A intertemporada da Major League Baseball já completou seu primeiro mês, o Winter Meetings, um dos pontos nevrálgicos desse período, ficou para trás e, mesmo com mais dois meses até o início da pré-temporada, já é possível apontar alguns vencedores e perdedores desse período de intensas negociações, trocas entre franquias e assinaturas de contratos com os agentes livres.

Começaremos a lista da MLB com os vencedores e, amanhã, falamos de quem não foi tão bem nas últimas semanas.

Dexter Fowler

O outfielder surpreendeu a MLB antes da temporada 2016, voltando atrás no acordo com o Baltimore Orioles e assinando um contrato de apenas um ano para retornar ao Chicago Cubs. O ótimo desempenho com o campeão da World Series, incluindo números defensivos acima do esperado e um percentual de quase 40% de chegada em base, deram a Fowler um surpreendente contrato de cinco anos e US$ 82,5 milhões com o St. Louis Cardinals, mesmo com o atleta recebendo a oferta qualificada por parte dos Cubs no final da temporada.

Chicago White Sox

Admitindo que a fase é de reconstrução do plantel, o general manager Rick Hahn chegou ao Winter Meetings disposto a negociar qualquer bom jogador do plantel. Nas duas primeiras negociações (Chris Sale e Adam Eaton), ele conseguiu sete jovens talentos de extremo valor, incluindo o melhor rebatedor (Yoan Moncada) e o melhor arremessador (Lucas Giolito). Mais trocas virão, os White Sox continuam pedindo alto e podem montar a espinha dorsal de um time muito forte para o início da próxima década.

Yoenis Céspedes

Céspedes também arriscou na última inter-temporada, renovando por três anos com o New York Mets quando muita gente esperava um contrato mais largo. Utilizando bem a famosa cláusula opt-out, ele testou o mercado por alguns dias e renovou com a franquia da Big Apple, garantindo um aumento generoso: se o acordo anterior previa US$ 75 milhões por três anos (sendo US$ 27,5 milhões em 2016), o novo compromisso é válido por quatro temporadas e pagará ao outfielder cubano US$ 110 milhões.

Boston Red Sox

O preço para levar Chris Sale foi alto, incluindo Moncada e colocando um fim no que parecia ser uma ótima base para o futuro, mas a franquia montou uma bela rotação titular, com Sale somando-se a Rick Porcello e David Price. Com os três liderando o staff, Pablo Sandoval mais magro, Mitch Moreland reforçando o ataque e a manutenção do bom elenco da última temporada, os Red Sox abrem (teórica) vantagem sobre New York Yankees, Tampa Bay Rays, Baltimore Orioles e Toronto Blue Jays no que promete ser, novamente, uma equilibrada Divisão Leste da Liga Americana.

Los Angeles Dodgers

Quando a intertemporada começou, muita gente falava sobre a necessidade de a franquia da Califórnia diminuir a folha salarial, garantindo que os Dodgers renovariam com apenas um, no máximo dois, entre o arremessador Rich Hill, o closer Kenley Jansen e o 3ª base Justin Turner. De forma sorrateira, os Dodgers acertaram com os três (todos por US$ 16 milhões por ano, variando apenas o tempo de contrato), mantendo a base do elenco tetracampeão da Divisão Oeste da Liga Nacional sem perder qualquer talento de suas equipes de base.

Colorado Rockies

A franquia abriu mão da 11ª escolha para fechar com Ian Desmond, mas reforçou o ataque que já era muito forte, encontrou um bom 1ª base (ainda que Desmond nunca tenha jogado na posição) e abriu uma possibilidade interessante. Caso os Rockies queiram, podem trocar Carlos Gonzalez ou Charlie Blackmon por um pitcher, puxar o novo reforço para o outfield, área em que atuou pelo Texas Rangers, e tentar a contratação de outro 1ª base, como Mark Trumbo ou Edwin Encarnacion, formando um ataque temido por todos na Liga Nacional. Fica também a torcida para que o jovem arremessador Chad Bettis supere o câncer nos testículos, recém-descoberto, e possa brilhar com o time na temporada 2017 da MLB.

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