5 pré-candidatos a MVP da temporada 2016/2017 da NBA
Westbrook, Davis, Harden, LeBron e Durant parecem na frente pelo maior prêmio individual da temporada regular da NBA
A temporada regular 2016/2017 da NBA aproxima-se de seu primeiro terço de conclusão e vimos muitos jogadores com performances extraordinárias dentro de quadra, sendo de fato franchise players para suas franquias. Russell Westbrook, James Harden e Anthony Davis, por exemplo, têm a responsabilidade de liderarem suas equipes e assim estão fazendo nesta temporada.
Neste clima de basquete em seu mais alto nível, o The Playoffs lista cinco feras que têm tido grande impacto na liga e devem brigar pelo prêmio de MVP da temporada regular da NBA. Vale lembrar que a ordem de apresentação de cada jogador, com as análises dos números, estatísticas e seu impacto no jogo, é aleatória (ou quase isso).
Russell Westbrook – Oklahoma City Thunder
Na temporada 2014/2015, em que Kevin Durant atuou em apenas 27 partidas, Russell Westbrook já havia mandado o recado do que estaria por vir, anotando 11 triple-doubles. Na temporada posterior foram 18, já com a volta de KD, e nesta, em 26 partidas disputadas, o armador já está com 12 (o resto dos jogadores têm 15). West está com um triple-double de MÉDIA na temporada, com 30,5 pontos (1º geral, empatado com Anthony Davis ), 10,6 assistências (2º geral) e 10,5 rebotes (11º geral, o armador é o único não ala ou pivô no top-15) e por isso não é preciso dizer muito sobre o maior favorito ao MVP até aqui, mas iremos falar.
Com a saída de Durant do time, Billy Donovan não viu outra saída a não ser dar a bola e o controle do jogo de vez para Russ. O armador, fisicamente mais preparado do que qualquer outro de sua posição (salvo talvez Antetokounmpo), engole os adversários e faz o que bem entende. Se a marcação dobra ou até mesmo triplica, West se vê a vontade para servir os companheiros que confia, como Victor Oladipo, Steven Adams e até mesmo Andre Roberson, caso contrário passa pela marcação e define sozinho com suas infiltrações poderosas, fazendo a cesta ou cavando faltas.
Estatística interessante para endossar o quão Westbrook tem dominado o jogo é a PIE (Player Impact Estimate), que leva em conta os números do jogador em relação aos números totais do jogo em questão. West é o líder no quesito na atual temporada com 21,8% (entre jogadores com mais de 30 minutos de ação), dois pontos percentuais acima do segundo, uma distância relevante. O que poderia ser visto como um ponto negativo, os desperdícios de bola do jogador pode ser visto apenas como uma consequência de seu volume de jogo. Com a bola na mão quase que o tempo inteiro em que está em quadra era de se esperar que o armador tivesse também muitos erros, e eles estão ali. West tem 5,6 desperdícios por jogo, elevada média que o coloca na primeira posição do quesito, junto a James Harden.
(Foto: Reprodução NBA / Instagram)
Anthony Davis – New Orleans Pelicans
Se Westbrook tem levado o Thunder em direção aos playoffs, o mesmo não se pode dizer de Anthony Davis, que tem penado com o limitado elenco dos Pelicans. Após um começo horrível, o time vem se recuperando, mas nada que possa ter esperança sobre uma ida à pós-temporada, o que irá barrar as chances do ala-pivô em receber o prêmio de MVP. Apesar de tudo, o Monocelha registra as ótimas médias de 30,5 pontos (1º, empatado com Westbrook), 11,2 rebotes (7º geral) e 2,8 tocos (1º geral da NBA, empatado com Rudy Gobert), ainda com 19,8% de PIE, atrás apenas de Westbrook, o que prova o quanto o jogador tem responsabilidade sobre o time.
Dono da franquia praticamente desde que pisou em New Orleans, Davis sempre teve carta branca para comandar as ações ofensivas do time e, com sua mobilidade e refinada técnica, nunca teve muita dificuldade para capitalizá-las. Do outro lado da quadra, o ala-pivô também é efetivo, distribuindo tocos e guardando bem o garrafão defensivo.
As chances de Davis atingir o maior prêmio individual da temporada, apesar de dificultadas pela campana do time, devem ser enaltecidas, mas não apenas pelas suas ótimas médias, também pelo jogo que não aparece em números. Davis é capaz de marcar até três posições em quadra, o que faz com que, em trocas, o ala-pivô consiga atrapalhar o time adversário, raramente ficando perdido. Além disso, com sua envergadura e agilidade, incomum para alguém de seu tamanho, consegue também cortar as linhas de passe com eficiência e roubar bolas. Não a toa tem 1,6 roubadas por jogo, o que o coloca entre os 22 primeiros da NBA.
(Foto: Reprodução Twitter / New Orleans Pelicans)
James Harden – Houston Rockets
Promovido a armador com a chegada de Mike D’Antoni, James Harden nunca esteve tão à vontade em sua carreira como agora. Tal qual Westbrook, Harden tem a bola nas mãos para decidir praticamente tudo no ataque. Se a marcação dobra, o barba tem total confiança para distribuir passes para Ryan Anderson e Eric Gordon, se há o corte, e Harden é muito habilidoso para isso, ele vai para a cesta ou para a falta, algo recorrente em seus drives. Não é por menos que o armador tem médias de 27,6 pontos (5ºgeral da NBA), 11,7 assistências (1º geral) e 7,8 rebotes.
Bem como os supracitados, Harden também tem a característica de “carregar o time nas costas”, concentrando as ações e acumulando o PIE de 19%, deixando-o em 5º entre jogadores com mais de 30 minutos de média de atuação. O alto volume de jogo faz com que o barba tenha muitos touches e lide com marcações acirradas. Não é por menos que ele empata com Westbrook com o maior número de desperdícios de bola na temporada, acumulando a média de 5,6 turnovers por confronto.
O barba consegue liderar Houston à briga na parte de cima do Oeste, por mando de quadra na pós-temporada, mas ainda sofre com o mesmo problema de toda a sua carreira, a preguiça na defesa. Sua reconhecida passividade na marcação de perímetro, deixando muitos espaços para os adversários, deverá ser um ponto a ser pesado contra o armador.
(Foto: Ronald Martinez / Getty Images)
LeBron James – Cleveland Cavaliers
Tentando atuar cada vez mais como coadjuvante, LeBron James ainda mantém seu protagonismo nos Cavaliers. O ala tem as excelentes médias de 25 pontos (11º geral da NBA), acertando 51,8% de seus arremessos de quadra, 7,6 rebotes e o mais incrível, 9 assistências (5º geral). James aproveita-se de seu alto QI para o jogo e da total confiança que tem nos companheiros, como em Kyrie Irving e Kevin Love, para atrair a marcação e distribuir passes para deixá-los nas melhores condições para anotar a cesta.
Deixando Irving solto e com total liberdade para atacar a cesta (o armador liderou os Cavs em pontos por partida durante um bom tempo nesta temporada), James atua na posição 1 inúmeras vezes, começando muitas jogadas e criando espaços para os companheiros nos desequilíbrios defensivos que causa. Prestes a fazer 32 anos (faz em 30 dezembro), o ala carrega a responsabilidade do time e seu alto volume de jogo pode ser medido pelo seu impacto calculado pelo PIE, que é 18,4%, o sexto maior entre o jogadores que jogam mais do que 30 minutos.
Muito tempo com a posse da bola, LeBron carrega um fardo que o acompanha desde o início de sua carreira: a elevada média de desperdícios. São 4,1 por jogo, o que coloca o astro como o quarto pior no quesito na temporada. LeBron compensa os erros ofensivos com sua presença defensiva, já que consegue guardar quase todas as posições em quadra com eficiência, dando tocos, roubando bolas e fechando as linhas de passe, atos que levam a contra-ataques rápidos, arma letal dos Cavs.
(Foto: Mitchell Leff / Getty Images)
Kevin Durant – Golden State Warriors
Chegando em um time pronto, saído de duas finais consecutivas e com um trio eficiente de jogadores já consolidado (Stephen Curry, Klay Thompson e Draymond Green), Kevin Durant poderia imaginar que iria ter menos volume de jogo e arremessar menos bolas. Não foi isso, KD tem a mesma regularidade dos tempos de OKC, arremessa um pouco menos, mas acerta mais, o que o deixa com quantidade de pontos semelhante à última temporada.
Na atual temporada, o ala tem as médias de 25,9 pontos (8º geral, à frente de Curry), com 53,5% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 8,2 rebotes e 4,6 assistências. Com o estilo de jogo de rápida troca de passes e sempre à procura do último passe para o companheiro melhor colocado, Durant tem se aproveitado para conectar mais da metade de seus arremessos, sem precisar criá-lo tanto quanto na época de OKC. Além dos passes, outro fator que eleva o aproveitamento nos Warriors é o contra-ataque, sempre muito rápido e eficaz, que nunca deixa de anotar os pontos fáceis.
A fórmula que resulta em seu impacto no jogo e nos dá o PIE revela 19,2% para KD, o quarto maior entre jogadores com mais de 30 minutos por jogo, mostrando o quanto o ala ainda se sobressai em meio a muitos jogadores com quem divide a posse da bola.Defensivamente, Durant não deixa nada a desejar e se utiliza muito bem de seu tamanho para dificultar a vida dos alas adversários, conseguindo ainda 1,3 roubada e 1,6 toco (entre os 17 primeiros da NBA) por partida.
(Foto: Reprodução Facebook / Golden State Warriors)