[PRÉVIA] Como vem a Divisão Oeste da Liga Nacional da MLB em 2017
Los Angeles e San Francisco continuam os favoritos; Colorado, Arizona e San Diego correm por fora para esta temporada
Mais uma temporada da MLB está para começar. E com isso o The Playoffs traz mais uma prévia: vamos contar para você como as equipes da Divisão Oeste da Liga Nacional devem vir para esta temporada 2017.
Nesta divisão, duas franquias têm grandes chances de repetir as respectivas campanhas do ano passado, alcançando a pós-temporada, enquanto dois adversários são incógnitas e a última equipe, em processo de construção, mira o futuro. Vamos começar pela franquia de Phoenix.
ARIZONA DIAMONDBACKS
Campanha em 2016: 69-93 (4° na Divisão Oeste da Liga Nacional)
Em 2016, os D-Backs sofreram com lesões e desempenhos fracos. A aquisição do arremessador Zack Greinke antes da temporada passada mostrava que a equipe de Phoenix teria uma força maior no montinho. No entanto, o pitcher, ex-Dodgers, não correspondeu às expectativas e uma lesão no músculo oblíquo o tirou de atividade por um mês. Rumores de uma possível troca do arremessador surgiram no começo da intertemporada, porém o atleta permaneceu na equipe.
A contratação de Daniel Descalso por um ano e US$ 1,5 milhão ajuda na reposição defensiva do campo interno de Arizona em caso de lesões ou ajustes. A saída de Jean Segura para Seattle, em uma troca envolvendo o infielder Ketel Marte e o arremessador Taijuan Walker, prejudica no ataque e na defesa. O shortstop dominicano foi responsável por 20 home runs em 2016.
A chegada do fechador veterano Fernando Rodney dá mais profundidade e experiência ao um bullpen relativamente jovem. Outra saída importante foi a do catcher Welington Castillo. O dominicano optou pela free agency na offseason e assinou contrato com o Baltimore Orioles por um ano e US$ 13 milhões. Vieram ainda o receptor Jeff Mathis, ex-Marlins, por 2 anos e US$ 4 milhões em salários, o pitcher Patrick Corbin, o shortstop Chris Owings, o catcher Chris Herrmann e o pitcher Randall Delgado, todos em contrato de um ano.
Provável lineup: A.J. Pollock (CF), Jake Lamb (3B), Paul Goldschmidt (1B), Yasmani Tomas (LF), David Peralta (RF), Brandon Drury (2B), Chris Owings (SS), Chris Herrmann (C)
Melhor rebatedor: Paul Goldschmidt tem o maior WAR (Wins Above Replacement) do time entre o jogadores que ficaram para esta temporada, com 4.8. Jean Segura e Castillo foram embora, e colocaram mais pressão nas costas do infielder de 29 anos. Ano passado, “Goldy” conseguiu 172 rebatidas válidas, além de 24 homers, 95 corridas impulsionadas. A média no bastão de 29,7%, a porcentagem de chegada em base de 41,1% e o OPS (média de chegada em base + potência da rebatida) põe Goldschmidt não só como o melhor slugger do time, mas também como um dos melhores da MLB, indo 4 vezes ao All-Star Game. Para Arizona ter chances de alcançar a pós-temporada, a franquia precisará bastante do primeira base.
Provável rotação: Zack Greinke, Robby Ray, Patrick Corbin, Taijuan Walker, Shelby Miller
Provável closer: Fernando Rodney (25 saves em 2016, 3.44 ERA)
Melhor arremessador: Como já foi supracitado, Greinke não teve a temporada que se esperava no seu primeiro de contrato de 6 anos e US$ 206,5 milhões com os Diamondbacks. No entanto, ele ainda é o melhor pitcher em Phoenix. E mesmo com uma atuação abaixo das expectativas, o veterano de 33 anos teve um recorde pessoal de 13 vitórias e 7 derrotas ano passado. Seu WAR foi de 2.5 e é o terceiro do time nesta estatística. Sua média de corrida merecidas não empolga (4.37 ERA), porém o resto da rotação titular fica nessa média ou pior.
Além disso, a juventude é outro fato que faz de Zack Greinke o melhor pitcher dessa equipe. A experiência de 12 anos na MLB, 1 prêmio Cy Young e 3 All-Star Games do arremessador tira um pouco da pressão do resto da rotação, que tem média de 2,5 anos de jogo nas Grandes Ligas. Se ele voltar à forma da época em que defendeu Kansas City Royals e Los Angeles Dodgers, Arizona tem tudo para pelo menos sonhar com uma vaga nos playoffs.
Manager: Chip Hale (3° ano no comando da equipe, 148 vitórias e 176 derrotas entre 2015 e 2016)
Briga por: 3° lugar na divisão
COLORADO ROCKIES
Campanha em 2016: 75-87 (3° na Divisão Oeste da Liga Nacional)
A equipe de Denver é a única que realmente pode diminuir as chances de a dupla Dodgers/Giants ganhar a divisão. Só que os Rockies têm um problema recorrente: as lesões. O arremessador Chad Bettis está na lista de lesionados de 60 dias por conta de um câncer testicular. O recém-contratado infielder Ian Desmond e o catcher Tom Murphy ficam de fora até o fim de abril por causa de fraturas no na mão e no antebraço, respectivamente. O jovem outfielder David Dahl ainda não tem retorno certo devido a um problema nas costela. O pitcher Rayan Gonzalez é outro que deve permanecer longe dos campos durante um longo tempo. Ele vai se submeter a cirurgia Tommy John.
A aquisição do reliever Greg Holland, ex-Royals, por uma temporada e US$ 7 milhões em salários, traz profundidade e qualidade ao bullpen dos Rockies. O pitcher vem de uma recuperação da cirurgia Tommy John, mas se mantiver o bom aproveitamento que tinha em Kansas City, tem tudo pra ajudar Colorado nas entradas finais. Outro arremessador de relevo que chegou foi o free agent Mike Dunn, ex-Marlins.
O segunda base venezuelano Alexi Amarista também se juntou ao time de Denver nesta intertemporada em um contrato de um ano e US$ 1,25 milhão. Tyler Chatwood, Charlie Blackmon e Nolan Arenado prolongaram seus contratos e a vinda de Bud Black para o lugar de Walt Weiss como manager da equipe mostra que os Rockies estão dispostos a voltar à pós-temporada depois de 8 anos.
Provável lineup: Charlie Blackmon (CF), D.J. LeMahieu (2B), Nolan Arenado (3B), Carlos Gonzalez (RF), Ian Desmond (1B), Trevor Story (SS), David Dahl (LF), Tom Murphy (C)
Melhor rebatedor: Um jogador que anotou mais de 40 home runs nos dois últimos anos, um batting average de 29,4% e que impulsionou corridas 133 vezes em 2016. Nolan Arenado é o melhor rebatedor dos Rockies, mesmo com Carlos Gonzalez, Charlie Blackmon e Trevor Story no elenco. O terceira base campeão do WBC 2017 com o Team USA é o líder do time em WAR com 6.5, teve ano passado uma porcentagem de chegada em base de 36,2% e OPS de .932.
Provável rotação: Tyler Anderson, Tyler Chatwood, Jon Gray, Jeff Hoffman, Chris Rusin
Provável closer: Jake McGee (15 saves em 2016, 4.73 ERA)
Melhor arremessador: Tyler Chatwood é o pitcher mais confiável da starting rotation de Colorado. Tyler Anderson fez uma temporada muito boa em 2016, mas sua inexperiência pode afetar seu jogo durante uma full season, com risco de altos e baixos. Chatwood teve ERA de 3,87 em 2016, mais um Wins Above Replacement (WAR) de 3.7, um recorde pessoal de 12 vitórias e 9 derrotas e WHIP (walks+rebatidas válidas por entrada) de 1.37. A rotação titular dos Rockies é jovem e não tem tanta força para se impor contra grandes rebatedores. Com Tyler Chatwood bem, os outros companheiros terão mais confiança para arriscar e desenvolver seu jogo.
Manager: Bud Black (1ª temporada no Colorado)
Briga por: 3ª colocação na divisão, talvez vaga no wild card
LOS ANGELES DODGERS
Campanha em 2016: 91-71 (1° lugar na Divisão Oeste da Liga Nacional)
Uma das franquias favoritas a levar a divisão por mais um ano, a equipe da Cidade Dos Anjos manteve a base do time que chegou à final da Liga Nacional no ano passado. A troca da jovem promessa Jose De Leon para o Tampa Bay Rays pelo segunda base Logan Forsythe foi o que mais chamou a atenção no mercado para os Dodgers. De Leon é considerado um forte arremessador titular em formação, e a franquia optou por deixá-lo ir em troca de um infielder sólido na defesa e ataque, que chega com status de titularidade.
Outro fator importante foram as renovações de Kenley Jansen, Justin Turner e Chase Utley. A vinda do reliever Sergio Romo, ex-Giants, traz mais profundidade a um bullpen que teve dificuldades na pós temporada de 2016. De última hora, o arremessador Scott Kazmir entrou para disabled list dos Dodgers e não joga até pelo menos o fim de abril.
Provável lineup: Logan Forsythe (2B), Corey Seager (SS), Justin Turner (3B), Adrian Gonzalez (1B), Yasmani Grandal (C), Joc Pederson (CF), Andrew Toles (RF), Enrique Hernandez (LF)
Melhor rebatedor: Desde que estreou na MLB em 2015, Corey Seager vem mostrando que pode sim ser um power hitter confiável. O atual Novato da Ano da Liga Nacional conseguiu na sua primeira temporada completa com uma franquia de tradição 26 homers, 72 corridas impulsionadas, média no bastão de 30,8%, OBP (porcentagem de chegada em base) de 36,5% e on-base plus slugging (porcentagem de chegada em base+potência da rebatida) de .877. O offensive WAR do shortstop de Los Angeles é de 6.1, o mais alto da equipe.
Apesar de ter um lineup com rebatedores de números sólidos, os Dodgers precisam da potência e juventude de Corey Seager para avançar à pós-temporada.
Provável rotação: Clayton Kershaw, Rich Hill, Kenta Maeda, Hyun-Jin Ryu, Alex Wood/Julio Urias
Provável closer: Kenley Jansen (47 saves em 2017, 1.83 ERA, Reliever do Ano da NL 2016)
Melhor arremessador: Mesmo com o retrospecto ruim nos playoffs, Clayton Kershaw ainda é uma ameaça constante para o ataque adversário na temporada regular. O incrível ERA de 1.69 no último ano e recorde pessoal de 12 vitórias e 4 derrotas, mesmo ausente por mais de um mês devido a problemas na coluna, mostram como o pitcher é decisivo e essencial nos jogos que levam aos playoffs. Então, nesse quesito não há questionamentos a se fazer. É Kershaw e ponto final.
Manager: Dave Roberts (2° ano no comando da equipe)
Briga por: título da Divisão Oeste da Liga Nacional
SAN DIEGO PADRES
Campanha em 2016: 68-94 (5° lugar na Divisão Oeste da Liga Nacional)
O time da fronteira ao sul da Califórnia foi o que mais contratou na offseason e manteve seu franchise player no time. O primeira base Wil Myers fechou um novo contrato com San Diego por 6 anos e US$ 83 milhões em salários.
Chegaram também os pitchers Jered Weaver, que substitui Colin Rea na rotação, Trevor Cahill, Carter Capps, Brandon Maurer, Christian Freidrich e Brad Hand. O infielder Yangervis Solarte permanece na franquia com um contrato de 2 anos, além de vários jogadores que eram agentes livres. Um deles é Trevor Cahill, ex-Cubs, que fechou acordo de um ano e US$ 1,75 milhão.
O brasileiro André Rienzo ainda está no sistema do time e participou de partidas do Spring Training.
Provável lineup: Travis Jankowski (LF), Manuel Margot (CF), Wil Myers (1B), Yangervis Solarte (2B), Hunter Renfroe (RF), Luis Torrens (C), Ryan Schimpf (3B), Erick Aybar (SS)
Melhor rebatedor: Wil Myers é um nome importante em ascensão na MLB. O infielder de 26 anos anotou 28 HRs no ano passado, com média no bastão de 25,9%, 94 RBIs e OPS de .797. Apesar de ter Solarte como um nome a se respeitar no time, os Padres têm em Myers o seu melhor rebatedor
Provável rotação: Jhoulys Chacin, Trevor Cahill, Jered Weaver, Jarred Cosart, Clayton Richard
Provável closer: Brandon Maurer (13 saves em 2016, 4.52 ERA)
Melhor arremessador: Trevor Cahill vem de uma temporada boa com o Chicago Cubs, onde foi importante como reliever. Nos Padres, ele chega para fazer parte da rotação titular, trazendo experiência e repertório para o montinho. em 2016 foram 50 jogos disputados, com ERA de 2.74 e 66 strikeouts em 65 2/3 entradas em que arremessou.
Manager: Andy Green (1° temporada no comando a equipe)
Briga por: 4° colocação na divisão oeste da NL
SAN FRANCISCO GIANTS
Campanha em 2016: 87-75 (2° lugar na Divisão Oeste da Liga Nacional)
Outro concorrente ao título da divisão, o San Francisco Giants se mexeu pouco nesta offseason, com contratações pontuais e saídas que não prejudicam tanto a equipe. Mark Melancon veio para a Bay Area em um acordo de 4 anos e US$ 62 milhões. O closer ex- Nationals ocupará a vaga no bullpen que era de Sergio Romo, que foi para o arquirrival Los Angeles Dodgers. A situação do outfielder Angel Pagan ainda é incerta, e o porto-riquenho só voltará a San Francisco em um acordo de Minor League, mas isso dificilmente acomtecerá.
O pitcher Santiago Casilla só trocou de cidade no norte da Califórnia. O fechador campeão da World Series com San Francisco foi adquirido pelo Oakland Athletics. Nick Hundley chegou para ser o reserva de Buster Posey, e Conor Gillaspie renovou por mais um ano.
Provável lineup: Denard Span (CF), Joe Panik (2B), Brandon Belt (1B), Buster Posey (C), Hunter Pence (RF), Eduardo Nuñez (3B), Brandon Crawford (SS), Jarrett Parker (LF)
Melhor rebatedor: O poder de rebatidas de San Francisco é bem distribuído entre os jogadores do infied e outfield. No entanto, Buster Posey permanece como o destaque quando se fala de ataque. Foram 14 home runs na temporada passada para o 3x Silver Slugger da NL. Inclua nessa conta mais 80 RBIs, AVG de 30,3% e um OBP de 36,5%.
Provável rotação: Madison Bumgarner, Johnny Cueto, Matt Moore, Jeff Samardzija, Matt Cain
Provável closer: Mark Melancon (47 saves em 2016, 1.64 ERA)
Melhor arremessador: Um pitcher dominante durante a temporada regular e mais decisivo e perigoso nos playoffs. Madison Bumgarner tem tudo pra fazer mais uma ano de números extraordinários. Um recorde pessoal de 15 vitórias e 9 derrotas em 2016, ERA de 2.74 e WHIP de 1.028. Se os Giants almejam jogar a World Series, eles precisam de MadBum saudável e no ritmo perfeito.
Manager: Bruce Buchy (10° temporada no comando da equipe, 838-782)
Briga por: título da divisão ou vaga no wild card
(Fotos: 1- Divulgação/Twitter, 2-Facebook Arizona Diamondbacks, 3-Norm Hall/Getty Images, 4-Reprodução/Twitter, 5-Facebook LA Dodgers, 6-Divulgação/Twitter, 7-Divulgação/MLB)
PRÉVIAS THE PLAYOFFS – MLB 2017
29/3 – AL East
30/3 – NL East
31/3 – AL Central
1/4 – NL Central