[PRÉVIA] NBA 2019-2020: #2 Milwaukee Bucks
Bucks apostam na manutenção e evolução de sua filosofia de jogo para vencer na Conferência Leste sem Kawhi Leonard
O Milwaukee Bucks retornou ao patamar de protagonista na última temporada. Com Giannis Antetokounmpo em nível de MVP e Mike Budenholzer como técnico do ano, a derrota nas finais do Leste contra o Toronto Raptors deixou marcas na equipe. Equipes vencedoras já foram forjadas em revezes. Será essa a história dos Bucks neste ano?
Mesmo com a saída de Malcolm Brogdon, o mercado da offseason dos Bucks foi positivo. Budenholzer mais uma vez irá apostar na estratégia de espaçamento da quadra para contar com Antetokounmpo no garrafão e tem armas para fazer isso ser ainda melhor executado nesta temporada.
Além disso, ainda existe a expectativa de que Antetokounmpo possa elevar ainda mais o seu jogo. A experiência com as derrotas para os Raptors e na Copa do Mundo de Basquete, que trouxeram aprendizado de que apenas força bruta não resolve dentro da área pintada e que é preciso crescimento nas bolas de média e longa distância, pode ser importante.
Khris Middleton e seu novo acordo milionário também estarão à prova nesta temporada. As expectativas para ele são de um protagonista e não apenas um coadjuvante importante. Mesmo com sua comprovada eficiência nos chutes de perímetro e na defesa, seus vencimentos sugerem produção de All-Star. Middleton será capaz de manter essa marca?
A Conferência Leste mudou seu cenário. Saída de Kawhi Leonard, Philadelphia 76ers sem Jimmy Butler, Boston Celtics com Kemba Walker… Somente os Bucks mantiveram seu plano de jogo intacto de um ano para o outro. O início de temporada deve ter domínio da franquia, mas quando crescer o entrosamento das outras equipes, Milwaukee ainda terá forças para ganhar o título do Leste?
(Foto: Reprodução Twitter / Milwaukee Bucks)
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Principais chegadas: Budenholzer conseguiu mais peças para rechear seu já farto elenco de chutadores. Kyle Korver ainda é um dos melhores da liga no quesito e vai ser chamado do banco em momentos específicos com carta branca para chutar.
Wesley Matthews vem de um ano ruim com o Dallas Mavericks e com o Indiana Pacers, mas chega em Milwaukee em um sistema já estabelecido. Um início forte de temporada é fundamental para a confiança do gatilho. Já Robin Lopez e Dragan Bender chegam para fortalecer o núcleo de defensores de garrafão e aumentar o número de “gigantes” arremessando da linha dos três pontos.
Principais saídas: Malcolm Brodgdon. Os Bucks trabalharam para aumentar as peças disponíveis para Budenholzer, porque sabiam que a qualidade perdida em Brogdon era insubstituível. O armador teve números históricos na última temporada, com ao menos 40% nas bolas de três, 50% nos chutes de quadra e 90% nos lances-livres.
Só mais sete atletas na história conseguiram o feito, entre eles Stephen Curry, Kevin Durant, Larry Bird, Steve Nash, Reggie Miller e Dirk Nowitzki. Isso já mostra o jogador que Brogdon é e como os Pacers acertaram no investimento (três escolhas futuras de Draft, sendo uma de primeira rodada).
Ponto forte: Quando as bolas de três caem, esse time dos Bucks dificilmente perde um jogo na NBA. Todas as cinco derrotas nos playoffs do ano passado foram em jogos em que a equipe chutou para menos de 40% no perímetro.
Budenholzer aumentou seu arsenal de chutadores, tendo ainda maior variedade de jogadores para apostar durante a partida. Se Antetokounmpo tiver um desempenho minimamente satisfatório, perto da casa dos 30%, os Bucks podem ser ainda mais difíceis de se parar no ataque.
(Foto: Reprodução/Twitter Milwaukee Bucks)
Ponto fraco: Obviamente existem dias em que a bola vai rodar no aro e ir para fora. Os Raptors conseguiram quatro desses jogos contra os Bucks e foram para a final. A primeira saída de Milwaukee em casos assim é apostar na força de Antetokounmpo no garrafão. Mas Toronto usou marcações duplas e até triplas para forçar turnovers e faltas ofensivas do ala-pivô.
Assim, a segunda via é usar a velocidade dos armadores para buscar a infiltração e criar espaços para Antetokounmpo ou até mesmo girar a bola no perímetro. O problema foi que o armador mais atlético da equipe não tem aparecido bem nos momentos decisivos. Eric Bledsoe recebeu um contrato novo e claramente a franquia aposta nele como fator desequilibrante em noites ruins da bola de três – o problema é que, até o momento, isso ainda não aconteceu.
Campanha em 2018-2019: 60 vitórias e 22 derrotas
Head coach: Mike Budenholzer (2ª temporada em Milwaukee)
Provável quinteto titular: Eric Bledsoe, Wesley Matthews, Khris Middleton, Giannis Antetokounmpo e Brook Lopez
Franchise Player: Giannis Antetokounmpo. O “Grego Louco” entra novamente na briga pelo prêmio de MVP. Em todas as suas seis temporadas ele superou sua média de pontos, rebotes e aproveitamento de chutes de quadra. Uma média de ao menos 28 pontos e 13 rebotes é possível e provavelmente garantiria o segundo prêmio seguido ao atleta.
(Foto: Michael Kovac/Getty Images for Turner Sports)
Briga por: Logo no primeiro ano nas mãos de Budenholzer, os Bucks quebraram jejum de 18 anos sem aparições na decisão do Leste. A Conferência perdeu Kawhi Leonard e nenhuma nova estrela chegou para seu lugar (Durant só na próxima temporada). Com esse elenco, Milwaukee briga novamente para receber uma final de NBA após 46 anos.
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Milwaukee Bucks: posição 2
Melhor nota: 9,5 / Pior nota: 9
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Guilherme Rodrigues, Pedro Moreira, Piero Fiorelli, Ricardo Pilat e Thiago Passarelli. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 30. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.
Foto: Reprodução/Dallas Mavericks