[PRÉVIA] NBA 2017-2018: Divisão Noroeste
Thunder com Carmelo e PG; Wolves reforçado; Jazz e Nuggets renovados e Blazers sem muita movimentação; veja o Noroeste
Renovação é a palavra da vez dentro da divisão Noroeste da Conferência Oeste da NBA para a temporada 2017/2018. Oklahoma City Thunder e Minnesota Timberwolves experimentarão muitas coisas novas até o início da temporada e precisarão entrosar e arrumar a melhor maneira de jogar após trazerem estrelas de primeira grandeza para os elencos. Utah Jazz e Denver Nuggets tiveram mudanças mais sutis, mas certeiras e deverão brigar por coisas boas. Quem pouco de mexeu foi o Portland Trail Blazers, que, mantendo a mesma base, ainda poderá sim brigar pelos playoffs.
Na última temporada, Thunder, Jazz e Blazers passaram para a pós-temporada, com os Nuggets batendo na trave ao terminar na nona posição. Os Wolves acabaram a temporada regular na antepenúltima posição do Oeste, com apenas 31 vitórias. Para essa temporada, é de se esperar que as cinco franquias briguem por vaga nos playoffs, com boas possibilidades das cinco eventualmente partirem para a pós-temporada.
Confira agora a previsão do The Playoffs para as equipes abaixo:
OKLAHOMA CITY THUNDER
Depois da perda de Kevin Durant antes da temporada passada, a chave do OKC ficou a cargo de Russell Westbrook, e o armador não decepcionou. O armador teve uma temporada regular recheada de recordes, incluindo a de maior número de triple-doubles (42) em uma única temporada, e foi o cérebro e coração da equipe. Se West estava mal, tudo ia mal, se West estava bem, tudo corria melhor. Acabou que, com um número de vitórias (47) similar ao número de TD’s de West, justificando a dependência, OKC conseguiu ir aos playoffs.
Para esta temporada, o cenário mudou completamente. Saíram Victor Oladipo, Domantas Sabonis (ambos haviam chegado na última temporada), Enes Kanter, Doug McDermott e Taj Gibson e chegaram Paul George, Carmelo Anthony, Patrick Patterson e Raymond Felton, além dos calouros Terrance Ferguson e Dakari Johnson. Definitivamente, nota-se os grandes negócios do general-manager Sam Presti, que trouxe duas grandes estrelas para formarem um trio de respeito junto a Westbrook.
O técnico Billy Donovan terá que saber dividir muito bem a bola entre os três e tentar potencializar as melhore qualidades de todos. Donovan já deixou claro que começará com Carmelo na posição 4 e deixará George na 3. Com Westbrook na armação, a função de ambos os novos reforços deverá ser a de finalização, tal como Carmelo está até acostumado a jogar na seleção dos Estados Unidos, inclusive com atuações extremamente efetivas em termos de pontuação.
Na parte defensiva, o restante do quinteto titular deverá dar conta. O ala-armador Andre Roberson é um dos grandes marcadores de perímetro da liga e suprirá essa função. O pivô Steven Adams, mesmo vindo de uma temporada um tanto quando decepcionante, ainda é um jogador confiável da posição formará um dos melhores quintetos da liga. De apenas número nos últimos playoffs, OKC agora vem para o protagonismo dentro da liga.
Resultados 2016-2017: 47-35 (6º do Oeste na temporada regular) / 1-4 (playoffs – primeira rodada do Oeste)
Provável quinteto ideal: Russell Westbrook, Andre Roberson, Paul George, Carmelo Anthony e Steven Adams
Briga por: título de conferência
(Foto: Reprodução Twitter / Oklahoma City Thunder)
PORTLAND TRAIL BLAZERS
Com olho na arrumação da casa após uma temporada cheia de contratos mal resolvidos, os Blazers pouco se mexeram na offseason e tiveram poucas mudanças no elenco. Contudo, estão lá Damian Lillard e C.J. McCollum, a dupla de backcourt coração da equipe. Na última temporada, apenas a oitava colocação no Oeste e uma varrida para o Golden State Warriors na primeira rodada.
A chegada do pivô Jusuf Nurkic na última temporada caiu como uma luva na rotação da franquia e é apoiada nisso, uma temporada inteira com o bósnio, que a equipe prevê uma boa caminhada nesta temporada. Soma-se a isso a constante evolução do ala-pivô Maurice Harkless e a vitalidade do ala Al-Farouq Aminu. Quem ainda está no elenco e são boas peças na rotação são Ed Davis e Noah Vonleh, no garrafão, Evan Turner, na ala, e Shabazz Napier, reserva imediato de Lillard.
Com relação a perdas e ganhos, pouco ocorreu. Os Blazer se livraram do contrato pomposo de Allen Crabbe e trouxeram Anthony Morrow dos Bulls, que poderá suprir a função de arremessador confiável do banco se mantido no elenco. Na pré-temporada, o ala vem bem e mostra que pode ser o cara para substituir mesmo. Via draft, chegaram o ala-pivô Caleb Swanigan e o pivô Zach Collins. Os dois têm grande potencial e já mostraram jogo na pré-temporada, com destaque para o físico evoluído de Swanigan e a habilidade no garrafão de Collins.
O técnico Terry Stotts parece saber o caminho das pedras com o elenco que tem. Apesar de enfraquecido em comparação com outros da conferência, a franquia tem condições de brigar por playoffs e até conseguir uma das últimas vagas.
Resultados 2015-2016: 41-41 (8º do Oeste na temporada regular) / 0-4 (playoffs – primeira rodada do Oeste)
Provável quinteto ideal: Damian Lillard, C.J. McCollum, Maurice Harkless, Al-Farouq Aminu, Jusuf Nurkic
Briga por: vaga nos playoffs
(Foto: Reprodução Twitter / Portland Trail Blazers)
UTAH JAZZ
O Jazz fez uma reformulação assertiva na última temporada, reforçando o elenco para poder brigar lá em cima na tabela de classificação e deu certo. A franquia terminou na quinta colocação e chegou às semifinais de conferência, parando no super time do Golden State Warriors. Por pouco tempo. Para esta temporada, o bom técnico Quin Snyder que poderia tentar voar ainda mais longe apenas com pequenas correções, vai ter que recomeçar muita coisa após as mudanças da última temporada para cá.
Além de George Hill, que veio muito bem como reforço na última temporada, a franquia perdeu o seu melhor e mais querido jogador, o ala Gordon Hayward, que saiu para o Boston Celtics para voltar a jogar com seu técnico de faculdade, Brad Stevens, e brigar por grandes objetivos agora na Conferência Leste. Os ganhos não acompanharam as perdas e, em termos de elenco, o Jazz entra enfraquecido nesta temporada.
Além de Ricky Rubio que chegou para ser o titular na armação, chegou apenas o ala Donovan Mitchell, via draft, muito apesar o jogador seja um dos grandes prospectos desta classe. A esperança para a boa temporada fica na dobradinha Rubio-Rudy Gobert, já que o pivô francês é um dos melhores, e ainda com mais espaço para evoluir, de toda a liga. Completam o provável quinteto titular os alas Joe Ingles e Rodney Hood e o ala-pivô Derrick Favors. Único brasileiro em toda a divisão Noroeste, Raulzinho deverá ficar atrás ainda de Dante Exum na rotação da armação. Boa notícia é que a franquia trocou Shelvin Mack, diminuindo a concorrência.
A temporada de Utah está mais com cara de arrumação do que de briga por grandes coisas, por isso uma vaga nos playoffs parece uma realidade um pouco distante. Contudo, a equipe poderá brigar sim por uma última vaga, caso entrosem desde cedo e talvez mudem algumas peças ao longo da temporada.
Resultados 2015-2016: 51-31 (5º do Oeste na temporada regular) / 4-7 (playoffs – semifinais de conferência)
Provável quinteto ideal: Ricky Rubio, Joe Ingles, Rodney Hood, Derrick Favors e Rudy Gobert
Briga por: vaga nos playoffs
(Foto: Reprodução Twitter / NBA)
DENVER NUGGETS
Como em muitas temporadas, os Nuggets deverão ser uma franquia que chegará com pouco barulho mas que poderá ir longe na temporada. A equipe junta jogadores experientes com jovens muito promissores e conseguiu bons reforços para completar o banco e fazer uma rotação que dará trabalho. Tudo nas mãos do técnico Michael Malone, que mais uma vez estará à frente do time do Colorado.
Na armação, a poupuda renovação do contrato de Gary Harris mostra o tanto que Denver confia no jovem para a continuidade na equipe. Aos 23 anos e há três nos Nuggets, o ala-armador marca bem, é alético, infiltra e tem arremesso confiável de três, além de mostrar sólida evolução temporada após temporada. Ao seu lado, Emmanuel Mudiay terá mais um ano para mostrar seu potencial. Vale lembrar que o armador tem apenas 21 anos e é ainda um ano mais velho que o seu reserva imediato, Jamal Murray, outro atlético jogador que já teve notável evolução durante a última temporada, a sua de estreia. Garotada toda vigiada pelo experiente Jameer Nelson, que vem para mais uma temporada.
Na ala, os consistentes e poucos notados, Wilson Chandler e Will Barton vem para mais uma temporada juntos em Denver, devendo revesar bem seus minutos entre si. No ala-pivô, a grande atração do Nuggets para a temporada: Paul Millsap. Único reforço de peso dos Nuggs para a temporada, o experiente Millsap veio como a cereja do bolo para o time, devendo formar um garrafão de respeito com Nikola Jokic, jovem de 22 anos, que tem habilidade e visão de jogo refinados para um jogador de seu tamanho. Completando a rotação do garrafão, os Nuggets ainda contam com Kenneth Faried, Trey Lyles e Juan Hernangomez.
Dentro do Oeste realmente é difícil brigar por mando de quadra nos playoffs, mas os Nuggets vêm com um time altamente competitivo e deverá confirmar uma vaga nos playoffs sem brigar até as últimas rodadas.
Resultados 2015-2016: 40-42 (9º do Oeste na temporada regular)
Provável quinteto ideal: Emmanuel Mudiay, Gary Harris, Wilson Chandler, Paul Millsap, Nikola Jokic
Briga por: vaga nos playoffs
(Foto: Reprodução Facebook / Denver Nuggets)
MINNESOTA TIMBERWOLVES
A mudança foi das grandes. O técnico e presidente Tom Thibodeau de fato mandou buscar muita gente boa nesta offseason e formou um grande elenco a troco de pouca coisa, como mandar um armador que pouco tinha mostrado (Kris Dunn) e um bom ala-armador, mas lesionado (Zach LaVine), em troca de uma estrela em ascensão (Jimmy Butler). O perfil dos Wolves se assemelha ao dos Nuggets, mas o único problema é que todos se juntaram agora.
Na armação a troca de Ricky Rubio por Jeff Teague melhorou o cenário mas nada de muito significativo. Outros que chegam poderão ter papéis mais representativos, como o veterano Jamal Crawford, reserva imediato de Butler e que deverá ser um dos líderes do banco, e o ala-pivô Taj Gibson, titular no ala-pivô. Nada tira o brilho de Butler, que voltará a trabalhar com Thibodeau e vem se mostrando um grande jogador em quase todos os aspectos do jogo, ofensiva e defensivamente.
Companheiros há algum tempo, os dois outros titulares do time, Karl-Anthony Towns e Andrew Wiggins, ainda poderão mostrar mais coisas do que a última temporada, principalmente Towns, que vem em constante evolução e é um pivô completo, tanto no ataque quanto na defesa, ainda com arremesso de três. Aos 22 anos, Wiggins vem estável como um pontuador nato, aumentando sua média de pontos ano após ano (16,9 em 2013/2014 e 23,6 em 2016/2017). Ainda na rotação, Gorgui Dieng, Tyus Jones e Shabazz Muhammad merecem algum destaque e deverão ter minutos consideráveis.
A questão no ar gira em torno de como Thibs fará todas as engrenagens se encaixarem para que façam a máquina funcionar. Um bom uso do banco para poupar seus titulares terá que ser pensado (Thibs não curte muito isso) e considerado visando a pós-temporada, já que a forte equipe tem tudo para chegar à pós-temporada, algo que não acontece desde 2005.
Resultados 2015-2016: 31-51 (13º do Oeste na temporada regular)
Provável quinteto ideal: Jeff Teague, Jimmy Butler, Andrew Wiggins, Taj Gibson e Karl-Anthony Towns
Briga por: vaga nos playoffs
(Foto: Reprodução Twitter / Minnesota Timberwolves)
PRÉVIAS DA NBA 2017-2018
(Foto de destaque : Reprodução Twitter / Oklahoma City Thunder)