[PRÉVIA] NBA 2019-2020: #21 Oklahoma City Thunder
Reformulado e em reconstrução, OKC visa o desenvolvimento dos jovens jogadores e pensa nos próximos Drafts
Após longos anos de expectativas e sonhos por um título da NBA, o Oklahoma City Thunder entra para a temporada 2019/20 com outra mentalidade. Nesta década, jogadores como Kevin Durant, Russell Westbrook, James Harden e Paul George passaram por OKC, que apenas bateu no aro em suas chances.
Agora, a franquia entra em um período de renovação e está longe de ter uma equipe competitiva e capaz de brigar com as grandes potências da NBA. O futuro é a grande esperança da torcida, que espera que Oklahoma seja certeiro nas escolhas de Draft que acumulou para os próximos anos.
A temporada 2018/19 estava sendo ótima e até surpreendente até meados do All-Star Game, que foi em fevereiro de 2019. O Thunder era terceiro isolado na Conferência Oeste, atrás de Golden State Warriors e Denver Nuggets, e tinha em sua equipe uma evolução tática e mental: Westbrook se transformou em um playmaker mais cerebral, Paul George estava fazendo um temporada nível MVP e o grupo de apoio funcionava bem ao lado deles, principalmente a eficiente defesa.
No entanto, tudo começou a ruir na segunda metade da temporada. O time parou de jogar na sintonia que estava, George machucou o ombro e não voltou a ser o mesmo e o camisa zero oscilou entre jogos espetaculares e horríveis. Como conclusão final, OKC terminou apenas em sexto na conferência e foi eliminado por 4 a 1 para o Portland Trail Blazers na primeiro rodada do playoffs.
Com mais uma decepção no final das contas, o promissor grupo começou a se desfazer no período de free agency. PG quis se juntar a Kawhi Leonard no Los Angeles Clippers. West não desejou ser uma estrela solitária novamente e também preferiu ser trocado, reencontrando James Harden em Houston. O processo de renovação havia começado.
Trocando suas duas estrelas, OKC se encheu de picks futuras. Por LA, vieram as desprotegidas escolhas de primeira rodada dos Drafts de 2021, 2022, 2024 e 2026, além de uma protegida de 2023 e do direito de trocar as de 2023 e 2025 por posições melhores. Vindo de Houston, além de Chris Paul, o Thunder recebeu picks de 2024 e 2026 e o direito de inverter posições em 2021 e 2025.
Portanto, depois de muitas trocas e saídas, o time ainda pode ser competitivo dentro do possível, mas sem conseguir aspirar voos altos. Chris Paul, já na reta final de sua carreira e convivendo com frequentes lesões, é o grande líder técnico da equipe de Billy Donovan, tendo que substituir o grande ídolo Westbrook. Conhecido por sua capacidade de armar e organizar o time dentro de quadra, o experiente armador de 34 anos será responsável por conduzir um grupo jovem e que visa a atingir um nível elevado de evolução.
Ao redor do ex-Houston Rockets, Shai Gilgeous-Alexander é um jogador que pode se destacar muito nesta renovada equipe. Ele já mostrou potencial no organizado Clippers da temporada passada, e é uma das grandes esperanças da franquia para esse processo de renovação. Terrance Ferguson, apesar de oscilações, se tornou um bom shooter do perímetro e terá papel importante para a variação de jogadas do time. O jovem ainda precisa melhorar sua defesa, já que comete muitas faltas.
Se tratando dos jogadores altos do provável quinteto titular, a equipe tem boas opções. Danilo Gallinari é um ótimo chutador de bolas de três, além de bom defensor. Adams já mostrou seu valor com a camisa do Thunder com sua raça, capacidade de pegar rebote nos dois lados da quadra e poder defensivo.
Vindo do banco, o nome mais importante é Dennis Schröder, que até pode integrar o quinteto inicial, mas é provável que continue sendo um sexto homem que carrega o banco de reservas. Sem muitas grandes opções, Nerlens Noel, Andre Roberson (se recuperado) e Darius Bazley são algumas das variações.
Em resumo, reconstrução é a palavra-chave para o Oklahoma City Thunder. O objetivo é desenvolver os bons jovens jogadores que há no elenco e acumular picks de Draft para tentar novamente montar um time capaz de brigar por títulos, como fez nesses últimos anos.
Principais chegadas: Chris Paul, Shai Gilgeous-Alexander e Danilo Gallinari
Principais saídas: Russell Westbrook, Paul George e Jerami Grant
Ponto forte: Billy Donovan, o head coach, tem mentalidade defensiva e costuma montar bons sistemas. Mesmo com a troca de atletas, OKC deve prosseguir tendo uma defesa eficiente e que dificulta o trabalho dos adversários. No lado ofensivo, um ponto positivo para a equipe será as jogadas de pick and roll entre Chris Paul e Steven Adams e também as assistências do camisa 3 para enterradas do pivô. A combinação pode funcionar.
Ponto fraco: a profundidade de jogadores, ou seja, a questão do fraco elenco, é um fator muito negativo no time. Aliás, mesmo com suas grandes estrelas nos últimos anos, o Thunder sempre teve um grupo como um todo abaixo do que deveria, o que minou o potencial de outros jogadores.
Campanha em 2018-2019: 49-33 (sexto na Conferência Oeste) / 1-4 contra o Portland Trail Blazers na primeira rodada dos playoffs.
Provável quinteto titular: Chris Paul, Shai Gilgeous-Alexander, Terrance Ferguson, Danilo Gallinari e Steven Adams
Franchise player: Chris Paul
Head coach: Billy Donovan
Briga por: ficar entre os últimos da Conferência Oeste
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Oklahoma City Thunder: posição 21
Melhor nota: 8 / Pior nota: 6
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Guilherme Rodrigues, Pedro Moreira, Piero Fiorelli, Ricardo Pilat e Thiago Passarelli. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 30. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.
Foto: Divulgação/Facebook Oklahoma City Thunder