[PRÉVIA] 1ª rodada dos Playoffs da Conferência Leste da NBA
Veja tudo o que pode acontecer nos quatro primeiros duelos da pós-temporada da Conferência Leste da NBA
Depois de uma temporada regular cheia de recordes e marcas impressionantes, inicia-se neste sábado (15) os Playoffs da NBA. Oito equipes da Conferência Leste e oito equipes da Conferência Oeste duelam em busca do cobiçado título da liga.
Do lado leste, o Boston Celtics surpreendeu o atual campeão, Cleveland Cavaliers, e terminou a temporada na primeira posição, com o recorde de 52-30, duas vitórias a mais que os Cavs, que ficaram em segundo. Brigando até a última rodada pelas vagas derradeiras, Chicago Bulls e Indiana Pacers venceram seus jogos e levaram a melhor sobre o Miami Heat, que acabou de fora. As duas equipe enfrentam Celtics e Cavaliers, respectivamente e tentam ser as surpresas.
O The Playoffs traz a análise dos primeiros quatro confrontos do Leste e projeta que deverá avançar para a fase de semifinais de conferência. Confira!
BOSTON CELTICS (#1) X CHICAGO BULLS (#8)
Não há muita coisa a falar sobre a temporada dos Celtics senão que ela foi sensacional. Em uma crescente desde a chegada do técnico Brad Stevens, em 2013, Boston deu um salto de qualidade na última temporada e na atual, conseguiu algo que pouco apostavam: o primeiro lugar do Leste. Sob a batuta do baixinho Isaiah Thomas, que teve 28,9 pontos de média na temporada (sua maior da carreira e a terceira maior da temporada), os verdes jogaram de maneira extremamente organizada, com um elenco de apoio capaz de ajudar e uma defesa agressiva, que supriu a falta de variedade ofensiva que a equipe mostrou algumas vezes.
Em Chicago as coisas foram exatamente o oposto. Sob o comando do criticado técnico Fred Hoiberg, o time chegou para a temporada reformulado: saídas de Derrick Rose e Joakim Noah e chegadas de Dwyane Wade e Rajon Rondo. A expectativa era de briga pelo topo, mas o que aconteceu foi um time desestruturado, que acabou alcançando a pós-temporada na bacia das almas. Irregular, a equipe alternou jogos excelentes e vitórias improváveis (como contra Warriors e quatro vezes contra os Cavaliers) com jogos terríveis e derrotas inacreditáveis (derrotas para Nets e Knicks na reta final, por exemplo). Soma-se a isso as discussões públicas entre Wade, Rondo e Jimmy Butler, que mostrava o clima de vestiário desagradável que a equipe viveu. Uma boa ficar de olho em Cristiano Felício, que pode entrar e contribuir.
Depois de sofrer com lesão, Wade voltou recentemente e vai precisar cortar um dobrado junto a Butler e Rondo para fazer com que os Bulls tenham boas chances. Mal no começo da temporada, Nikola Mirotic mostrou-se um bom pontuador na parte final da temporada e também será essencial. Com sua defesa de perímetro agressiva, principalmente em Jae Crowder e Avery Bradley, Boston tem armas para segurar os principais jogadores do rival e deixar Thomas mais confortável para pontuar. No garrafão, Al Horford leva vantagem sobre os pivôs dos Bulls e poderá ser um desafogo na pontuação. Na temporada, empate em 2-2 na série, equilíbrio que só ocorrerá caso as estrelas de Chicago tenham bons jogos constantes.
Palpite: Boston Celtics 4 x 1 Chicago Bulls
(Foto: Divulgação Instagram/ Boston Celtics)
CLEVELAND CAVALIERS (#2) X INDIANA PACERS (#7)
Atuais campeões, os Cavaliers não viveram um mar de rosas na segunda metade da temporada. Iniciando com folga na liderança da conferência, a equipe perdeu o prumo após o All-Star Break e emplacou a campanha negativa de 12-15 desde então, terminando atrás dos Celtics na classificação. Interessante notar que o Big-3 não esteve mal neste meio tempo. LeBron James, Kevin Love e Kyrie Irving foram os líderes de pontuação da equipe mas não conseguiram correr por todos e acabaram por escancarar a falta de profundidade de elenco do time, que, nome por nome, não faz feio. O técnico Tyronn Lue chegou a falar que a equipe estaria escondendo o jogo nesta reta final…Será?
Do lado dos Pacers: Paul George. O ala, a grande e única estrela da equipe, fechou a temporada regular com as médias de 23,7 pontos (15ª da liga) e 6,6 rebotes por jogo, suas maiores da carreira, e conseguiu levar a equipe para a pós-temporada. Atrás do ala, quem segura as pontas é Myles Turner, pivô de apenas 21 anos, que teve temporada respeitável, com 14,5 pontos, 7,3 rebotes e 2,1 tocos de média, mas ainda é um garoto. Jeff Teague e Thaddeus Young tentam tomar as rédeas, mas no fim, as jogadas importantes são capitalizadas mesmo por George.
Para o confronto, um atrativo chegou nas últimas semanas: Lance Stephenson. Depois de ter o melhor momento de sua carreira em Indiana, o ala passou por diversas franquias sem se firmar e acabou voltando para casa. Nos playoffs de 2014, com LeBron ainda no Heat e Stephenson nos Pacers, o ala de Indiana protagonizou uma das cenas mais hilárias dos últimos tempos ao assoprar no ouvido do astro do Cleveland. Na atual série, não há muito lugar para Indiana correr. George cercado por bons jogadores nas últimas temporadas não conseguiu eliminar LeBron, agora, com os atuais times, será muito mais difícil. A temporada regular já mostrou isso: 3-1 para a equipe de Ohio.
Palpite: Cleveland Cavaliers 4 x 1 Indiana Pacers
(Foto: Divulgação Twitter / Cleveland Cavaliers)
TORONTO RAPTORS (#3) X MILWAUKEE BUCKS (#6)
O melhor Toronto que já se viu! É assim que muita gente tem encarado os Raptors da atual temporada. Depois da melhor campanha de sua história na temporada 2015/2016 e a perda nas finais de conferência, os Raptors mexeram pouco no elenco e vieram fortes para a atual temporada. No fim dela, as aquisições de Serge Ibaka e P.J. Tucker deram o toque final ao elenco comandado por DeMar DeRozan e Kyle Lowry. O time tem em seus dois armadores as principais armas ofensivas e a chegada do dois reforços tardios adicionaram um reforço defensivo e uma força à rotação, que era pouco efetiva. Dwane Casey tem em suas mãos um bom elenco, mas tem junto a responsabilidade de tentar vencer a conferência, algo que bateu na trave da última vez.
Já a molecada dos Bucks vem para fazer barulho sim. Depois de uma temporada promissora em 2015/2016 mas que não foi coroada com a classificação aos playoffs, o jovem time comandado por Jason Kidd chegou bem à pós-temporada e talvez será o não favorito a dar mais trabalho ao rival de melhor campanha. Com Giannis Antetokounmpo armador e dominante em todos os aspectos da franquia na temporada, os Bucks ainda contam com o poder de fogo de Khris Middleton para surpreender. Querendo ou não, o elenco dos Bucks conta com jogadores experientes e jovens de apoio para vencer sua primeira série de playoffs desde 2001. Estão lá Matthew Delavedova (campeão com os Cavs em 2016), Thon Maker, Jason Terry, Spencer Hawes, Michael Beasley e Greg Monroe para auxiliar o Greek Freak.
Esta deverá ser a série mais equilibrada entre as quatro, mas não se pode afirmar que de fato será equilibrada, até mesmo porque nas últimas quatro temporadas, Toronto tem a vantagem de 13-2, incluindo os 3-1 da atual temporada. O poder de garrafão dos Raptors com Jonas Valanciunas e Ibaka deverá fazer a diferença em favor dos canadenses, já que os grandes homens de Milwaukee são jovens e/ou inexperientes em pós-temporada. No perímetro, a situação é mais equilibrada em termos de produção de pontos, mas o entrosamento entre Lowry e DeRozan deve pesar a balança para o lado de Toronto. Colocando em cima da mesa também a sina de playoffs dos Raptors, é possível que os Bucks roubem mais de um jogo. Além do jogo em si, legal acompanhar a possibilidade de dois dos três brasileiros do Leste nos playoffs, Bruno Caboclo e Lucas Nogueira, jogarem.
Palpite: Toronto Raptors 4 x 2 Milwaukee Bucks
(Foto: Reprodução Facebook / Toronto Raptors)
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WASHINGTON WIZARDS (#4) X ATLANTA HAWKS (#5)
Depois de terem trocado de técnico (de Randy Wittman para Scott Brooks), os Wizards começaram a temporada mal e a culpa já estava começando a recair sobre as costas de Brooks. De uma hora para a outra a maré virou e a escalada da equipe na tabela foi notável, brigando até o fim pela terceira posição do Leste. No final, Brooks deverá ser cotado como candidato ao prêmio de Coach Of The Year. John Wall e Bradley Beal são as figuras que comandam o time, um dos melhores backcourts da liga, sem sombra de dúvida. No garrafão, Marcin Gortat segue dando conta do recado e Otto Porter Jr. tornou-se um titular com vaga garantida no time, com boa contribuição em pontos e na tábua.
Com a segunda maior série de aparições consecutivas nos playoffs de toda a NBA (10), atrás apenas das 20 do San Antonio Spurs, os Hawks tiveram um bom início de temporada, mas caíram muito na reta final, principalmente quando da ausência do ala-pivô Paul Millsap, lesionado em algumas oportunidades. Líder da equipe, Millsap voltou a mil e comanda um time que ainda tem Dwight Howard no garrafão e pode, por aí, causar algum impacto contra o rival. A dupla de armação formada por Dennis Schroder e, muitas vezes, por Tim Hardaway Jr. também consegue pontuar e contribuir. O técnico Mike Budenholzer fez uma porção de experimentos ao longo da temporada e parece ter chegado a um bom quinteto, mas a rotação é bastante prejudicada devido à falta de talento no banco. Caberá ao bom técnico achar meios para anular Wall e Beal e, assim, ter possibilidade de avançar.
O mando de quadra será essencial nesta série e o bom time dos Wizards não deverá fazer feio nos primeiros dois jogos, colocando os Hawks na parede logo de cara. As fases atuais dos times deverão pesar. Enquanto a equipe da capital continua em crescente, a turma da Geórgia teve um fim de temporada não muito empolgante e mostra talvez o cansaço acumulado. O garrafão dos Hawks pode levar certa vantagem, mas o backcourt dos Wizards é bastante superior e deve aí vencer a série. Na temporada, vitória dos Wizards por 3-1 incluindo no começo da temporada, quando a equipe não estava no nível em que se encontra.
Palpite: Washington Wizards 4 x 2 Atlanta Hawks
(Foto: Reprodução Facebook / Washington Wizards)
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