Mock Draft NBA 2020 do The Playoffs: versão #1
Primeira versão do mock do The Playoffs traz as possíveis escolhas da primeira rodada do Draft da NBA 2020
A temporada 19-20 da NBA ainda é uma incógnita. O coronavírus bagunçou o calendário da liga e ainda não se sabe que fim teremos. Nem mesmo o Draft está com alguma coisa definida, em compasso de espera pelo que a pandemia tem provocado. Porém, a NFL mostrou um caminho. Como uma seleção totalmente virtual, caso as coisas não mudem, a NBA tem um percurso a seguir.
A classe de 2020 não é muito bem vista pela maioria dos analistas. Muito disso pelo movimento que explodiu este ano com algumas promessas optando por se tornarem profissionais em outros países a ficar no College sem receber dinheiro pelos seus talentos. São os clássicos casos de R.J. Hampton e LaMelo Ball que encontraram na Austrália, um refúgio.
O March Madness também foi cancelado e os atletas vindos da NCAA não puderam mostrar seus talentos num palco decisivo e de extrema pressão. Isso pode trazer um julgamento premeditado para alguns atletas, já que as comissões não tiveram ainda uma amostra de perto do que eles podem fazer. Muitos dos nomes da atual classe vão precisar de bastante tempo para lapidar suas habilidades.
Se na última temporada a escolha de Zion Williamson era uma certeza na posição número 1, o cenário em 2020 é um pouco mais complicado. Wiseman? Edwards? Ball? Incertezas pairam no ar e ainda é preciso saber o resultado da loteria para entender as necessidades que poderão ser preenchidas por cada time.
Mas nem por isso vamos adiar também nosso primeiro NBA Mock Draft de 2020! As posições aqui definidas foram a partir das atuais campanhas de cada equipe, antes da pausa da NBA e independente de eventual loteria.
Em todos os anos este exercício de futurologia é difícil. No mundo atual, torna-se ainda mais complicado. Lembre-se, o mock draft nada mais é do que uma aposta. Não vai ficar bravo com o editor aqui se a escolha não for do seu agrado… Vamos às apostas para a primeira rodada do Draft da NBA!
Foto: Reprodução Twitter/ Georgia Basketball
MOCK DRAFT NBA 2020: THE PLAYOFFS – versão #1
#1 – Golden State Warriors: Anthony Edwards (SG – Georgia)
Edwards ainda tem muito o que evoluir. Precisa refinar seu arremesso e ter mais tranquilidade nos momentos decisivos. Porém, o trato com a bola, a facilidade para criar os próprios lances é algo que atrai o Golden State Warriors. Mesmo que seja mais um finalizador do que criador de jogadas, Edwards provou ter uma boa visão de quadra, podendo atrair olhos e abrir espaços para o bombardeio de bolas longas de Steve Kerr. Tem uma boa noção defensiva para alguém que passou apenas um ano no College. Há potencial para ser uma futura estrela.
#2 – Cleveland Cavaliers: James Wiseman (C – Memphis)
Os Cavaliers não sabem o que será do futuro de Andre Drummond. A incógnita faz com que se olhe com muito carinho para Wiseman. O pivô tinha tudo para ser a escolha 1, contudo, não foi possível observar muito do jogador durante a passagem na NCAA. Com o imbróglio sobre um possível auxílio financeiro, Wiseman atuou por apenas três vezes em Memphis. Só que essas aparições foram realmente promissoras. As médias ficaram em 19 pontos, 10 rebotes e 3 tocos por jogo. Num Draft em que a dúvida paira sobre a continuação da temporada, a aposta será alta, mesmo com a amostra pequena. Pode ser um dos grandes acertos da seleção caso o potencial se concretize.
#3 – Minnesota Timberwolves: LaMelo Ball (PG – Illawara Hawks, Austrália)
Mais uma vez o recado aqui é claro: não se engane pelo falatório de LaVar. LaMelo é o grande nome da família Ball. Com passes inesperados e lances plásticos, o jogador é conhecido pela enorme visão de jogo. Lida muito bem com a bola nas mãos e abre espaços importantes. Não estranhe, inclusive, se o jogador vier a aparecer na escolha número 1. LaMelo Ball ainda tem pontos a evoluir, mas possui um teto gigantesco. Toda a confusão que foi sua carreira reflete na postura defensiva: rebelde demais, deixa buracos inesperados para um profissional. Ninguém está pronto nesta seleção, mas Ball talvez seja o que tenha o maior potencial para ser um craque na NBA.
#4 – Atlanta Hawks: Deni Avdija (SF – Israel)
Aquela promessa europeia que faz os olhos brilharem. Se Doncic abriu a nova aura do continente, Avdija é alguém que pode trilhar caminho parecido. Apesar da altura, apresenta habilidades de armador, o que lhe trouxe bastante vantagem na carreira. Ambidestro, finaliza jogadas com extrema qualidade. É capaz de criar boas situações para os companheiros. Um dos problemas é o aproveitamento nos lances livres, o que pode trazer desconfiança sobre o seu arremesso no nível da liga profissional americana.
#5 – Detroit Pistons: Isaac Okoro (SF – Auburn)
Okoro tem subido nos boards muito por sua capacidade defensiva. Este é seu grande trunfo para aparecer tão alto nas escolhas. Somado a isso, os Pistons realmente precisam de alguém na posição. O jovem precisa melhorar seus arremessos de longa distância para se tornar o clássico 3-D que a liga tanto ama. É conhecido por sua versatilidade, podendo atuar em diversas posições de quadra sem perder qualidade. Para a atual condição da NBA, soa como nome perfeito.
#6 – New York Knicks: Tyrese Haliburton (PG – Iowa State)
Os Knicks, que sofreram tanto com a posição nos últimos anos, investem numa nova aposta. Haliburton é um dos atletas mais criativos desta geração. Domina bem os fundamentos do jogo, mas ainda precisa ganhar um pouco de força para suportar o peso da NBA. É o típico armador que faz com que os companheiros a sua volta cresçam de produção. Apesar do deserto de talento em Nova York, é alguém que pode iniciar uma mudança no status da franquia.
#7 – Chicago Bulls: Obi Toppin (PF – Dayton)
Obi Toppin é um dos nomes que mais variam na seleção, ao lado de Okongwu. Alguns apontam uma aparição na posição 2 ou 3, enquanto outros mocks o derrubam para 10 ou 11. Explosivo, o protótipo de Dayton defende a cesta com muita garra, porém ainda tem muitos buracos no lado defensivo. É ágil e mostra capacidade incrível nas enterradas. Letal no pick and roll. Escolha interessante para os Bulls.
#8 – Charlotte Hornets: Onyeka Okongwu (PF – USC)
Capaz de receber bombas e amaciar com as mãos, Okongwu traz dúvida sobre onde irá aparecer. Alguns lugares o colocam até mesmo antes de Wiseman, mas os Hornets torcem para tê-lo aqui. Apesar do tamanho, tem um ótimo manejo e pode trabalhar passes rápidos. Ainda precisa refinar a mecânica de arremesso e aumentar a massa muscular para não ser atropelado no garrafão.
#9 – Washington Wizards: Cole Anthony (PG – North Carolina)
Um armador com algumas lesões. Soa familiar? Mas a aposta em Anthony pode ser válida. Wall retorna na próxima temporada, porém existe uma dúvida quanto à forma com a qual “João Parede” irá voltar. Se Bertans não renovar com a equipe, é provável que o time faça uma opção por Precious Achiuwa aqui (ver abaixo). Já o armador de North Carolina ainda precisa melhorar um pouco o aproveitamento nos arremessos, mas pode ser um alento sonhado para Beal, que sofre com a enorme ausência de talento no time.
#10 – Phoenix Suns: Killian Hayes (PG – França)
O armador francês é alguém para complementar o jogo de Booker. Se os Suns têm seu pontuador, precisam de alguém para acompanhá-lo no ritmo do jogo. Hayes tem bons números na Europa e pode sentar no banco para Rubio neste começo. A principal característica do prospecto é a visão de jogo, é um canhoto extremamente habilidoso. Se apresenta bem na linha de três pontos. Vai precisar melhor bastante o lado defensivo, fator sempre relevante na transição Europa-NBA.
#11 – San Antonio Spurs: RJ Hampton (PG – New Zealand Breakers, Nova Zelândia)
Hampton surgiu como um furacão. Muito cedo foi apontado como o grande nome da geração. Foi também um dos primeiros a apontar que o caminho até a NBA não passaria pelo College Basketball, tendo que ir atuar na liga australiana, apesar de jogar num time neozelandês. Precisa desenvolver seu arremesso para que seja na mesma velocidade com a qual encontra passes. É muito rápido nas transições de quadra. Deve focar no desenvolvimento nos primeiros anos de liga e pode encontrar nos Spurs a casa ideal para sua evolução.
#12 – Sacramento Kings: Precious Achiuwa (PF – Memphis)
Precisa de alguém que vá buscar os rebotes? Principalmente os defensivos? Foi assim que Achiuwa fez seu nome em Memphis. Nos 31 jogos pela equipe, conseguiu uma média de 10,8 rebotes. Sendo que deste total, 7,8 foram no lado da defesa. Mesmo assim, também fez um bom trabalho em recuperar a posse após um arremesso do próprio time. Tem um potencial enorme, mas precisa melhorar as leituras, principalmente quando a equipe é atacada.
#13 – New Orleans Pelicans: Devin Vassell (SG – Florida State)
Vassell cresceu demais com a temporada pelos Seminoles. Com bom aproveitamento da linha de três, se consolidou como uma aposta alta principalmente pela forma com a qual defende. Consegue marcar os adversários de perto, utilizando muito bem o corpo. Entrará tranquilamente na rotação da equipe assim que for escolhido.
#14 – Portland Trail Blazers: Aaron Nesmith (SF – Vanderbilt)
Nesmith é um cara necessário para várias equipes. Tem bom arremesso e abre espaços mesmo sem a bola. Só é preciso ficar atento a uma coisa: a saúde do atleta foi um problema em Vanderbilt, fazendo com que perdesse 14 jogos na temporada. Num Draft que pode acabar sendo muito próximo ao que foi o da NFL, com menos contato entre prospectos e times, Nesmith pode ser um fiel na balança no meio da seleção.
#15 – Orlando Magic: Tyrese Maxey (PG – Kentucky)
Maxey está aparecendo nesta posição hoje. Talvez mais próximo do Draft o armador de Kentucky possa até chegar no alcance do New York Knicks. O prospecto vem aparecendo cada vez mais cedo nos boards, principalmente pela capacidade de decidir jogos. É daqueles jogadores que vão querer a bola nos segundos finais para resolver. Precisa melhorar a criação do próprio arremesso, principalmente após o drible.
#16 – Minnesota Timberwolves (via Brooklyn Nets): Patrick Williams (PF – Florida State)
Williams é uma máquina. Uma verdadeira parede de força. Por isso, pode fazer screens como ninguém. Arremessa bem do perímetro e usa todo seu poder atlético para levar vantagem nas jogadas. Alguns analistas apontam o trabalho de pés como um grande problema do jogador.
#17 – Boston Celtics (via Memphis Grizzlies): Kira Lewis Jr. (PG – Alabama)
O veloz armador pode ser uma adição interessante ao elenco dos Celtics. Lewis cerca o perímetro para arremessar sempre que possível. Espere belos crossovers, uma especialidade do atleta. Some a isso belas infiltrações, mas com alguns problemas defensivos. Nome para o futuro.
#18 – Dallas Mavericks: Saddiq Bey (SF – Villanova)
Saddiq Bey é um nome que também pode subir bastante nesta seleção. Caso Dallas o encontre aqui, será um bom achado. É o clássico ala 3-D que a liga adora. Arremessa bem de fora e marca de forma incansável. Se melhorar o poder de reação, pode se tornar alguém ótimo para a rotação.
#19 – Milwaukee Bucks (via Indiana Pacers): Theo Maledon (PG – França)
A França entrega outro ótimo armador para a NBA. Maledon é um verdadeiro controlador de ritmo. Acelera quando preciso, mas também sabe travar o jogo e tranquilizar o time quando preciso. Apresenta bom arremesso, porém é mais um europeu que precisará aprender a defender no basquete americano. Do contrário, tende a ser atropelado.
#20 – Brooklyn Nets (via Philadelphia 76ers): Josh Green (SG – Arizona)
Os braços compridos de Green ajudam muito na hora do arremesso. Some a isso a capacidade que o jogador mostrou de atuar em mais de uma posição por Arizona e temos mais um caso de atleta que chega em ótimas condições na NBA. Só que a transição geralmente é mais complicada do que parece. Precisa melhorar o passe e tomar cuidado com a cirurgia no ombro a que foi submetido no ano passado.
#21 – Denver Nuggets (via Houston Rockets): Jahmi’us Ramsey (SG – Texas Tech)
Ramsey é mais um nome que tem crescido no board. Sua capacidade para criar situações no ataque parece ter encantado algumas equipes. É um clássico catch-and-shoot e pode ser um sexto homem descente muito em breve.
#22 – Philadelphia 76ers (via Oklahoma City Thunder): Tyrell Terry (PG – Stanford)
Terry também pode aparecer um pouco antes, mas seria um casamento muito bom para os 76ers. Tem velocidade e consegue encontrar os espaços necessários para atacar a cesta. Quando tem o caminho fechado, sempre procura encontrar o companheiro livre para não desperdiçar um ataque. Mais um atleta que precisa ganhar massa para não ser devorado na NBA.
#23 – Miami Heat: Nico Mannion (PG – Arizona)
Fique atento durante todo o ataque. Mannion é capaz de no último segundo encontrar um passe que desestabiliza a defesa. É, por uma boa margem, o melhor passador da classe. E quando precisa, consegue se virar bem com seu arremesso. Traz muita velocidade durante as transições. Precisa lapidar alguns fundamentos e pode ser uma boa aposta para o Heat.
#24 – Utah Jazz: Isaiah Stewart (C – Washington)
Isaiah Stewart é o famoso pivozão. Se quer alguém brigando embaixo da cesta, incomodando e coletando rebotes, Stewart é o nome. Foram 8,8 rebotes por jogo na passagem por Washington. Mostrou certo controle de bola, apesar do tamanho. O passe ainda é algo que precisa melhorar bastante, além de alguns especialistas apontarem a falta de velocidade lateral como um problema.
#25 – Oklahoma City Thunder (via Denver Nuggets): Jalen Smith (PF – Maryland)
É muito bom nos rebotes e também traz consigo a capacidade de chutar do perímetro. As médias no College ficaram em 15,5 pontos e 10,5 rebotes por jogo. Além disso, registrou 36,8% de aproveitamento da linha de três. Para crescer na NBA, vai precisar se tornar um pouco mais ágil.
#26 – Boston Celtics: Aleksej Pokusevski (C – Sérvia)
O caso aqui é clássico. Essa escolha é pensando no futuro. Vai precisar deixar madurar muito tempo na Grécia (joga no Olympiacos) para colher o fruto na frente. Altura de pivô e corpo de ala. O potencial é muito bom para Pokusevski, desde que se dê tempo ao tempo.
#27 – New York Knicks (via Los Angeles Clippers): Paul Reed (PF – DePaul)
Reed se mostrou um bom finalizador de jogadas durante a passagem por DePaul. Além disso, quando foi chamado a aparecer na defesa foi muito bem. As médias de 10,7 rebotes vieram no terceiro ano da faculdade, quando enfim conseguiu decolar. Parece ser uma aposta válida.
#28 – Toronto Raptors: Vernon Carey Jr. (C – Duke)
Carey pode ser o futuro substituto de Gasol. É algo que precisa já estar na mente da franquia e a oportunidade com o ex-Duke é muito boa. Apesar dos elogios, é necessário lapidar bastante o pivô dos dois lados da quadra.
#29 – Los Angeles Lakers: Tre Jones (PG – Duke)
Jones passou por uma boa transformação da temporada de estreia no College para a segunda. Irmão mais novo de Tyus, que joga por Memphis, o jogador pode dar um pouco de descanso para LeBron na armação das jogadas do time quando o veterano for para o banco de reservas.
#30 – Boston Celtics (via Milwaukee Bucks): Devon Dotson (PG – Kansas)
Apesar de necessitar melhorar o chute de três pontos, Dotson se notabilizou por ser alguém que consegue criar situações para companheiros. Uma das metas na mudança para a liga é refinar o passe. Sabe carregar bem a bola no ataque.