[PRÉVIA] Como vem a Divisão Leste da Liga Americana da MLB em 2017
Boston Red Sox, Toronto Blue Jays e New York Yankees devem se destacar na Divisão Leste da Liga Americana
O último time da Divisão Leste da Liga Americana a conquistar uma World Series foi o Boston Red Sox, em 2013. Em 2017, três das cinco equipes chegam mais fortes para a temporada que começa em 2 de abril, e a promessa é de muita disputa dentro da divisão.
Rick Porcello, David Price e Chris Sale são alguns dos nomes fortes em Boston, que chega com seu poderoso ataque no primeiro ano sem o “Big Papi” David Ortiz. O New York Yankees, com suas jovens promessas e veteranos de peso, e o Toronto Blue Jays, vice-campeões da Liga Americana em 2016, devem brigar pelo posto de 2ª força da divisão. Correndo por fora, Baltimore tenta voltar aos playoffs e chegar mais longe desta vez, enquanto Tampa Bay segue na busca para reencontrar seus melhores dias.
Confira como vem a AL East em mais uma prévia do The Playoffs para a MLB 2017:
BALTIMORE ORIOLES
Campanha em 2016: 89-73 (2º lugar na Divisão Leste da Liga Americana – eliminado pelos Blue Jays no Wild Card)
Os Orioles chegam para mais uma temporada sem transmitir muita confiança de que possa conseguir alguma coisa em 2017. A equipe de Baltimore fez apenas duas aquisições consideráveis. Em troca com o Seattle Mariners, trouxe Seth Smith para seu elenco. Mas Smith está lesionado e é dúvida para o início de temporada. A outra aquisição foi o catcher Wellington Castillo, que se destacou pela República Dominicana no World Baseball Classic de 2017.
Mas, se tivemos apenas dois reforços chegando, tivemos um número maior de jogadores que foram embora. Entre eles, Matt Wieters (agente livre) e Pedro Alvarez (agente livre); juntos, bateram 39 dos 253 home runs da equipe de Baltimore em 2016. Outro que saiu foi o arremessador Yovani Gallardo, envolvido em troca com Seattle.
No ataque, Baltimore tem como destaque Manny Machado, com tudo para ser o líder em home runs da Liga Americana em 2017. E o ataque dos Orioles, habilidoso em bater home runs, pode ter justamente nessa jogada o seu caminho para produzir corridas, já que falta ao time jogadores com a “manha” pra roubar bases e seus principais rebatedores têm um número elevado de strikeouts. A rotação titular, com destaque para Kevin Gausman e Dylan Bundy, e o corpo de outfielders dos Orioles precisam evoluir, depois dos péssimos números obtidos em 2016.
Provável lineup: Adam Jones (CF), Manny Machado (3B), Chris Davis (1B), Mark Trumbo (DH), Welington Castillo (C), Seth Smith (RF), Jonathan Schoop (2B), J.J. Hardy (SS), Hyun Soo Kim (LF)
Melhor rebatedor: Difícil escolher entre Machado, Jones, Davis e Trumbo, mas destaco Manny Machado por sua evolução nas últimas temporadas, por seu desempenho em rebatidas (188) e aproveitamento (29,4%) em 2016, além do potencial para ser líder em home runs da Liga Americana em 2017.
Provável rotação: Kevin Gausman, Chris Tillman, Wade Miley, Ubaldo Jimenez, Dylan Bundy
Provável closer: Zach Britton (47 saves em 2016, ERA de 0.54)
Melhor arremessador: Com a lesão de Chris Tillman e uma boa temporada em 2016 (ERA de 3.61, 174 strikeouts e WHIP de 1.28), Kevin Gausman mostra que pode ser a promessa que a equipe de Baltimore tanto busca. Mas vale mencionar Britton, para muitos o verdadeiro Cy Young da Liga Americana em 2016, mesmo sendo um reliever.
Manager: Buck Showalter (8º ano com a franquia, 547 vitórias e 482 derrotas entre 2010 e 2016)
Briga por: Playoffs via Wild Card, se tudo der certo
Foto: Divulgação/MLB
BOSTON RED SOX
Campanha em 2016: 93-69 (1º na Divisão Leste da Liga Americana – eliminado pelos Indians na Série de Divisão por 3 a 0)
Boston vem para sua primeira temporada sem David Ortiz. O “Big Papi” se aposentou e agora é hora dos atuais campeões da Divisão Leste da Liga Americana se adaptarem. Outros nomes deixaram a equipe, entre eles os arremessadores Koji Uehara (agora nos Cubs) e Junichi Tazawa (foi para os Marlins). Mas chegaram o arremessador Chris Sale (trocado pelos White Sox) e o infielder Mitch Moreland (ex-Rangers), reforços de peso.
O ataque deve continuar no nível da temporada passada, com a presença de Pedroia, Ramirez e companhia. Quem precisa se reafirmar agora em 2017 é Pablo Sandoval, o “Panda”. O homem de 3ª base teve sua pior temporada em 2015 e passou por cirurgia no ombro em 2016, ficando de molho durante toda a temporada. A rotação titular dos Red Sox pode dar muito trabalho aos ataques adversários, graças ao trio Chris Sale, Rick Porcello (Cy Young de 2016) e David Price (que se recupera de lesão).
Provável lineup: Dustin Pedroia (2B), Andrew Benintendi (LF), Mookie Betts (RF), Hanley Ramirez (DH), Xander Bogaerts (SS), Mitch Moreland (1B), Pablo Sandoval (3B), Jackie Bradley Jr. (CF), Sandy Leon (C)
Melhor rebatedor: Com a aposentadoria de David Ortiz, Mookie Betts deve assumir o posto de melhor rebatedor. O jovem de 24 anos teve em 2016 31 home runs, 113 RBIs e mais de 30% de aproveitamento e chegada em bases. Depois de ir ao All-Star Game e ganhar o Gold Glove e o Silver Slugger, 2017 poderá ter um ano ainda mais frutífero.
Provável rotação: Rick Porcello, Chris Sale, David Price, Steven Wright, Eduardo Rodriguez
Provável closer: Craig Kimbrel (31 saves em 2016, ERA de 3.40)
Melhor arremessador: Desde que chegou à MLB, na temporada 2010, Chris Sale soma 74 vitórias e 50 derrotas, com ERA e WHIP médios de 3.00 e 1.06, respectivamente. Número 1 em jogos completos e 2 em strikeouts em 2016, Sale já chega chamando a atenção e será uma peça importante na rotação, uma das mais fortes da Liga.
Manager: John Farrell (5º ano com a franquia, 339 vitórias e 309 derrotas entre 2013 e 2016)
Briga por: título da Divisão e World Series
Foto: Reprodução Twitter/Boston Red Sox
NEW YORK YANKEES
Campanha em 2016: 84-78 (4º na Divisão Oeste da Liga Americana)
O multicampeão New York Yankees não teve uma campanha de campeão em 2016. Mark Teixeira e Alex Rodriguez aposentaram-se, a equipe trocou o catcher Brian McCann com Houston e não tem mais o arremessador Nathan Eovaldi em sua rotação. Se Teixeira, McCann e Eovaldi saíram, chegam Aroldis Chapman (o retorno) e Matt Holiday – dois excelentes reforços.
Os Yankees são um misto de experiência e juventude. No ataque, Brett Gardner, Jacoby Ellsbury e Matt Holiday se juntam ao segundo-anista Gary Sanchez, que vai começar a temporada com muita pressão, depois dos ótimos números apresentados em 2016. A rotação titular é um mistério: Masahiro Tanaka e C.C. Sabathia têm potencial para repetir e/ou melhorar o que já fizeram de bom. Mas o que farão Michael Pineda, Luis Severino e Bryan Mitchell ou Adam Warren? Difícil prever. No bullpen, Aroldis Chapman e Dellin Betances serão responsáveis por dar a segurança que a equipe de New York precisa, garantindo algumas vitórias importantes.
Provável lineup: Brett Gardner (LF), Gary Sanchez (C), Greg Bird (1B), Matt Holiday (DH), Jacoby Ellsbury (CF), Didi Gregorius (SS), Starlin Castro (2B), Chase Headley (3B), Aaron Judge (RF)
Melhor rebatedor: Com Didi Gregorius lesionado, Starlin Castro passa a ser um dos principais nomes do lineup. Castro não é mais aquele ladrão de bases de 2011 e 2012 pelos Cubs (22 e 25, respectivamente), mas com 21 HRs, 30% de chegadas em bases e 43,3% de bases percorridas em 2016, é bom ficar de olho nele.
Provável rotação: Masahiro Tanaka, C.C. Sabathia, Michael Pineda, Luis Severino, Adam Warren/Bryan Mitchell
Provável closer: Aroldis Chapman (36 saves em 2016, ERA de 1.55)
Melhor arremessador: Submetido a uma cirurgia no cotovelo em 2015, Masahiro Tanaka se recuperou e teve desempenho de um ace em 2016 (3.07 ERA, 1.08 WHIP). Estando saudável, tem tudo para obter uma temporada muito produtiva em 2017.
Manager: Joe Girardi (10º ano com a franquia, 819 vitórias e 639 derrotas entre 2008 e 2016)
Briga por: Playoffs via Wild Card
Foto: Divulgação/MLB
TAMPA BAY RAYS
Campanha em 2016: 68-94 (5º lugar na Divisão Leste da Liga Americana)
O Tampa Bay Rays vem para mais um ano de coadjuvante. A rotação de arremessadores não traz mais Drew Smyly, agora em Seattle, mas recebeu Jose de Leon, vindo do Los Angeles Dodgers. O ace Chris Archer vem de um fraco 2016 e tenta se reencontrar com seus melhores dias. Jake Odorizzi e Blake Snell surgem como possíveis opções na rotação, depois de cravarem números consideráveis no ano passado. E os Rays terão a volta de Alex Cobb, recuperado da cirurgia Tommy John.
No bullpen, Tampa Bay conta com a chegada de Shawn Tolleson (ex-Rangers) e a presença do closer Brad Boxbeger. Mas, com Boxbeger lesionado, a vaga de fechador deve ficar com o promissor Alex Colome, dono de 37 saves em 2016. Outro que também merece destaque é Xavier Cedeno, homem de setup, líder da equipe na temporada passada com 19 holds.
A forte defesa dos Rays vai precisar de um grande ano de trabalho entre Kevin Kiermaier e o terceira-base Evan Longoria, pois Logan Forsythe (trocado com os Dodgers) e Alexei Ramirez (agente livre) não fazem mais parte da equipe. O ataque ainda tem Longoria como um de seus principais componentes, e devemos ficar de olho também em Cory Dickerson e Matt Duffy, com boas temporadas em 2016, além dos recém-chegados Wilson Ramos (ex-Nationals) e Colby Rasmus (ex-Astros).
Provável lineup: Kevin Kiermaier (CF), Logan Morrison (1B), Evan Longoria (3B), Brad Miller (2B), Corey Dickerson (DH), Matt Duffy (SS), Colby Rasmus (LF), Steven Souza (RF), Curt Casali (C)
Melhor rebatedor: Considerando temporadas de mais de 100 jogos, a de 2016 foi a melhor de Evan Longoria em home runs (36) e a 4ª melhor em corridas impulsionadas (98). Seu aproveitamento no bastão e porcentagem de chegadas em base são merecedores de respeito, ainda que abaixo de sua melhor temporada (2010) nessas estatísticas.
Provável rotação: Chris Archer, Jake Odorizzi, Alex Cobb, Matt Andriese, Blake Snell
Provável closer: Alex Colome (37 saves em 2016, ERA de 1.91)
Melhor arremessador: Chris Archer. Seu ano de 2016 foi o pior, desde sua estréia nos Rays em 2012, com ERA na faixa de 4.02. Seu FIP ficou longe do melhor da carreira (2.90). Mas, quando olho para o retrospecto do jovem de 28 anos, acredito que ele ainda pode evoluir e conseguir números cada vez melhores.
Manager: Kevin Cash (3º ano com a franquia, 148 vitórias e 176 derrotas entre 2015 e 2016)
Briga por: ter um ano com mais vitórias do que derrotas
Foto: Divulgação/MLB
TORONTO BLUE JAYS
Campanha em 2016: 89-73 (2º na Divisão Leste da Liga Americana – eliminado pelos Indians na final da AL por 4 a 1)
Toronto quase chegou à World Series no ano passado. E o time para esta temporada continua com algumas de suas principais forças, no ataque e da defesa. Mas, uma peça que já foi importante no ataque da equipe canadense mudou de endereço: Edwin Encarnacion, que foi para os Indians junto com o homem de 1ª base Chris Colabello. Para tentar aumentar a potência de um ataque já deveras potente com José Bautista, Josh Donaldson e Troy Tulowitzki, os Blue Jays trouxeram Kendrys Morales (ex-Royals) e Steve Pearce (ex-Orioles).
No montinho, com a ida de Brett Cecil para os Cardinals, Toronto precisou investir no seu grupo de relievers e deverá contar novamente com Jason Grilli e Joe Biagini e com os recém-chegados J.P. Howell (ex-Dodgers) e Joe Smith (ex-Angels e Cubs). Além disso, o bullpen dos Blue Jays terá a presença do closer Roberto Osuna, que impressionou nas suas duas primeiras temporadas. Mas, faço-lhes a seguinte pergunta: os relievers conseguirão entregar para Osuna jogos em condição de serem salvos?
Provável lineup: Devon Travis (2B), Troy Tulowitzki (SS), Josh Donaldson (3B), Jose Bautista (RF), Kendrys Morales (DH), Russell Martin (C), Justin Smoak (1B), Kevin Pillar (CF), Melvin Upton Jr. (LF)
Melhor rebatedor: Josh Donaldson teve dois anos excelentes em 2015 e 2016, mantendo uma constância que o credencia ao prêmio de MVP novamente, além de lhe render menções ao All-Star Game (com recorde de votos em 2015) e dois prêmios Silver Slugger da Liga Americana.
Provável rotação: Aaron Sanchez, Marcus Stroman, Marco Estrada, J.A. Happ, Francisco Liriano
Provável closer: Roberto Osuna (36 saves em 2016, ERA de 2.68)
Melhor arremessador: Marcus Stroman não teve em 2016 o seu melhor ano, com ERA de 4.37, mas seu talento é conhecido. Campeão mundial e MVP do World Baseball Classic em 2017 pela seleção dos Estados Unidos, ele começa o ano com moral elevado, tendo a chance de correr atrás de seu melhor ERA da carreira (1.67 em 2015).
Manager: John Gibbons (5º ano com a franquia, 339 vitórias e 309 derrotas entre 2013 e 2016)
Briga por: Playoffs, via Wild Card
Foto: Reprodução Twitter/Toronto Blue Jays
PRÉVIAS THE PLAYOFFS – MLB 2017
30/3 – NL East
31/3 – AL Central
1/4 – NL Central