WORLD SERIES: 4 motivos para torcer pelos Royals; 4 motivos para torcer pelos Mets
The Playoffs mostra que há razões para torcer para cada um dos finalistas da Série Mundial; confira!
Fala galera, tudo tranquilo? Cá estamos novamente, mas agora em um momento 100% clubista. Ou melhor, 50 a 50.
Você já tem pra quem torcer na World Series? Seu time não classificou e você tá desolado, sem saber se fica feliz ou não com as equipes que estão na final? Pois bem, é exatamente pra isso que trouxemos aqui o Lucas Bigorna e o Ricardo Pilat, pra tirar essa dúvida da sua cabeça. Eles vão te mostrar quatro (4) motivos para torcer para cada um dos times da decisão. Kansas City Royals e New York Mets, neste caso.
Mas, para isso, vou fugir um pouco só da estatística e misturar um pouco de opinião, informação e curiosidade. Vamos nessa?
4 RAZÕES PARA TORCER PARA OS ROYALS
Por Ricardo Pilat
1. Melhor outfield da liga: Com Alex Gordon, Lorenzo Cain e Alex Rios, não é difícil achar que os Royals tem os melhores jogadores de campo externo da MLB. Todos bastante versáteis, rápidos, vigor físico invejável. Um trio que funcionou muito bem. Escolhi aleatoriamente uma defesa do Gordon durante a temporada regular, para mostrar que o cara é bom mesmo! E os Mets terão trabalho para passar por ele.
2. Experiência de WS: O time de Kansas City esteve na última decisão da MLB, em 2014, mas acabou derrotado pelo San Francisco Giants. Somente na 7ª partida, diga-se. O time manteve a base, reforçou com ótimos nomes com Rios, Ben Zobrist, por exemplo, e agora tem na bagagem a experiência de ter visto o título bem de perto. Isso certamente é uma vantagem.
3. Grande bullpen: Os Royals têm dois dos melhores homens de relevo de toda a MLB: Kelvin Herrera é o homem de set up, que costuma entrar nos jogos entre a 7ª e a 8ª entrada, quando o time já tem uma vantagem. Wade Davis, que em 2014 era o cara da 8ª entrada, agora se tornou o closer, na ausência do lesionado Greg Holland, e vem dando conta do recado. Os Mets também tem uns caras legais, mas difícil alguém mais confiável que os dois citados.
4. Paulo Orlando: Ter no time um MITO, MONSTRO, GÊNIO faz toda a diferença. Ufanismo a parte, o brasileiro será o primeiro a representar o país numa decisão da MLB e está bem motivado. Seu papel no time vem sendo focado em ser pinch-runner em situações importantes em base e em garantir a segurança na defesa do campo externo. E até aqui, não decepcionou. E se precisar, o cara também é bom no bastão. Se você duvida, relembre o walk-off grand slam dele durante a temporada.
4 RAZÕES PARA TORCER PARA OS METS
Por Lucas Bigorna
1. O time não ganha a WS desde 1986: Tá, não faz tanto tempo assim (inclusive os Royals venceram a última um ano antes), mas eu nem era nascido, cara. A final da WS de 86 foi contra o Boston Red Sox e a série foi até o jogo 7, com os Mets saindo campeões. Mas uma coisa muito estranha aconteceu no jogo seis. A partida estava empatada na décima entrada, quando uma bola foi rebatida em direção à primeira base, onde estava Bill Buckner. Uma eliminação teoricamente fácil, com dois eliminados na entrada e um jogador na segunda base. Mas… MAS, a Maldição do Bambino falou mais alto, e a bolinha passou no meio das pernas de Buckner, impulsionando Ray Knight para o home plate, e vencendo a partida e, posteriormente, a série. Em 2011, essa partida foi eleita a terceira melhor dos últimos 50 anos pelo MLB Network.
2. Grandes arremessadores (e gente fina): Os arremessadores são gente fina e pessoas que você queria ter como amigo. Vou citar apenas dois exemplos: Bartolo Colon e Jacob deGrom. O Colon é simplesmente sensacional. É um dos arremessadores mais dominantes da liga, mas é uma lástima no bastão. Os motivos: o cara é tão gente fina que o pessoal do MLB.com fez uma contagem mês a mês para mostrar as notas de cada rebatida do arremessador, onde ele buscava a temporada com mais que o ano anterior: três. Isso mesmo. Mas o ano dele foi tão bom que ele acabou com oito rebatidas (maior marca da carreira) e quatro corridas impulsionadas. O segundo motivo é: ele tem uma “escolinha” de rebatedores na República Dominicana, com uma estátua dele. E, todos os alunos tem que usar o uniforme da escola, que tem a marca dele (BC40) em evidência. Já sei onde passar as próximas férias.
Agora, deGrom é um cara que eu queria ter conhecido no colégio. Em uma entrevista coletiva, deGrom deu um baita susto no companheiro de equipe Daniel Murphy. deGrom chega à sala de imprensa no meio da resposta de Murphy e, quando Murphy se prepara para responder… assista abaixo!
E ele também ensina os outros a tática usada por ele para assustar os companheiros de equipe no bullpen (tática inventada pelo Deus, Bartolo Colon).
Ah, e além deles dois, os Mets ainda contam com Noah Syndergaard, Matt Harvey e outros nomes que tornam a rotação titular melhor que a do Kansas City Royals.
3. Beatles: Um dos maiores shows dos Beatles foi no Shea Stadium, antiga casa dos Mets. Em 15 de agosto de 1965, quando os Mets tinham apenas três anos de idade e nenhuma World Series, os Beatles fizeram um show memorável no Shea Stadium. O show aconteceu durante uma viagem que time fazia na costa oeste dos EUA, então o show não atrapalhou em nada os jogos. Mais de 55 mil pessoas estavam presentes no evento, com uma renda de U$S 300 mil (pra época era uma baita renda). Muitos críticos de música dizem que esse foi o maior show da história.
4. ETS: Os Mets tem uma ligação com o extraterrestre. Você aí de casa já assistiu ao MIB? No primeiro filme, tem uma cena que um disco voador passa por cima do Shea Stadium, atrapalhando uma partida. Mas… esse é o quarto motivo, Bigorna? Óbvio que não, cara. O quarto motivo é um segunda base, que, nesta pós-temporada, está fazendo coisas de outro mundo (hehe). Daniel Murphy é o nome da fera. Em 38 aparições no bastão na pós desse ano, Murphy conseguiu 16 rebatidas, impulsionou 11 corridas e tem sete home runs. O aproveitamento dele é quase bizarro, com .421 contra .281 da temporada regular. Dos 7 home runs, 6 foram em 6 partidas seguidas (2 contra o Los Angeles Dodgers e nas 4 partidas contra o Chicago Cubs).
Agora vem cá, é ou não é de outra dimensão esse rapaz?