[PRÉVIA] Playoffs da MLB: NLDS 2016 | Semifinais da Liga Nacional
Dodgers encaram Nationals; Giants enfrentam Cubs. Duas séries equilibradas para saber quem chega na final da NL
Nesta sexta-feira começam os confrontos de divisão da Liga Nacional no Playoffs da MLB. Os dois embates têm tudo para serem muito equilibrados, podendo facilmente chegar a um jogo 7.
Na primeira parte, o campeão da divisão oeste da liga, o Los Angeles Dodgers, encara o Washington Nationals, que faturou o título da divisão leste. Já na outra chave, o San Francisco Giants, vencedor da partida de wild card contra o New York Mets, enfrenta o campeão da divisão central da NL e o time de melhor campanha na temporada regular na MLB, o Chicago Cubs. Quem passar dessas duas séries se encontram na final da Liga Nacional em busca de uma vaga na World Series.
O The Playoffs traz aqui um pouco do que você verá nas duas séries da NLDS (National League Division Series) 2016.
Washington Nationals (95-67) vs Los Angeles Dodgers (91-71)
Esse duelo tem na igualdade sua maior característica. Ambas equipes tem estilos de jogo parecidos, com jogadores que podem decidir uma partida, e também outros que podem ajudar em um momento chave. O roster de cada time será o elemento decisivo.
As equipes têm ataques sólidos e com bons números durante a temporada regular. Nesse ponto, os Dodgers levam uma ligeira vantagem por terem mais jogadores com poder de rebatida do que os Nationals, que não terá seu catcher Wilson Ramos nesta pós-temporada.
Um fator que passa despercebido para muita gente é o duelo de técnicos. Dave Roberts, dos Dodgers, é um novato no cargo quando se trata de playoffs, apesar de receber muitos elogios pela campanha na regular season. Do outro lado temos a exeperiência de Dusty Baker, que já foi campeão da World Series com os Dodgers, e levou Chicago Cubs e Cincinatti Reds à pós-temporada já como manager.
No que ficar de olho
No ataque de ambos os times. Quando você vê que em uma equipe estão atletas como Corey Seager (30,8%), Justin Turner (27,5%), Adrian Gonzalez (28,5%), Yasmani Grandal (22,8%) e Joc Pederson (24,6%); e que a outra conta com Bryce Harper (24,3%), Daniel Murphy (34,7%), Jayson Werth (24,4%), Danny Espinosa (20,9%) e Anthony Rendon (27%), com certeza o fã de beisebol pode esperar muitas rebatidas.
Analisando esse setor, os Dodgers levam uma ligeira vantagem por ter mais jogadores em posição de produzir corridas durante a partida. Chase Utley e Andrew Toles sempre conseguem uma rebatida válida, e isso é sempre importante no decorrer de uma série equilibrada como essa. Mas não podemos esquecer que os Nationals têm o segunda base Daniel Murphy como um forte componente de decisão.
Na pós-temporada do ano passado, quando ainda atuava no New York Mets, Murphy foi extremamente importante para que a franquia do Queens alcançasse a World Series, e este ano ele é simplesmente o líder de média de rebatidas válidas, home runs (25), corridas impulsionadas (105) e chegadas em base (39%) da sua equipe.
Arrremesadores
Essa é a área do duelo onde o equilíbrio é mais evidente. Isso será perceptível logo no primeiro confronto da série, nesta sexta-feira, com Clayton Kershaw (1.69 ERA) arremessando por LA, e Max Scherzer (2,96 ERA) por Washington. Quem assistiu ao jogo de wild card da Liga Americana entre San Francisco Giants e New York Mets, onde Madison Bumgarner e Noah Syndergaard foram titulares por suas respectivas franquias, teve a noção de quanto um pitcher de elite é essencial para que seu time saia vitorioso.
Mesmo com o desfalque de Strasburg na série, Tanner Roark (2.83 ERA) é outro nome que pode ajudar muito os Nationals, junto com Mark Melancon. No time da Califórnia, Kenta Maeda (3.48 ERA) é mais um jogador chave no roster titular. O pitcher japonês alcançou 16 vitórias na temporada regular. Além dele, Scott Kazmir, Rich Hil e o fechador Kenley Jansen são outros nomes de respeito.
O bullpen dos Dodgers tem jogadores de mais qualidade e que mostraram serviço durante a temporada. Porém, Shawn Kelley, Marc Rzepczynski, Sammy Solis e Oliver Perez não podem ser desconsiderados como relievers que têm a capacidade de surpreender e jogarem bem. O manejo do bullpen será extremamente importante para as duas equipes, e pode sim decidir esse confronto de divisão.
No jogo 2, Rich Hill será o titular dos Dodgers, no jogo 3 Maeda sobe no montinho desde o começo. Os arremessadores dos Nationals para os outros jogos não foram divulgados.
A série
07/10: jogo 1, em Washington – transmissão na TV: ESPN às 18:30 hrs (de Brasília)
08/10: jogo 2, em Washington
10/10: jogo 3, em Los Angeles
11/10: jogo 4 (se necessário), em Los Angeles
13/10: jogo 5 (se necessário). em Washington
Palpite: Dodgers em 5 jogos
Não se deixe levar pelo o que escrito na bio lá embaixo, não há clubismo nenhum por aqui. Em uma série equilibrada nos dois lados da balança, um roster que tem mais jogadores decisivos, que podem forçar um erro do adversário é sempre um indicador de sucesso. Mesmo com arremessadores excelentes e uma defesa boa, os Nationals não têm uma plantel que possa manter a qualidade durante a série como os Dodgers têm, e isso pode ser um diferencial quando a série estiver eventualmente empatada.
(Foto 1 e 4: Facebook Washington Nationals/ Foto 2 e 3: Facebook Los Angeles Dodgers)
Chicago Cubs (103-58) vs San Francisco Giants (87-75)
De um lado, o time com a melhor campanha das Grandes Ligas na temporada regular. Do outro, uma equipe que se classificou para os playoffs com a vaga no wild card. Na teoria, o favoritismo dos Cubs pra cima dos Giants seria grande. Mas na prática não é bem assim. A equipe do norte da Califórnia tem experiência quando assunto é pós-temporada, e chegou na World Series 3 vezes nos últimos 7 anos, saindo campeã em todas essas oportunidades.
Depois de passar pelo New York Mets fora de casa em um verdadeiro duelo de arremessadores, os Giants vêm para esta série com a moral elevada. A equipe sofreu na reta final da temporada regular para conseguir uma vaga no wild card e está disposta a fazer o esforço empregado valer a pena. Já os Cubs apostam na juventude do elenco e na força do ataque para chegar pelo segundo ano consecutivo na final da Liga Nacional.
Dissecando posição por posição no dois times titulares, há certo equilíbrio tanto na defesa quanto no ataque. Chicago tem um ataque potente e perigoso, que sempre põe jogadores em posição de notar corridas. Já San Francisco tem uma defesa experiente e com qualidade, acostumada a enfrentar os melhores rebatedores da liga. Os dois estilos de jogo se encaixam, o que deixa o diagnóstico de quem pode levar vantagem difícil.
No que ficar de olho
No ataque dos Cubs e na defesa dos Giants. Começando pela parte ofensiva, são 9 jogadores do time de Illinois que tem 10 ou mais HR’s na temporada e cinco jogadores com mais de 50 corridas impulsionadas, sendo que Anthony Rizzo (29,2%) e Kris Bryant (29,2%) têm mais de 100 nesse quesito. Além dos dois, Addison Russell (23,8%), Ben Zobrist (27,2%), Dexter Fowler (27,6%) e Jason Heyward (23%) podem fazer a diferença quando uma partida estiver mais complicada.
Pelo lado defensivo de San Francisco, um outfield com Hunter Pence, Denard Span e Angel Pagan normalmente não comete erros graves. O infield tem no catcher Buster Posey a quase impossibilidade de roubar bases, uma coisa que o Chicago Cubs fez 133 vezes na regular season. Será interessante ver como esse embate acontecerá na série.
Arremessadores
Apesar de ter um dos melhores pitchers da MLB, Madison Bumgarner (2.74 ERA), e Johnny Cueto (2.79 ERA) jogando muito bem, o roster titular dos Cubs leva vantagem nesse setor do jogo. MadBum deve participar de um jogo na série provavelmente, e o time contará ainda com Matt Moore (4.08 ERA) e Jeff Samardzija (3.81 ERA).
Vendo que do outro lado os titulares são Jon Lester (2.44 ERA), que enfrenta Cueto nesta sexta-feira no jogo 1, Kyle Hendricks (2.13 ERA), Jake Arrieta (3.10 ERA) e John Lackey (3.35 ERA), a qualidade do elenco de arremessadores dos Cubs tem tudo pra ser preponderante nas partidas.
Outro fator interessante de lembrar são os fechadores. Já na reta final da temporada regular, Chicago fez uma troca com o New York Yankees e trouxe Aroldis Chapman, e desde então o closer tem mostrado porque a franquia o queria tanto para essa pós-temporada. Ele teve 16 saves e ERA de 1.01, além de 46 strikeouts. O cubano poder ser o fiel da balança primordial nessa série. Sergio Romo pode também fazer sua parte pelos Giants, mas não como Chapman.
A série
07/10: jogo 1, em Chicago
08/10: jogo 2, em Chicago
10/10: jogo 3, em San Francisco
11/10: jogo 4, em San Francisco (se necessário)
13/10: jogo5, em Chicago (se necessário)
Palpite: Cubs em 5 jogos
Como vimos aqui, apesar da juventude e inexperiência com os playoffs, o time dos Cubs, coletivamente, é um pouco mais qualificado que o dos Giants. Não que isso seja algo de diminua a equipe californiana, mas quando se tem mais jogadores no seu elenco que podem suprir a ausência de outro sem perder a qualidade e eficiência de jogo, principalmente em momentos decisivos, isso torna tudo um pouco mais fácil para se sair vencedor em uma série de divisão.
(Foto 1 e 3: Facebook Chicago Cubs, foto 2 e 4: Facebook San Francisco Giants)