[PRÉVIA] NBA 2019-2020: #24 Memphis Grizzlies
Com elenco jovem, mas polido, Grizzlies tem potencial para ser uma das surpresas na forte Conferência Oeste
O Memphis Grizzlies foi uma das equipes mais competitivas da NBA até a temporada 2017-2018. Com um esquema próprio de jogo, que prezava pelo jogo de meia quadra e forte vigor físico, a equipe brigou (e eliminou) com gigantes dentro da sempre forte Conferência Oeste.
Mas a franquia observou que o time foi envelhecendo e que não ia conseguir brigar pelo topo do Oeste. Bater ponto e cair na primeira rodada dos playoffs não interessava. Então a partir da temporada passada a reconstrução começou e culminou no final de uma era.
Nomes como Mike Conley e Marc Gasol, peças fundamentais dos natais passados da franquia, foram negociados. O trabalho do Draft foi muito bem feito e talentos como Jaren Jackson Jr., Ja Morant e Brandon Clarke foram garimpados. Diferentes de outras franquias, a reconstrução está sendo rápida e pode terminar ainda neste ano.
A franquia também trabalhou bem no mercado e buscou atletas com custo baixo. O brasileiro Bruno Caboclo é um desses exemplos. Em menos de meia temporada, conseguiu mostrar seu potencial defensivo e se conseguir manter o bom desempenho da Copa do Mundo de Basquete, pode ser uma presença importante vinda do banco.
Uma prova da força desse núcleo jovem foi o título da última Summer League. Clarke, Caboclo e Grayson Allen mostraram potencial e que podem ser forças dentro da rotação da equipe dentro da temporada. Essa manutenção do atleticismo durante as trocas do jogo pode ser a chave para o sucesso desse elenco.
Por último, vou ser claro. Andre Iguodala não vai ficar em Memphis. Inclusive acho que ele vai ser negociado antes da temporada começar. Os Grizzlies já têm duas escolhas de primeira rodada para o próximo Draft (uma delas via Utah Jazz, protegida) e não vão se furtar a engordar seus bilhetes de loteria para os próximos anos.
Principais chegadas: Os principais reforços dos Grizzlies vieram no último Draft. Ja Morant era uma escolha certa e tem potencial para causar impacto logo em seu primeiro ano na liga. É um armador inteligente, que levou a pequena Universidade de Murray State para o March Madness com um arsenal ofensivo, que vai desde atletismo para buscar as infiltrações até a boa mão para os arremessos do perímetro.
Mas o grande “steal” da equipe nesta offseason foi a seleção do ala Brandon Clarke na escolha 21 do último Draft. O canadense atuou em Gonzaga no College e é um atleta polido para a NBA, como demonstrou na última edição da Summer League. Clarke e Jackson. Jr podem formar uma das duplas mais atléticas de alas da liga, sendo hoje uma base interessante nesse jovem núcleo dos Grizzlies.
Principais saídas: Mike Conley fez história em Memphis e será lembrado como um dos maiores atletas da curta história da franquia. Mas visivelmente ambos precisavam seguir em frente. Conley vai para Utah brigar pelo título da Conferência Oeste, enquanto os Grizzlies abriram espaço para Morant e acumularam prospectos de Draft.
JaMychal Green e Garrett Temple eram importantes armas na rotação da equipe e saíram como agentes livres. Green foi substituído a altura por Clarke, mas a saída de Temple expôs o principal vácuo no elenco. Armadores chutadores.
Também vale destacar que finalmente os Grizzlies conseguiram se livrar do ala Chandler Parsons. Em uma das piores negociações da história recente da NBA, a franquia deu um contrato de US$ 94 milhões por quatro temporadas ao atleta em 2016. A história de insucesso acabou com a troca do atleta para o Atlanta Hawks.
Por fim, Andre Iguodala não saiu ainda, mas vai sair.
Ponto forte: Taylor Jenkins vem da árvore de Mike Budenholzer, que por sua vez é do pé de Gregg Popovich. Portanto, espere uma defesa veloz e agressiva e um ataque de muito atleticismo e troca de passes. E essas características caem com uma luva nesse elenco e, principalmente, em Morant, que tem a responsabilidade de ser o “cara” dessa franquia desde o primeiro jogo.
Ponto fraco: O elenco é jovem e isso dentro da forte Conferência Oeste deve causar oscilações naturais nesse processo. Por isso, é importante paciência aos fãs dos Grizzlies. Derrotas bobas vão fazer parte desse caminho e são importantes para criar “casca” nesse elenco. Além disso, reforço que o grupo de arremessadores é limitado e com toda certeza deve ser foco da equipe nos próximos mercados de agentes livres e Drafts.
Campanha em 2018-2019: 33 vitórias e 49 derrotas
Head Coach: Taylor Jenkins (primeira temporada em Memphis)
Provável quinteto titular: Ja Morant, Dillon Brooks, Kyle Anderson, Jaren Jackson. Jr e Jonas Valanciunas
Franchise Player: Ja Morant. O armador deve causar o hype que Luka Doncic e Trae Young causaram em suas equipes logo em seu primeiro ano na liga. Espere highlights e melhores momentos no SportsCenter. Assim como a média de turnovers do calouro também deve ser alta. A transição de um armador do College para a NBA é uma das mais duras, mas o talento de Morant deve superar essa barreira durante a temporada e justificar a alta escolha no último Draft.
Briga por: Olho nesses garotos. Vão terminar em torno do décimo lugar, mas até a reta final da temporada vão permanecer com chances de vaga nos playoffs.
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Memphis Grizzlies: posição 24
Melhor nota: 7 / Pior nota: 5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Guilherme Rodrigues, Pedro Moreira, Piero Fiorelli, Ricardo Pilat e Thiago Passarelli. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 30. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.
Foto: Reprodução/Twitter Memphis Grizzlies