[PRÉVIA] NBA 2019-2020: #20 Minnesota Timberwolves
Com elenco e treinador jovens, Minnesota encara o rebuilding de forma natural e olha para os próximos promissores anos
Chegamos ao top 20 das prévias de NBA do The Playoffs com uma das maiores incógnitas entrando em 2019. A saída do melhor jogador do time no meio da temporada passada foi uma mistura de preocupação e alívio, mas também pode significar a consolidação de outro grande jogador na equipe, que muitas vezes é subestimado pelos analistas e pela própria torcida, além de representar a ascensão de uma juventude ainda com potencial. Vamos então ao preview do Minnesota Timberwolves.
A temporada 2018-2019 tinha tudo para ser muito promissora para a equipe do técnico Tom Thibodeau. No plantel, diversas peças com calibre de All-Star como Jimmy Butler e Karl-Anthony Towns, além de antigos Rookies of The Year em Derrick Rose, Andrew Wiggins e o próprio Towns. O general manager Scott Layden ainda fez questão de trazer experiência para o elenco com Taj Gibson e Luol Deng.
Falando em Rose, o armador que vinha de temporadas apagadíssimas em Cleveland e no próprio Minnesota chegou até a anotar um career high de 50 pontos em sua primeira partida como titular em 2018. O torcedor dos Wolves começava a sonhar alto e imaginar que seu time poderia chegar nos playoffs pelo segundo ano consecutivo e consolidar uma fase boa que não era alcançada desde que o começo dos anos 2000, quando o time chegou às finais de conferência.
Mas o que era ilusão na verdade virou uma tragédia. Os diversos problemas de relacionamento entre Butler e Thibodeau fizeram com que o ala pedisse para ser trocado ainda em setembro. Com menos de um mês decorrido de temporada, o melhor jogador do time já havia seguido seu rumo. Em troca, Minnesota recebia Robert Covington, Dario Saric e Jerryd Bayless, além de uma escolha de segunda rodada. O novato Josh Okogie, escolha de primeira rodada, entrava no time titular no lugar de Butler.
Ainda assim, uma sequência de resultados positivos não vinha de jeito algum. Tudo o que Minnesota precisava à época era uma troca repentina na cultura da franquia, uma brusca mudança de ares. E ela veio. O ex-Coach of the Year Tom Thibodeau foi demitido logo no começo do ano. Em seu lugar, assumia o jovem assistente técnico Ryan Saunders, filho do antigo treinador dos Wolves na virada do século, Flip Saunders.
Saunders não conseguiu impor um impacto tão imediato (desde que assumiu, foram 17 vitórias e 25 derrotas) e o time não conseguiu se classificar para os playoffs pela décima quarta vez em 15 oportunidades. Mas o céu é o limite para um jovem antigo treinador de 33 anos que passou dez temporadas como assistente técnico, sedento por colocar tudo que aprendeu em prática.
Para 2019-2020, a expectativa é de que enfim Andrew Wiggins pode se consolidar como um dos pilares do elenco. Caso seu processo de regressão dos últimos anos se mantenha, o ala canadense pode estar com os dias contados em Minnesota. Por outro lado, Karl-Anthony Towns vem de uma ótima temporada e tem tudo para ser a referência dos Wolves mais uma vez. Já Derrick Rose saiu e fará muita falta.
Considerando que o time pouco mudou ano passado e que joga na dura Conferência Oeste, a tendência é de uma temporada difícil, mais importante para o start de uma reconstrução do que para buscar vaga nos playoffs ou algo do tipo.
Foto: Reprodução Twitter/Minnesota Timberwolves
Principais chegadas: Considerado o melhor jogador do time vice-campeão universitário de 2019 e defensivamente um dos melhores atletas do país, Jarret Culver chamou a atenção do novo presidente de Operações de Basquete, Gersson Rosas. Para conquistar o jogador tão desejado, Minnesota cedeu os direitos de sua escolha de número 11, Cameron Johnson, e Dario Saric, que chegou pela troca de Butler, teve menos de 70 partidas com a camiseta de MIN e não vai deixar saudades. Na segunda rodada, os Wolves selecionaram Jaylen Nowell, eleito na última temporada do college o melhor jogador da conferência Pac-12.
Já na free agency, Rosas não foi tão incisivo assim visto que os contratos de alguns veteranos complicavam tal processo. Reforçou o pensamento do rejuvenescimento do plantel e, para os lugares de Luol Deng e Jerryd Bayless, trouxe alternativas também mais baratas em Jordan Bell (campeão com os Warriors em 2017-18), Tyrone Wallace e Naz Reid.
Principais saídas: Apesar de não perder nenhum titular nesta offseason (lembrando que Butler saiu no meio da temporada passada), Minnesota teve que abrir mão de alguns rotation players que contribuíram bem saindo do banco. É o caso de Derrick Rose (média de 18 pontos e 4 assistências por jogo) e Taj Gibson (11 pontos e 6,5 rebotes por partida). Rose, inclusive, foi para os Pistons com um contrato maior do que recebia em Minnesota, algo inviável dada a situação do salary cap dos Wolves.
Ponto forte: Juventude. Se existe algo que Minnesota pode se apoiar é no desenvolvimento de suas joias. Já que o time não vem para brigar por título (e provavelmente nem por playoffs), nada melhor que dar tempo para os jovens se desenvolverem. Além disso, Covington e Culver podem melhorar uma defesa fragilizada em 2018 (sexta pior da NBA) e formar uma das duplas mais subestimadas da liga nesse quesito, além de ocasionalmente neutralizar uma das fraquezas de KAT, sempre criticado por ser soft na marcação.
Ponto fraco: Juventude. Não, você não está lendo errado. A baixa faixa etária do time pode ser também um fator negativo. O potencial pode não vingar. Caso um time venha a anular Towns, quem surgirá como a salvação ofensiva dos Wolves? Wiggins ainda não rendeu o esperado desde que foi eleito calouro do ano, em 2014-15, e hoje seu contrato de quase US$150 milhões assinado no ano passado configura-se mais como problema do que como solução.
Campanha do time em 2018-2019: 36 vitórias e 46 derrotas
Head coach: Ryan Saunders (segunda temporada na NBA, a primeira como “não-interino”)
Provável quinteto titular: Jeff Teague, Josh Okogie, Andrew Wiggins, Robert Covington e Karl-Anthony Towns
Franchise Player: Karl-Anthony Towns
Briga por: Se livrar do contrato do Andrew Wiggins Não ficar em último na Divisão Noroeste da Conferência Oeste
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Minnesota Timberwolves: posição 20
Melhor nota: 7,5 / Pior nota: 6
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Guilherme Rodrigues, Pedro Moreira, Piero Fiorelli, Ricardo Pilat e Thiago Passarelli. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 30. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.