[PRÉVIA] NBA 2019-2020: #23 Orlando Magic
Depois de boa temporada, Magic mira desenvolvimento a partir da continuidade do trabalho
Depois de seis temporadas seguidas sem participar dos playoffs da Conferência Leste, o Orlando Magic alcançou a sétima posição na temporada regular e se classificou para a pós-temporada em 2019. Lá, enfrentou o Toronto Raptors na primeira rodada, franquia que viria a ser a campeã, venceu o primeiro jogo no Canadá, mas penou nos jogos seguintes e acabou saindo com um sonoro 4 a 1. Apesar da impactante desclassificação, o saldo pode ser considerado bem positivo e a própria franquia reconhece isso, embora tenha ficado com um gosto de que pode ir além.
Para tentar passar da primeira rodada dos playoffs, a franquia decidiu apostar na continuidade do trabalho. Em uma offseason cheia de grandes movimentações, o Magic foi uma das franquias mais tranquilas e fez apenas uma aquisição (Al-Farouq Aminu), além de ter assinado novos contratos com outros quatro jogadores que já estavam por lá (Nikola Vucevic, Terrence Ross, Khem Birch e Michael Carter-Williams). A continuidade da equipe foi um dos temas do Media Day da equipe, realizado nesta segunda-feira (30).
“Nada mudou (em relação à continuidade do trabalho). Leva tempo até se ajustar a um sistema diferente. Só de não ter que se iniciar um trabalho nesta temporada é algo bom e ter o mesmo núcleo vai nos ajudar muito”, disse o ala-armador Evan Fournier, um dos destaques da última Copa do Mundo de Basquete. Baseado no seguimento do elenco que se destacou na última temporada, Vucevic mostrou-se otimista em ter um resultado ainda melhor. “Foi boa (a temporada), mas não foi o bastante. Queremos estar lá (nos playoffs) de novo e agora acho que podemos ir ainda melhor”, revelou o pivô montenegrino.
Depois de um começo apático, com 20-31 nos primeiros 51 jogos, Orlando fechou a temporada regular com a ótima campanha de 22-9, muito por causa de sua defesa, uma das melhores da segunda metade da temporada. A chegada de Aminu, reconhecido ala de boa defesa de perímetro, juntando-se a Jonathan Isaac e Aaron Gordon, dará ao Magic uma profundidade nas alas em termos defensivos difícil de encontrar em outra equipe, principalmente no Leste.
Se a defesa foi um ponto extremamente positivo no time, na última temporada, o ataque não foi e Steve Clifford, técnico que vai para seu segundo ano à frente da franquia, elucidou bem isso durante o Media Day. “Aprendemos que você deve jogar com intensidade todos os jogos dos playoffs. Fomos bem com isso na defesa, mas não tivemos o suficiente no ataque. Intensidade neste extremo da quadra, finalizar na cesta e criar para você e os companheiros são coisas que precisamos melhorar”, disse o técnico. A carta na manga que tem capacidade para melhorar todos os aspectos ofensivos citados por Clifford se encontra no elenco desde fevereiro e atende pelo nome de Markelle Fultz, que fará sua estreia pelo Magic nesta temporada.
Depois de meses de recuperação de um sério problema que limita os movimentos de seu ombro, Fultz apareceu em vídeos divulgados pelo Magic na última semana com um arremesso muito mais consistente e fluido do que aqueles que nos acostumamos a ver. O ala-armador, primeira escolha do Draft de 2017, afirmou durante o Media Day que a intenção é estrear já no primeiro jogo de Orlando na pré-temporada, no sábado (05), contra o San Antonio Spurs. Fultz poderá ser uma peça-chave vindo do banco do Magic e sendo o pontuador da segunda unidade do time juntamente com Terrence Ross. Podemos considerá-lo um reforço, afinal, ainda não jogou pela equipe desde que foi trocado pelo Philadelphia 76ers.
No mais, ponto que deve ser observado no início do Magic desta temporada é a evolução dos jovens Isaac e Mo Bamba. Isaac é um dos jogadores mais intrigantes em termos de evolução de uma temporada para outra da NBA e deverá começar jogando na maioria das partidas. O ala é de um atletismo impressionante e já se mostrou um grande defensor, se focar em uma evolução ofensiva, tem tudo para ser uma ameaça dos dois lados da quadra nesta temporada.
Bamba, por sua vez, sofreu com lesão em sua primeira temporada e jogou pouco, mas neste pouco não teve impacto, com deficiências defensivas grandes, principalmente. Sua total recuperação física e a evolução de seu jogo são cruciais para ajudar Orlando vindo do banco. Como alternativa a Bamba, Clifford tem Birch, pivô que terminou a participação do Magic em alta.
Continuidade de elenco depois de uma boa temporada é uma grande aposta para um ano ainda melhor do que o anterior. O Magic embarcou nessa e ainda adicionou um bom defensor de perímetro para a rotação. A expectativa é de realmente uma temporada melhor, ainda que não muito.
(Foto 1: Reprodução Twitter / NBA; Foto 2: Reprodução Instagram / Orlando Magic; Foto 3: Divulgação Facebook / Orlando Magic)
Principais chegadas: Al-Farouq Aminu (agente livre) e Chuma Okeke (Draft)
Principal saída: Jerian Grant (agente livre irrestrito)
Ponto Forte: A defesa do Magic fez uma segunda metade de temporada regular ótima e empurrou o time a finalizar a fase classificatória com a campanha de 22-9. Ao manter o núcleo da última temporada e acrescentar Aminu à rotação, a equipe melhorou ainda mais seu ponto forte e a expectativa é de um nível de jogo maior para esta temporada.
Ponto Fraco: Se a defesa de Orlando fechou sua participação na temporada em alta, o mesmo não se pode dizer do ataque da equipe da Flórida, que sucumbiu frente aos Raptors muito por não possuir pontuadores ou criadores de arremesso em seu elenco. A chegada de Fultz pode dar uma elevada neste que é o destacado ponto fraco do time.
Campanha em 2018-2019: 42-40 (sétimo na Conferência Leste) / 1-4 contra o Toronto Raptors na primeira rodada dos playoffs
Provável quinteto titular: D.J. Augustin, Evan Fournier, Jonathan Isaac, Aaron Gordon e Nikola Vucevic
Franchise player: Nikola Vucevic
Head coach: Steve Clifford (sétima temporada na NBA e segunda no Magic)
Briga por: passar da primeira rodada dos playoffs
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Orlando Magic: posição 23
Melhor nota: 7 / Pior nota: 6
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Guilherme Rodrigues, Pedro Moreira, Piero Fiorelli, Ricardo Pilat e Thiago Passarelli. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 30. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.