles Lakers possui uma série de incertezas: LeBron James voltará ao seu nível de MVP? Anthony Davis se manterá saudável e conseguirá ser o defensor absurdo que todos conhecem? Kyle Kuzma se desenvolverá em uma terceira estrela e chegará à média de 20 pontos por jogo de forma consistente? Frank Vogel conseguirá montar um ataque que não seja letárgico e dependente apenas da sua dupla de estrelas?
O time possui ainda muitas questões que só serão resolvidas (ou não) durante a temporada, quando entrar em quadra. Não é possível imaginar, porém, um cenário no qual as coisas deem muito errado e a equipe termine fora da zona dos playoffs.
O Los Angeles Lakers irá de fato brigar pelas primeiras posições da Conferência Oeste e pelo título da NBA, a menos que algo dê muito errado.
Foto: Divulgação Twitter / Los Angeles Lakers; Sean M. Haffey/Getty Images
Principais chegadas: Anthony Davis, Danny Green, Avery Bradley e Dwight Howard
Principais saídas: Brandon Ingram, Lonzo Ball, Josh Hart e Reggie Bullock
Ponto forte: Estrelas. O Los Angeles Lakers tem uma das duplas mais ameaçadoras da NBA. LeBron James e Anthony Davis são dois dos jogadores mais completos da liga e certamente elevarão muito a performance dos seus companheiros. Além disso, o “monocelha” é um dos melhores defensores de toda a NBA, capaz de defender a zona de garrafão praticamente sozinho.
Ponto fraco: Ataque. Em um primeiro momento, o ataque é o ponto mais preocupante da franquia. No ano passado, Los Angeles tinha jogadores capazes de criar jogadas e, neste ano, isso diminuiu bastante. Será interessante acompanhar como Vogel irá organizar as ações ofensivas dos Lakers quando as estrelas receberem marcação dupla ou se sentarem no banco.
Campanha 2019-2020: 37-45
Head coach: Frank Vogel
Provável quinteto titular: Rajon Rondo, Danny Green, LeBron James, Anthony Davis e JaVale McGee
Franchise player: Anthony Davis
Briga por: título da NBA
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Los Angeles Lakers: posição 6
Melhor nota: 9,5 / Pior nota: 8,5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Guilherme Rodrigues, Pedro Moreira, Piero Fiorelli, Ricardo Pilat e Thiago Passarelli. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 30. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.