Prévias MLB 2015: Divisão Central da Liga Americana
Na divisão dos atuais campeões da Liga Americana, hegemonia do Detroit Tigers deverá ser mais ameaçada
A hegemonia da equipe do Detroit Tigers na Divisão Central da Liga Americana que vem desde 2011, só foi realmente ameaçada no último ano pela equipe do Kansas City Royals, que terminou a temporada regular um jogo atrás na divisão e com a primeira vaga de wild card. Depois, o time foi ainda mais longe, chegando na World Series.
Nesta temporada os Royals podem continuar incomodando, mas as equipes do Chicago White Sox e do Cleveland Indians deverão fazer um certo barulho, deixando a AL Central ainda mais forte e divertida.
Confira mais uma prévia do The Playoffs para temporada 2015 da MLB!
DETROIT TIGERS: Será que desta vez o time tem profundidade para o título?
A equipe que acumula 4 títulos de divisão nos últimos 4 anos vem forte pra mais um ano. Com um dos melhores ataques do beisebol, liderado pelo melhor rebatedor do beisebol na atualidade, e um dos melhores do século, Miguel Cabrera. Chegou ainda o potente slugger cubano Yoenis Cespedes.
A equipe de Michigan conta também com uma rotação de potencial imenso, que possui 2 ex-vencedores do prêmio Cy Young (David Price, e Justin Verlander, que venceu o prêmio junto com seu prêmio de MVP, dado ao jogador mais valioso para sua equipe na temporada) e o nível dos outros 3 arremessadores não é o mesmo, mas é bem sólido.
O setor realmente preocupante nos Tigers é o seu bullpen, que no ano de 2014 foi o 4º pior em termos de ERA e FIP (ERA ajustado para apenas o que o arremessador tem controle na partida).
Claro que podem haver surpresas, mas hoje tudo indica que Detroit deve chegar nos playoffs e parar pelo caminho de novo. O general manager Dave Dombrowski terá de fazer seus movimentos para que o bullpen não seja uma preocupação tão grande.
Campanha em 2014: 90-72 – varridos na ALDS pelo Baltimore Orioles
Melhor rebatedor: Miguel Cabrera 31,7% no bastão e 109 corridas impulsionadas
Melhor arremessador: David Price ERA de 3.26 e FIP de 2.78; Verlander teve um 2014 ruim, mas se for tido como o melhor arremessador não é nenhum absurdo.
Briga por: Playoffs e ir longe
KANSAS CITY ROYALS: Como virão os atuais campeões da AL para o ano de 2015?
Os Royals perderam peças importantes do ano passado, como Billy Butler, Norichika Aoki e James Shields e trouxeram, nos casos de Butler e Aoki, dois jogadores que já tiveram anos bons, mas vem numa descendente nos últimos anos, Kendrys Morales e Alex Rios. No caso de Shields, trouxeram dois jogadores que tiveram anos regulares, mas não estão no mesmo nível, Edinson Volquez e Chris Young.
Mas por outro lado, Yordano Ventura só deve evoluir, além do fato de que Danny Duffy, Jeremy Guthrie e Jason Vargas já mostraram seu valor, e tanto Duffy como Ventura são jovens e ambos tem muito a crescer.
O ponto forte da equipe, seu bullpen (o 10º melhor em ERA e o 6º melhor em FIP na última temporada da MLB), se manteve com a mesma base, e será fortalecido com a volta de Luke Hochevar após um tempo parado por conta de uma cirurgia Tommy John.
O ataque se manterá com a mesma característica de small ball. Não haverá tantos home runs, mas serão compensados com a velocidade de jogadores como Jarrod Dyson, Terrance Gore, Alcides Escobar e Lorenzo Cain, além da potencia de Alex Gordon. Vale lembrar que com esse mesmo estilo a equipe chegou à World Series no ano passado e perdeu em 7 jogos para o San Francisco Giants.
Campanha em 2014: 89-73 – 1º no Wild Card e vice-campeão.
Melhor arremessador: Wade Davis, reliever, mas é algo discutível. Números em 2014 ERA 1.00 FIP, 1.19
Melhor rebatedor: Alex Gordon liderou a equipe em HRs e corridas impulsionadas com 19 HRs e impulsionando 74 corridas
Briga por: Playoffs e olhe lá. A equipe perdeu jogadores importantes e seus substitutos não estão à altura.
CLEVELAND INDIANS: Consistência a palavra-chave
Cleveland tem uma boa equipe e quase conseguiu uma vaga nos playoffs no ano passado, mas faltou consistência para o time como um todo ao longo da temporada. O time é jovem e tem muito a crescer neste e nos próximos anos na MLB.
Os Indians têm de se manter longe das lesões, principalmente Jason Kipnis e Carlos Santana, dois de seus principais jogadores que vieram a perder tempo na lista dos contundidos no ano de 2014. Se a equipe quiser brigar, não pode se dar ao luxo de perder jogadores por conta de lesão.
A rotação liderada pelo atual Cy Young, Corey Kluber, não é espetacular, mas não é de comprometer a equipe. Pode ser melhorada, mas não deve ser uma grande preocupação da equipe de Cleveland.
O ataque possui alguns nomes de talento como os já citados Kipnis e Carlos Santana, além do catcher brasileiro Yan Gomes, autor de 21 home runs em 2014, os jogadores de campo externo Michael Bourn e Michael Brantley, entre outros. Problemas que podem vir a ocorrer não envolvem a capacidade dos jogadores em si, mas sim lesões e inconsistência, como em 2014.
O bullpen não é um ponto fraco da equipe, mas assim como a rotação, pode melhorar. No último ano o time de relievers dos Indians foi o 7º em termos de ERA, porém foi apenas o 16º se formos usarmos o FIP como métrica.
Campanha em 2014: 85-77, 3º na divisão e 3 jogos atrás da segunda vaga de Wild Card.
Melhor rebatedor: Michael Brantley – 20 HRs, 23 bases roubadas e um AVG de 32,7% no bastão.
Melhor arremessador: Corey Kluber – ERA de 2.44 e FIP de 2.35
Briga por: se tudo correr bem, playoffs, seja via divisão ou via Wild Card.
CHICAGO WHITE SOX: Será que o time está preparado para voltar aos playoffs pela primeira vez desde 2008?
Já fazem seis anos desde que o lado sul de Chicago não vê seu time jogando um jogo de pós-temporada da MLB. A última vez foi na ALDS de 2008, contra a equipe do Tampa Bay Rays, série na qual foram eliminados em 4 jogos.
A equipe atual é muito diferente da de 2008, e pela primeira vez desde 1999 os White Sox não terão seu capitão Paul Konerko no campo. A equipe atual é muito jovem, tem um dos melhores arremessadores do beisebol na liderança de sua rotação em Chris Sale, um prospecto muito bom chamado Carlos Rodon, outros dois bons jogadores com Jeff Samardzjia (recém-chegado) e José Quintana, e a última vaga da rotação deve ficar com Hector Noesi que não é bem o exemplo de um arremessador regular.
O ataque é bem balanceado, recheado de bons e excelentes jogadores como Jose Abreu, Adam Eaton, Alexei Ramirez, o recém-contratado Melky Cabrera, Avisail Garcia, entre outros. No ano de 2014, foi o 8º melhor ataque da AL e o 13º melhor da MLB em termos de corridas anotadas com 660.
O grande problema em 2014 foi seu bullpen, um dos piores da liga. O 29º em FIP e apenas o 28º em ERA, mas o setor foi reforçado com as chegadas de Zach Duke e David Robertson de Milwaukee e Nova York, respectivamente, juntamente com a volta de Nate Jones. Time cresceu e em todos os setores.
Campanha em 2014: 73-89, 4º na divisão
Melhor rebatedor: Jose Abreu. com 36 Home Runs e 107 corridas impulsionadas em 2014.
Melhor arremessador: Chris Sale – ERA de 2.17 e FIP de 2.57 em 2014.
Briga por: Playoffs, ameaçando o título da divisão.
MINNESOTA TWINS: Sem ambições para o momento, mas o futuro é brilhante
A equipe de Minnesota ainda está em processo de formação de seu time, então o objetivo da equipe é usar o ano para desenvolver alguns de seus prospectos top, como por exemplo Trevor May, Miguel Sano e Byron Buxton.
O ataque da equipe tem alguns jogadores de qualidade como Brian Dozier e Joe Mauer. Além disso tiveram alguns jogos no ano passado em que conseguiram mostrar que o ataque tem muito potencial, anotando 15 corridas. Danny Santana teve números ótimos, porém pelo o que apresentou nas Minors, não deve manter o nível por muito tempo.
A rotação assim como o resto do time é jovem em geral, mas o destaque fica para Phil Hughes que teve um ano de estreia com Twins muito bom. O veterano deverá ajudar os mais jovens como por exemplo Trevor May sendo um mentor.
O bullpen tem lacunas que devem ser preenchidas, mas o closer Glen Perkins tem sido um dos melhores nos últimos anos. Deve ser pontuado também o ótimo trabalho de Caleb Thielbar como especialista de canhotos.
Em outras palavras, o Twins têm um ótimo sistema, uma boa base, com muito potencial. A questão é que ainda é o pior time da divisão, e se tudo ocorrer como esperado, serão os últimos por um segundo ano seguido.
Campanha em 2014: 70-92 – último na divisão
Melhor rebatedor: Brian Dozier, que teve 20 HRs e porcentagem em base de 34,5% em 2014.
Melhor arremessador: Phil Hughes – ERA 3.52 e FIP de 2.65 em 2014.
Briga por: Fazer uma campanha digna e começar a desenvolver seus melhores prospectos.
Próximos previews:
27/3 – NL West – Rafael Pezzo
30/3 – NL Central – Marcello Fernandes
2/4 – AL East – Lucas Henrique
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