TOP 10+1: Yu Darvish, J.D. Martinez e os melhores free agents da MLB
Confira a lista com os 10 (+1) melhores agentes livres desta offseason na MLB
Estamos no final de novembro, a World Series terminou há quase um mês e o mercado de negociações da Major League Baseball está bem lento. Excetuando-se o Seattle Mariners, com a troca que envolveu o brasileiro Thyago Vieira, praticamente nada mudou nos elencos desde que o Houston Astros venceu o jogo 7 sobre o Los Angeles Dodgers, conquistando a primeira WS da história da franquia texana. Hora, então, de analisar os tubarões que devem mover-se nas próximas semanas.
(Crédito da imagem: Reprodução/Facebook)
O The Playoffs separou os 10+1 melhores agentes livres dessa offseason da MLB. São cinco arremessadores e cinco rebatedores, com suas principais qualidades e algumas franquias que podem abrir o cofre e contratar cada um. Você está questionando-se sobre o “+ 1”, ou já sabe quem é esse jogador surpresa? Acho que sua aposta está certa mas, por via das dúvidas, leia o texto até o final e confira!
Arremessadores
Yu Darvish (em 2017: Texas Rangers/Los Angeles Dodgers)
O desempenho ruim nos dois jogos de World Series em que foi titular prejudica um pouco o cartel do japonês, mas não muda o fato de que ele deve ser o arremessador mais cobiçado entre os cinco da lista. Titular em qualquer das 30 franquias, Darvish tem ótimos números nos cinco anos de carreira na MLB (perdeu a temporada 2015 recuperando-se de cirurgia), com ERA de 3.42, 26% superior à média, ótima proporção de 11 strikeouts por nove entradas arremessadas e quatro indicações para o All-Star Game. Começou 2017 oscilante nos Rangers, mas recuperou-se após a troca para os Dodgers. Entre os possíveis destinos, aparecem Rangers, Dodgers, Chicago Cubs, Minnesota Twins e Philadelphia Phillies.
Jake Arrieta (em 2017: Chicago Cubs)
Se Arrieta fosse agente livre após a temporada 2015, seu contrato seria gigantesco. Os últimos dois anos não atrapalharam sua cotação, mas não foram tão espetaculares. Ainda assim, trata-se de um pitcher com ERA de 2.73 nas cinco temporadas em que defendeu os Cubs, 47% superior à média da liga, além de um prêmio Cy Young. Aos 31 anos, ele conseguiu estabilizar parte de seus números, mas o aumento na proporção de rebatidas e home runs por nove entradas arremessadas pode afastar alguns interessados. Entre os possíveis destinos, além das franquias de olho em Darvish, aparecem Milwaukee Brewers e Atlanta Braves.
(Crédito da imagem: Reprodução/Facebook)
Wade Davis (em 2017: Chicago Cubs)
A carreira de Davis mudou radicalmente quando, no começo de 2014, ele foi colocado no bullpen do Kansas City Royals. Inicialmente como homem de setup e depois como closer, ele firmou-se como um dos melhores relievers da MLB. Nas últimas quatro temporadas, tem 79 saves, um absurdo ERA de 1.45, cedendo apenas nove home runs em 241 1/3 innings com mais de 11 strikeouts para cada nove entradas arremessadas. Com o closer sendo cada vez mais valorizado, o pitcher de 32 anos deve levar uma bolada e, entre os possíveis interessados, estão o próprio Cubs, Colorado Rockies, Houston Astros, St. Louis Cardinals, Washington Nationals e Texas Rangers, entre outros.
Greg Holland (em 2017: Colorado Rockies)
Antecessor de Davis como closer dos Royals, Holland assinou um contrato de apenas uma temporada com os Rockies, consequência das dúvidas após passar pela cirurgia Tommy John. O início de 2017 foi ótimo, o final deixou no ar um quê de “acabou o tanque”, mas no geral o ano foi bom, com ERA de 3.61 (mesmo atuando na altitude do Coors Field em metade dos jogos), 39% melhor do que a média, 41 saves e 11 strikeouts por nove entradas. As franquias ainda devem manter-se com um pé atrás, mas quem ficar sem Davis deve fazer uma oferta por Holland.
Alex Cobb (em 2017: Tampa Bay Rays)
Cobb foi outro a provar, na última temporada, que está recuperado da Tommy John. Seu ERA foi aceitável (3,66, 13% acima da média e distante dos 2.82 registrados entre 2013 e 2014), mas o bom controle (2.5 walks por nove entradas) e o final de ano forte, com ERA perto de três na segunda metade da temporada, minimizam as dúvidas. Como nunca arremessou mais de 180 innings em uma temporada, ele deve receber contrato inferior a Darvish, Arrieta e talvez até a Lance Lynn, mas pode ser um dos grandes “steals” dessa classe. Chicago Cubs, New York Yankees e Minnesota Twins lideram a lista de franquias que estariam de olho no arremessador.
Rebatedores
J.D. Martinez (em 2017: Detroit Tigers e Arizona Diamondbacks)
Dispensado pelo Houston Astros em 2014, Martinez parecia destinado à mediocridade. Uma mudança em seu swing, porém, despertou uma fera escondida no outfielder, e quem beneficiou-se foi o Tigers. Em três temporadas e meia com a franquia, o jogador de 30 anos somou 99 home runs e 285 corridas impulsionadas, com 30% de aproveitamento. A troca para os Dbacks, em julho, não mudou seu desempenho: foram 29 home runs em 62 jogos. Martinez, que estaria pedindo cerca de US$ 30 milhões por temporada, interessa a várias franquias, incluindo San Francisco Giants, St. Louis Cardinals e Boston Red Sox.
(Crédito da imagem: Reprodução/Twitter)
Eric Hosmer (em 2017: Kansas City Royals)
Hosmer vem alternando temporadas brilhantes (em anos ímpares) e medianas (nos pares). Ainda assim, foi titular da 1ª base dos Royals de forma indiscutível desde 2011, com quatro Gold Gloves, uma aparição no All-Star Game, 127 home runs e 28,4% de aproveitamento. Hosmer brilhou em 2017, atuando nos 162 jogos e chegando a 31,8% de aproveitamento e 38,5% de chegada em base, as melhores marcas da carreira. Com apenas 28 anos, ele tem tudo para assinar um grande contrato e, entre os possíveis destinos, aparecem o próprio Royals, Boston Red Sox, Colorado Rockies e talvez até o St. Louis Cardinals.
Mike Moustakas (em 2017: Kansas City Royals)
Novo recordista de home runs dos Royals após rebater 38 nesta temporada, Moustakas torna-se free agente aos 29 anos pronto para embolsar uma bela grana. Um jogador mediano até 2014, ele pegou fogo no ano seguinte e, após perder 60% de 2016 com uma lesão, voltou com tudo, tomando conta da 3ª base em Kansas City. Neste período, somou 67 home runs e 180 corridas impulsionadas em 322 jogos, com 27,5% de aproveitamento e duas seleções para o All-Star Game. O infielder quer provar que é capaz de manter o alto nível e, entre os pretendentes, destaque para Atlanta Braves, St. Louis Cardinals e os próprios Royals, que o escolheram na 2ª posição do Draft de 2007.
Lorenzo Cain (em 2017: Kansas City Royals)
O último nome da trinca dos Royals, Cain é um bom center fielder do ponto de vista defensivo, e, se não é um rebatedor dos mais potentes, compensa com aproveitamento aceitável e ótima velocidade, o que o ajuda a transformar rebatidas simples em duplas e a roubar bases. Com aproveitamento de 28,9% e média de 23 rebatidas duplas e 20 bases roubadas por ano, caso não renove com os Royals ele pode ajudar muito a melhorar o outfield de equipes como San Francisco Giants, Seattle Mariners e Toronto Blue Jays, por exemplo.
Zack Cozart (em 2017: Cincinnati Reds)
Reconhecidamente um grande defensor em uma posição fundamental do beisebol, Cozart deu mostras de melhoria com o bastão em 2015 e 2016, e brilhou ofensivamente em 2017, com 29,7% de aproveitamento, 38,5% de chegada em base, 24 home runs e apenas 78 strikeouts, sendo indicado pela primeira vez para o All-Star Game. Os problemas físicos são uma constante, e a falta de franquias com necessidade evidente de um shortstop devem reduzir a busca, mas ele certamente seria um upgrade no San Diego Padres, Miami Marlins, Kansas City Royals ou em times que abusem da criatividade e o coloquem na segunda ou terceira bases, por exemplo.
O (+1)
Shohei Ohtani é o grande nome do mercado. O arremessador/outfielder japonês tem apenas 23 anos e será liberado pelo Nippon Ham Fighters para rumar à MLB (algo que é possível graças ao acordo firmado recentemente entre MLB, associação de jogadores e NPB, a liga japonesa). Os números do jovem são brilhantes nos dois extremos (28,6% de aproveitamento, 48 home runs e 70 rebatidas duplas em 1.070 at-bats como rebatedor e 2.52 de ERA, 10.3 strikeouts por nove entradas e apenas 24 home runs cedidos em 453 innings como arremessador).
Ohtani deixou claro que quer rebater, o que o coloca como um alvo mais viável na Liga Americana por conta do rebatedor designado. Ele está sujeito às limitações financeiras para contratação de jogadores internacionais, e já deixou claro que o dinheiro não é o principal fator na hora de escolher a franquia que defenderá (análises indicam que, se esperasse mais dois anos, ele chegaria como agente livre e poderia ganhar mais de US$ 200 milhões em seu primeiro contrato).
As equipes com maior bônus disponível e que, neste momento podem ser apontadas como favoritas, são Texas Rangers, New York Yankees, Minnesota Twins e Seattle Mariners. Ninguém sabe, porém, o que o japonês quer ou quais são suas preferências, o que torna bem difícil apontar qual será o destino de Shohei Ohtani na MLB.
(Crédito da imagem: Masterpress/Getty Images)