[PRÉVIA] NBA 2019-2020: #28 Charlotte Hornets
Os Hornets perderam seu principal jogador na offseason e parecem estar partindo para um rebuilding completo
O Charlotte Hornets vem com ambições muito diferentes para esta nova temporada da NBA. Se nos últimos anos a equipe brigava por vaga nos playoffs, este ano será bem diferente. Com a perda de Kemba Walker, a franquia que tem Michael Jordan como um dos donos deve ficar nas últimas posições na Conferência Leste.
Na última temporada, os Hornets estiveram muito perto de uma vaga nos playoffs. Apesar de ter terminado com um recorde negativo, com mais derrotas do que vitórias, a equipe passou a maior parte da temporada entre os oito primeiros do Leste. Mas não conseguiu a vaga. Chegaram na última partida ainda com chances, mas após a derrota para o Orlando Magic, a franquia da Carolina do Norte ficou pelo caminho.
Com uma campanha relativamente boa perto de outras equipes, os Hornets não estavam em uma posição muito boa no Draft. Com a 12ª escolha, o time de Charlotte selecionou P.J. Washington, ala-pivô vindo de Kentucky. E esse foi o melhor momento da franquia durante a offseason.
Após o Draft, veio a free agency e as coisas ficaram feias para os Hornets. Os dois principais jogadores da equipe na última temporada buscaram novos ares e reforçaram rivais no Leste. Tony Parker decidiu se aposentar após um ano em Charlotte e o que parecia ser um time para brigar por pós-temporada, passou a ser um time que não deve ir muito longe nesse ano.
Com alguns jogadores aceitando sua opção de renovação automática, os Hornets ficaram sem espaço no salary cap para a vinda de novos jogadores. Bismack Biyombo, Marvin Williams e Michael Kidd-Gilchrist juntos somam US$ 45 milhões da folha salarial da equipe. Por um lado, esses três jogadores impedem que a equipe traga novos atletas, mas permite também que eles evoluam seus jovens para as próximas temporadas.
Principais chegadas: O principal reforço dos Hornets para a temporada se chama Terry Rozier. Após um playoff como titular em Boston, “Scary Terry” voltou para o banco para ser reserva de Kyrie Irving na última temporada e não gostou muito disso. Ele queria mais espaço e deve conseguir isso em Charlotte.
Além dele, P.J. Washington também reforçou a equipe via Draft. Ele jogou duas temporadas por Kentucky. Em seu último ano na faculdade, teve boas médias e um bom aproveitamento da linha de três pontos. Se souber aproveitar seu tempo de quadra e evoluir seu jogo, pode ser uma peça muito importante para os Hornets na temporada.
Principais saídas: Para trazer seu principal reforço, os Hornets tiveram que abrir mão de seu principal jogador. Após o melhor ano de sua carreira, Kemba Walker deixa a franquia depois de algumas campanhas fracassadas de chegar na pós-temporada. Ele assinou um sign-and-trade e foi para Boston se juntar aos Celtics.
Além da enorme perda que foi a saída de Kemba, Charlotte perdeu também o cara que foi o segundo nome da franquia na última temporada. Jeremy Lamb não quis ficar e acertou com o Indiana Pacers. Fora estes dois nomes, a equipe também não quis renovar com Frank Kaminsky, que fechou com o Phoenix Suns.
Ponto forte: Com muitos jovens na equipe e sem muitas perspectivas para a temporada, os Hornets deverão ter tempo e pouca pressão para colocar os mais novos em quadra e deixá-los ter tempo de jogo. Além disso, outro destaque pode ser a defesa. Com muitos jogadores que conseguem desempenhar mais de uma função defensiva e com um técnico que tem um estilo de jogo mais rápido, com mais trocas e muita transição, a defesa de Charlotte pode acabar sendo o carro chefe da equipe.
Ponto fraco: Se a defesa pode se sair bem, o ataque já não tem esse mesmo destaque. O time da Carolina do Norte, em questão de talento ofensivo, é um dos piores da liga. Sem muitos destaques, a equipe torce e confia para que seus jovens se desenvolvam o mais rápido possível ofensivamente para que a equipe possa ter a chance de brigar por algo na NBA em alguns anos.
Outro fator que pode fazer com que esse time não deslanche é a falta de liderança. Apesar de contar com alguns veteranos, como Nicolas Batum, Cody Zeller e o próprio Terry Rozier com alguma bagagem, nenhum deles é conhecido por liderar o vestiário. Isso pode fazer falta pra a franquia de Charlotte.
Campanha em 2018-2019: 39 vitórias e 43 derrotas
Head Coach: James Borrego (segunda temporada em Charlotte)
Provável quinteto titular: Terry Rozier, Dwayne Bacon, Nicolas Batum, Miles Bridges e Cody Zeller
Franchise Player: Terry Rozier. Principal contratação dos Hornets na temporada, Rozier queria uma chance como armador principal de uma franquia na NBA. Ele conseguiu essa chance em Charlotte e vai fazer de tudo para provar que seu antigo time, o Boston Celtics, fez errado em deixá-lo ir. Ele deve ter pelo menos 35 minutos em quadra por partida e espera transformar este tempo de jogo em algo positivo para sua nova equipe.
Briga por: Posição alta no Draft de 2020
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Charlotte Hornets: posição 28
Melhor nota: 6,5 / Pior nota: 5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Guilherme Rodrigues, Pedro Moreira, Piero Fiorelli, Ricardo Pilat e Thiago Passarelli. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 30. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.
Foto: Reprodução Twitter/Charlotte Hornets