[PRÉVIA] NBA 2019-2020: #29 New York Knicks
Após mais uma temporada horrível, New York busca renovar o seu elenco de olho no futuro
O New York Knicks chega à temporada 2019 da NBA, mais uma vez, como um simples coadjuvante. Fora dos playoffs desde 2012/13, ano em que chegou na semifinal da Conferência Leste, a equipe soma seis temporadas consecutivas sem ao menos uma classificação e para piorar, 2018/19 o desempenho foi ainda pior. Foram apenas 17 vitórias, igualando a pior campanha da sua história (2014/15) e a lanterna da Conferência Leste. O que restou de positivo apenas, no ano passado, foram os lampejos de boas atuações dos novatos Mitchell Robinson e Kevin Knox.
Realmente, a fase de uma das franquias mais tradicionais da NBA e eleita a mais valiosa pelo quarto ano consecutivo pela revista Forbes não anda nada boa.
Se dentro de quadra as coisas não estão nada bem, fora dela a situação é ainda pior. Com diversas decisões equivocadas ao longo dos últimos tempos e a troca de seu principal jogador, Kristaps Porzingis, que foi para o Dallas Mavericks, após pedir para sair, New York “limpou” a sua folha salarial e animou os seus torcedores para uma offseason diferente, principalmente com a perspectiva de ser sorteado como o número 1 do Draft e de agregar estrelas aos elenco.
Entretanto, o “sonho” não se concretizou e a chance de draftar Zion Williamson, um dos maiores talentos universitários dos últimos anos, desmoronou. Restou então a terceira opção e o bom jogador RJ Barrett, também de Duke, foi o escolhido. Restava ainda a chance de contratar nomes como Kyrie Irving e Kevin Durant, bastante especulados pela imprensa americana.
Porém o que era para ser uma offseason empolgante com as aquisições de Irving e Durant, se tornou um pesadelo e de quebra, os Knicks foram superados pelo seu rival regional, o Brooklyn Nets, que levou as duas estrelas para o ginásio Barclays Center. Que desastre!
Com um passado recente péssimo, a temporada 2019/20 não gera muita expectativa para a fanática torcida da Big Apple, mas tenho que ressaltar que pelo menos um caminho está sendo traçado, mesmo que ele demore ainda um bom tempo para render alguns frutos.
Na armação, Dennis Smith Jr. e Elfrid Payton revezarão na função, com o primeiro iniciando os jogos. Para ala, o novato Barrett será o “rosto” da franquia e a temporada será de muito aprendizado para o jovem. No entanto, na universidade de Duke, ele não foi bem no aproveitamento dos arremessos de perímetro (30,8%) e para ter um salto de qualidade na liga, terá que melhorar bastante esse número. Barrett obteve também médias de 22,6 pontos, 7,6 rebotes e 4,3 assistências, arremessando 45,4% de dois pontos e 66,5% na linha de lance livre.
Por isso temos que ressaltar que New York foi muito bem em um aspecto importante no mercado e pensando nessa limitação nos arremessos de Barrett, a franquia se preveniu e contratou nomes não muito badalados para as alas, mas que possuem bons aproveitamentos de longe, como são os casos de Wayne Ellington e Reggie Bullock, por exemplo. Além disso, a melhor utilização dos remanescentes será importante como nos casos de Kevin Knox, jogador que poderá contribuir muito com um ano a mais de experiência na liga e Allonzo Trier.
Para ala-pivô e pivô opções não faltam no plantel, principalmente na posição 4. Destaque do ano passado, o segundanista Mitchell Robinson terá mais tempo de quadra e isso pode aflorar muito seu potencial, principalmente defensivo. Além dele, Julius Randle, Marcus Morris, Taj Gibson e Bobby Portis devem jogar bastante por ali também.
Com contratações modestas e contratos curtos, o New York Knicks aposta em um grupo com mescla de jogadores jovens e experientes para, pelo menos, não fazer tão feio na próxima temporada. Todavia, o objetivo principal de todos dentro da organização é muito claro: desenvolver seus talentos para um futuro promissor e talvez “beliscar” alguma adição de um nome impactante nos próximos verões americanos.
Principais chegadas: Como já foi dito anteriormente, a offseason não foi nada animadora para os Knicks, mas a franquia fez algumas contratações que podem ajudar bastante saindo do banco de reservas e agregar experiência em momentos de oscilações dos “meninos” dentro dos jogos, já que a prioridade é desenvolver o núcleo jovem.
Apenas uma chegada pode ser considerada de um nível superior às demais, que é a do ala-pivô Julius Randle. O ex-atleta do New Orleans Pelicans fez a sua melhor performance da carreira na temporada passada, fechou um contrato de três anos, possui apenas 24 anos de idade e pode ser muito útil a médio prazo.
Já Marcus Morris (Boston Celtics), Elfrid Payton (New Orleans Pelicans), Wayne Ellington (Detroit Pistons), Reggie Bullock (Los Angeles Lakers), Bobby Portis (Washington Wizards) e Taj Gibson (Minnesota Timberwolves) chegaram mais para ajudar a rotação do time.
Além das contratações, New York foi contemplado com a terceira escolha do Draft 2019 e com isso, conseguiu um bom nome vindo de Duke, o ala-armador RJ Barrett, que tem potencial para fazer bonito no seu primeiro ano na NBA. Além dele, vale ressaltar a segunda e última escolha da franquia no Draft, o lituano Ignas Brazdeikis. Oriundo da universidade de Norfolk, o ala, que foi a 47ª escolha geral no Draft de 2019 (selecionado e depois trocado pelo Sacramento Kings) tem bom arremesso de três pontos, luta bastante dos dois lados da quadra e pode ser importante em determinadas partidas.
Principais saídas: em relação às perdas, os Knicks não têm o que reclamar. Com um plantel fraquíssimo na última temporada, New York sofreu pouco nesse aspecto e os novos contratados melhorarão bastante o nível da equipe, não que isso seja uma grande evolução. Eliminando o bom pivô DeAndre Jordan, que foi para o Brooklyn Nets jogar com Kyrie Irving e Kevin Durant, nomes como Mario Hezonja (Portland Trail Blazers), Luke Kornet (Chicago Bulls) e Noah Vonleh (Minnesota Timberwolves) não vão fazer falta no Madison Square Garden.
Ponto forte: Difícil apontar um ponto forte na franquia que vem passando por diversos processos de reformulações e bagunças. Sem qualquer parâmetro da temporada passada, acredito que apenas um trabalho bem feito e o conjunto pode tirar o New York Knicks do “fundo do poço”. Com diversas trocas no elenco, o time poderá compensar a falta de um All-Star com um grupo unido, sólido, solidário, dedicado e por isso enfatizo o ótimo técnico David Fizdale como peça fundamental. Além disso, caso RJ Barrett e Julius Randle coloquem todos os seus atributos em quadra logo no primeiro ano e evoluam rapidamente, a franquia pode fazer um papel descente durante a temporada regular.
Ponto fraco: poderia listar aqui diversos pontos fracos do New York Knicks, não só dentro de quadra, mas fora dela também. Para citar algo específico, acho que a pressão externa dos torcedores e da mídia pode ser um agravante na campanha do time, atrapalhando muito as atuações dos jogadores. Outra questão importante é a falta de uma estrela (ou até duas) e isso faz muita falta para o upgrade que os Knicks querem obter na NBA. Sem jogadores desequilibrantes no ataque, ficará praticamente impossível uma classificação para os playoffs, outra vez.
Franchise Player: Julius Randle. O ex-jogador do Los Angeles Lakers e New Orleans Pelicans teve no ano passado a melhor performance da sua vida pela equipe de Louisiana. Terminou o ano com médias de 21 pontos, 8,7 rebotes, 3,1 assistências, em 30,6 minutos de quadra, assumindo o protagonismo na ausência de Anthony Davis em vários momentos. Com um elenco jovem, acrescido de algumas peças experientes, Randle se enquadra no meio termo entre essas vertentes e deverá ser o franchise player do time de New York. De olho nele!
Campanha do time em 2018-2019: 17-65 (último colocado da Conferência Leste)
Head coach da equipe: David Fizdale
Provável quinteto titular: Dennis Smith Jr. (armador), RJ Barrett (ala-armador), Kevin Knox (ala), Julius Randle (ala-pivô) e Mitchell Robinson (pivô)
Briga por: Não ficar nas últimas posições da Conferência Leste pelo segundo ano consecutivo
POWER RANKING THE PLAYOFFS
New York Knicks: posição 29
Melhor nota: 6,5 / Pior nota: 5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Guilherme Rodrigues, Pedro Moreira, Piero Fiorelli, Ricardo Pilat e Thiago Passarelli. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 30. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.
Fotos: Reproduções Twitter/New York Knicks