[PRÉVIA] NBA 2019-2020: #26 Chicago Bulls
Depois de uma temporada com poucas vitórias, a franquia espera uma evolução e até sonha com algo mais
A temporada 2019/2020 está chegando e o Chicago Bulls espera mostrar alguma evolução em relação à última campanha. Após um desempenho de 22 vitórias e 60 derrotas, que resultou na 13º posição na Conferência Leste, o time de Illinois precisou corrigir alguns erros no elenco para poder sonhar com algo um pouco mais ambicioso.
Sem frequentar a pós-temporada nos dois últimos anos, os Bulls vêm sofrendo uma renovação. No primeiro ano sabático, Zach LaVine, Lauri Markkanen e Kris Dunn se juntaram ao elenco. No ano seguinte, Wendel Carter Jr. e Otto Porter, esse oriundo de uma troca com o Washington Wizards, chegaram para o elenco.
O comando técnico também passou por mudanças. Fred Hoiberg foi demitido após três anos e para o seu lugar veio Jim Boylen, que era auxiliar da franquia e após um breve período de interino conseguiu o cargo. Verdade seja dita, Hoiberg sofreu com muitas lesões na franquia, o que chegou a afetar o atual técnico do time. Além do HC, a franquia procurou assistentes que fossem importantes nesse desenvolvimento. Nomes como Roy Rogers e Chris Fleming foram adicionados ao staff. Ambos vêm de trabalhos em equipes que disputaram playoffs. Rogers além disso é muito bom em trabalhos defensivos e no desenvolvimento de pivôs.
Mas pensando na atual temporada, o front office dos Bulls (muitas vezes culpados por decisões mal tomadas) conseguiu pescar alguns bons nomes na free agency e trazer dois bons jovens no Draft deste ano. Gar Forman e John Paxson souberam usar o espaço no salary cap, trazendo jogadores que tenham seus minutos, ajudem diariamente na dinâmica e no desenvolvimento da franquia, além de enxergarem bons calouros dentro das escolhas que o time tinha.
Pelo recrutamento, a franquia selecionou o armador Coby White na sétima escolha. O prospecto de North Carolina é conhecido por ser muito ágil e um bom playmaker, chegando para brigar pela vaga de titular. Na segunda rodada do Draft, o pivô Daniel Gafford pode vir a ser um steal. O jovem é muito atlético e sabe com atuar bem nos dois lados da quadra, ter velocidade para marcar alas e armadores e uma boa opção no pick and roll. A mídia americana elogiou o Draft dos Bulls, dizendo que a franquia fez escolhas seguras e que podem ser importantes a longo prazo.
Na free agency o time conseguiu bons nomes. Tomas Satoransky teve um ótimo desempenho nos Wizards após a lesão de Wall, além de ter feito uma grande Copa do Mundo de Basquete pela República Tcheca, sendo um forte candidato a melhor jogador do torneio por muitos analistas. Além disso, o armador é muito alto e poder ser uma opção nas alas, possibilitando o treinador a atuar com ele na posição 3 e um armador mais ágil e rápido na 1. Na última temporada, Sato ficou próximo de entrar no grupo exclusivo dos jogadores com 50/40/90 (pelo menos 50% de aproveitamento de quadra, 40% de três e 90% nos lances livres) em uma temporada, conseguindo impressionantes 52,4% de quadra, 40% de 3 e 82% nos lances livres. Um dado muito importante na função de armador, o tcheco está no top 10 no melhor índice de passes por turnovers, obtendo 3,5 passes/turnovers em jogos que começou jogando. E as lesões não são um problema para o jogador, que atou em 80 partidas na última temporada, não atuando em dois por causa do nascimento de sua filha.
Thaddeus Young foi outro reforço, chegando após boa temporada no Indiana Pacers. O ala-pivô tem uma grande defesa e pode ser muito útil em momentos decisivos das partidas, incomodando as tentativas de ataque do seu adversário. O jogador é conhecido com um líder no vestiário, o que pode vir a calhar nessa transição da franquia. Outra virtude do jogador é sofrer poucas lesões, tendo que atuar em praticamente todos os jogos na última temporada. Aliás, nas últimas temporadas, o mínimo de jogos por temporada foi 73 partidas, mostrando o quanto seu físico é um diferencial. Um dado interessante de Young: ele está na lista de cinco jogadores com pelo menos 800 jogos na NBA, tendo ao menos 13,5 pontos por jogo, 5,9 rebotes por jogo, 1,4 roubo por jogo, além de um aproveitamento de quadra de 49% e 30% de três, junto de LeBron James, Larry Bird, Magic Johnson e o Michael Jordan(!).
Além dele, Luke Kornet também assinou. O ex-jogador dos Knicks é um pivô que é bom para espaçar a quadra e anotar arremessos de três pontos, o que muitas vezes pode ser utilizado para abrir espaços para os jogadores que tem ótima infiltração no elenco. Recentemente, Carter Jr. e Gafford vêm sofrendo com alguns incômodos e podem não jogar a pré-temporada, abrindo um espaço para Kornet jogar mais minutos.
Os Bulls terão que jogar muita bola para conseguir uma vaga nos playoffs. Liderados por Markkanen, LaVine e Otto Porter Jr., o time precisa ter mais paciência com a bola e não tomar decisões precipitadas. Além disso, a experiência dos novos jogadores pode ser essencial no decorrer da temporada. Playoff não é algo impossível (especialmente no Leste), mas com certeza Jim Boylen vai precisar arrancar o máximo de cada jogador para que esse desafio seja alcançado, principalmente do finlandês Markkanen, que deve trazer algo de novo em seu jogo para que continue sua evolução gradual na liga, tratando de um grande potencial do time.
Principais chegadas: vindo direto da Copa do Mundo, Tomas Satoransky se tornou o principal reforço para o Chicago Bulls. Líder nato na seleção, o armador pode ser essencial no controle emocional do time, ajudar Zach LaVine e Lauri Markkanen na responsabilidade de definir jogos, além de jogar em muitas posições pelo seu tamanho e ter um controle de bola muito bom.
Principais saídas: A principal perda para o time foi o pivô Robin Lopez. Apesar de “RoLo” não ser uma unanimidade no time, durante sua passagem nos Bulls sempre mostrou vontade e chegou a ter bons momentos. Além do fato que poderia ajudar um pouco no desenvolvimentos dos jovens pivôs do time. Outra saída que o time teve, mas bem menos impactante, foi do armador Antonio Blakeney, que após dois anos jogando entre time principal e o Windy City Bulls (afiliado da G League), teve seu contrato rescindido pela franquia.
Ponto forte: Ainda em fase de reconstrução, os Bulls podem ter as transições como um ponto forte. Com jogadores que cuidam bem da bola, além de um novo armador mais ágil, o time tem tudo para abusar dos contra-ataques nos confrontos e buscar isso como uma virtude. Sem contar que a defesa parece ter ganho um upgrade, o que só podemos constatar quando os jogos começarem.
Ponto fraco: A juventude do time pode atrapalhar e ser o ponto fraco. Mesmo com nomes mais velhos, o núcleo em si é formado por jovens e que muitas vezes podem cair na pressão, não tomar as melhores decisões, afetando o desempenho do time na temporada.
Campanha do time em 2018-2019: 22 vitórias e 60 derrotas (13º lugar na Conferência Leste)
Head coach da equipe: Jim Boylen
Provável quinteto titular: Boylen esboça o Chicago Bulls com: Kris Dunn, Zach LaVine, Otto Porter Jr., Lauri Markkanen e Wendel Carter Jr.
Franchise Player: Zach LaVine. Apesar de gostar muito de Lauri Markkanen e saber que o futuro do time está nas mãos dele, o momento ainda é do ala-armador. LaVine teve uma grande temporada e pode elevar o nível na próxima temporada, caso as lesões não atrapalhem. Outro fator importante, o jogador precisa ser mais coletivo e ter tomada de decisões mais assertivas. Na última temporada, os números do ala-armador foram bons, principalmente a média de quase 24 pontos por partida.
Briga por: não ficar nas últimas posições, sonhando com os playoffs (bem distante)
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Chicago Bulls: posição 26
Melhor nota: 6 / Pior nota: 5,5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Guilherme Rodrigues, Pedro Moreira, Piero Fiorelli, Ricardo Pilat e Thiago Passarelli. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 30. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.
Crédito foto: Twitter/Chicago Bulls