Os 5 times que melhor trabalharam no começo da free agency da NBA em 2017
Confira o trabalho de cinco franquias que deixaram os torcedores satisfeitos após duas semanas de mercado aberto
Quinze dias se passaram desde a abertura do mercado da NBA em 2017 e a maioria das principais negociações já foi feita. Com isso, é hora de analisarmos quem trabalhou melhor até o momento, seja trazendo os melhores free agents, seja segurando seus bons valores, seja com boas trocas. Bons trabalhos no Draft também foram lembrados.
Confira a lista do The Playoffs dos cinco melhores trabalhos da free agency da NBA:
GOLDEN STATE WARRIORS
Quem chegou: Jordan Bell (Draft), Omri Casspi, Nick Young
Quem saiu: James McAdoo, Ian Clark, JaVale McGee
Quem renovou: Stephen Curry, Kevin Durant, Andre Iguodala, Shaun Livingston, David West e Zaza Pachulia
O Golden State Warriors é o atual campeão, melhor time, odiado número 1 da NBA e dono das marcas mais impressionantes da história. A franquia de Oakland decidiu abrir o cofre e manter todo o time pagando dívidas maiores que os valores da Lava Jato. Stephen Curry ganhou um contrato na casa de US$ 200 milhões por cinco temporadas, Iguodala acertou US$ 48 milhões por 3 temporadas e Shaun Livingston ganhará US$ 24 milhões em três anos, todos esses movimentos foram feitos sob a chancela das famosas “Bird Exceptions”.
O segundo desafio do ótimo GM Bob Myers foi renovar com Kevin Durant. Felizmente, para a alegria do gerente e ira de outras franquias, ele aceitou ganhar menos que um contrato máximo. Em termos reais, ele poderia renovar por um contrato máximo dada às exceções dos outros jogadores, mas ele foi aquele funcionário legal que negocia com o patrão seguindo a nova CLT e diminuiu o valor das multas pagas pelo time. KD vai ganhar US$ 9 milhões a menos que na temporada passada e US$ 13 mi menos que Curry.
E como tudo que é bom pode melhorar em conto de fadas, os Warriors ainda foram atrás de Nick Young, que vinha de ótima temporada com os Lakers, time que joga parecido com de Steve Kerr já que é dirigido por Luke Walton (um dos arquitetos dos Warriors). Além disso, ainda contam com o reforço do ala israelense Omri Casspi que pode ser um novo JaVale McGee, e Zaza Pachulia, que tem seus talentos maximizados pelo sistema dos Warriors. Como se o time já não fosse competente e sortudo o suficiente eles ainda foram atrás do intrigante Jordan Bell, que surpreendentemente caiu para a segunda rodada do Draft. O jogador já demonstra potencial na summer league ao atingir um five-by-five (pelos 5 pontos, assistências, rebotes, roubos e tocos), podendo ser um ótimo backup para Draymond Green.
Resumindo, o Golden State Warriors tinha uma missão clara em sua free agency: renovar com todo o time campeão. A tarefa foi concluída com louvor e ainda com fortalecimento do já bom banco de reservas da equipe. Ainda é cedo, mas já é o suficiente para dizer que os Dubs são favoritos para mais um título da franquia.
(Foto: Ezra Shaw/Getty Images)
HOUSTON ROCKETS
Quem chegou: Chris Paul, Ryan Kelly, Jarrod Uthoff (Draft), Zhou Qi (Draft), P.J Tucker.
Quem saiu: Lou Williams, Sam Dekker, Montrezl Harrell, Kyle Wiltjer, Patrick Beverley
Quem renovou: Nenê Hilário, James Harden
O Houston Rockets surpreendeu a todos ao conseguir acertar a contratação de Chris Paul. O jogador que estava no Los Angeles Clippers pediu para ser trocado com a franquia texana em um acordo que claramente favoreceu o time de James Harden.
Paul é um dos melhores armadores da liga desde que pisou na quadra pela primeira vez. Se a franquia de Houston ficou triste em perder Patrick Beverley que é reconhecidamente um grande defensor, CP-3 não fica para trás. Além do mais, o jogador consegue dar uma versatilidade ainda maior ataque dos Rockets, pois é capaz de criar e converter seus próprios arremessos e desafogar James Harden na criação das jogadas.
A franquia ainda garantiu a renovação de Harden em um contrato que passa dos US$ 200 milhões por 5 temporadas. O brasileiro Nenê Hilário também conseguiu um bom último contrato da carreira (provavelmente) de 3 temporadas por US$ 11 milhões.
O último objetivo do time dirigido por Mike D’Antoni é trazer o amiguinho de Chris Paul, Carmelo Anthony. Melo vive uma relação tensa com o New York Knicks e tem seu nome ligado aos Rockets, resta saber qual o preço que a franquia pagará para adquiri-lo – quem sabe abrir mão de Trevor Ariza o principal defensor do perímetro texano. A chegada de P.J. Tucker também pode ser comemorada.
No final das contas a franquia conseguiu seu grande objetivo, de subir um degrau e pode competir em pé de igualdade com o seu rival local de San Antonio. Entretanto, apesar da clara melhora ao menos no papel, os Rockets terão que provar que esse esquema com dois ótimos playermakers funcionará e se conseguirão ao menos assustar o Golden State Warriors no Oeste.
Foto: Instagram Oficial Rockets
OKLAHOMA CITY THUNDER
Quem chegou: Paul George, Raymond Felton, Patrick Patterson
Quem saiu: Victor Oladipo, Domantas Sabonis, Nick Colisson, Taj Gibson
Quem renovou: Andre Roberson
Enquanto todos ligavam o nome de Paul George a Los Angeles Lakers, Cleveland Cavaliers e Houston Rockets, o Oklahoma City Thunder foi mais esperto que todos e conseguiu convencer o Indiana Pacers a ceder um dos melhores jogadores da NBA.
O Thunder estava refém de um esquema baseado unicamente em um homem, e QUE HOMEM: Russell Westbrook. O camisa zero sagrou-se MVP com a lendária média de triple-double na temporada regular, porém, o time foi massacrado nos playoffs. Para resolver esse problema, George pode ser a solução e recolocar o Thunder de volta no topo do Oeste. O preço pago foi praticamente o mesmo que há um ano atrás o time de Oklahoma recebeu do Orlando Magic para trocar Serge Ibaka: foram embora Victor Oladipo e Domantas Sabonis.
A aquisição de PG-13 devolve uma segunda estrela à franquia, posição vaga desde a saída de Durant, dando espaço para Westbrook não ter que jogar em um nível sobre humano para manter o time competitivo. Porém, foi um movimento arriscado, já que George tem apenas mais um ano de contrato e é ligado aos Lakers na próxima offseason. Além disso, Russell West também se tornará free agente, podendo dificultar a vida da franquia.
Em resumo, o time dirigido por Billy Donovan conseguiu melhorar de forma exponencial com apenas um movimento certeiro. A franquia ainda conseguiu renovar relativamente barato com o excepcional defensor Andre Roberson. O Thunder decidiu apostar “all-in” nesta temporada, os resultados poderão ser ótimos ou catastróficos, mas só poderão ser avaliados ao final do próximo ano.
(Foto: Reprodução Twitter/Oklahoma City Thunder)
BOSTON CELTICS
Quem chegou: Gordon Hayward, Jayson Tatum (Draft), Ante Zizic, Marcus Morris, Demetrius Jackson, Aron Baynes
Quem saiu: Avery Bradley, Kelly Olynyk, Amir Johnson, Jonas Jerebko
O Boston Celtics conseguiu sua cereja no bolo, seu pote de ouro no final do arco-íris e ele tem nome e sobrenome: Gordon Hayward. O ala, ex-Jazz, era tido como o principal free agent disponível do mercado (isso porque Durant e Curry nem quiseram ouvir outras propostas) e foi cortejado por Utah Jazz (seu ex-time), Miami Heat e claro, o Boston Celtics.
Usando o trunfo do ex-treinador de Hayward em Butler, o excelente Brad Stevens, junto com Danny Ainge, os Celtics venceram a disputa. O jogador traz todas as características que a equipe precisava, um arremessador confiável, um ótimo playermaker para desafogar Isaiah Thomas e um jogador para ser a estrela da franquia. Parece que, finalmente, os celtas terão condição de levar os Cavaliers ao seu limite depois do passeio da última temporada.
Uma decisão de Ainge merece ser citada e com louvor. O executivo abriu mão da primeira posição do Draft de 2017 na escolha, que virou Markelle Fultz para conseguir a terceira escolha, que se tornou Jayson Tatum e mais uma escolha futura de loteria. Tatum vêm se destacando na Summer League, o ala apresenta um arsenal ofensivo notável para alguém tão jovem e já pode causar impacto positivo no banco de reservas adicionando pontuação à segunda unidade.
Como nem tudo são flores, os Celtics tiveram de abrir mão de Avery Bradley. Bradley era um dos jogadores mais queridos da franquia, ele viveu o momento de reconstrução da equipe com a saída dos principais nomes como Kevin Garnett, Paul Pierce, Ray Allen e Rajon Rondo. O jogador se tornou um excelente defensor, tido por muitos como o melhor defensor de perímetro da NBA, além de ser uma opção confiável no ataque. Porém, negócios são negócios, para assinar o gigantesco contrato de Gordon Hayward viável, a franquia teve de trocá-lo com o Detroit Pistons por Marcus Morris. O gêmeo de Markieff (Wizards) não é um jogador do nível de Bradley, porém, é um defensor respeitável e joga em uma posição carente com a saída de Amir Johnson e Kelly Olynyk.
Em resumo, o Boston Celtics trabalhou muito bem nesta offseason, adquirindo uma estrela de alto nível ao time sem abrir mão de grandes peças ou ativos futuros. O dever de casa foi feito, tornando a franquia uma das mais esperadas para se assistir na próxima temporada.
(Foto: Rob Carr/Getty Images)
MINNESOTA TIMBERWOLVES
Quem chegou: Jimmy Butler, Jamal Crawford, Taj Gibson, Jeff Teague, Justin Patton (Draft)
Quem saiu: Jordan Hill, Ricky Rubio, Zach LaVine, Kris Dunn
O Minnesota Timberwolves parece que deixou a sina de “time do futuro” para trás e decidiu investir pesado nesta offseason. A franquia de Tom Thibodeau decidiu ir atrás de umas das peças mais desejadas da offseason, o ala-armador Jimmy Butler, do Chicago Bulls. Para viabilizar a troca, o time teve que abrir mão de Zach LaVine, Kris Dunn e a sétima escolha do recrutamento de 2017, recebendo Butler e a escolha 16 do Draft, que se tornou Justin Patton. Uma negociação muito bem conduzida.
Além disso, a franquia despachou a preço de bala 7 belo a eterna promessa Ricky Rubio, para o Utah Jazz. Para o lugar de Rubio veio o sólido Jeff Teague. Ainda para reforçar o banco de reservas vieram os veteranos Jamal Crawford e Taj Gibson, queridinho de Tibs.
Finalmente os Wolves tomaram uma atitude e conseguiram unir o talento dos seus jovens e promissores Andrew Wiggins e Karl-Anthony Towns com a experiência de jogadores acostumados a disputarem os playoffs. Butler será o franchise player, tem um contrato longo e conhece perfeitamente a defesa elaborada por Thibodeau. Crawford e Gibson trarão estabilidade para o inconsistente banco de reservas.
Pode se dizer que os Timberwolves foram um dos maiores vencedores de toda a offseason, conseguindo finalmente adicionar um franchise player e cercá-lo com um time talentoso, tudo isso a um custo bem reduzido. O time, que não disputa os playoffs desde a época em que Kevin Garnett era a estrela (na temporada 03/04), está entre os cotados para já conseguir a classificação na próxima pós-temporada. Butler ainda tem 28 anos e um contrato longo, dando tempo para Towns e Wiggins atingirem seu auge e mostrarem que realmente são estrelas de primeira linha da NBA.
(Foto: Reprodução Twitter/Minnesota Timberwolves)