[PRÉVIA] Como vem a Divisão Central da Liga Nacional da MLB em 2017
Chicago Cubs é novamente favorito na NL Central e também ao título
Em 2016 o tão esperado (tão esperado mesmo) título do Chicago Cubs chegou após longos 108 anos. Assim como previsto, a equipe de Illinois conseguiu aliar a qualidade de jovens com a experiência de grandes jogadores, e ainda fez medalhões jogarem em altíssimo nível. Tal evolução não nos permite pleitear muito sobre as outras equipes da Divisão Central da Liga Nacional para esta temporada da MLB. Os Cardinals brigarão novamente por uma vaga de Wild Card e os Pirates devem manter a posição intermediária.
Os “patinhos feios” são os mesmos: Cincinatti Reds e Milwaukee Brewers seguem sem grandes contratações ou bons prospectos; os Reds podem novamente repetir o pior aproveitamento na Liga Nacional. Os Pirates apostaram em esperar bons rendimentos de seus jogadores. Os Cards parecem estar numa fase de estabilidade técnica, e algumas mudanças podem deixar o futuro indefinido. Já os Cubs certamente terão todos os olhos do mundo do beisebol voltados para o lado azul de Chicago.
CHICAGO CUBS
Campanha em 2016: 103-58 (Campeão da NL Central, da Liga Nacional e da World Series)
Após a campanha arrasadora na temporada regular passada, os Cubs confirmaram todas as perspectivas de que esta seria uma grande equipe. E para 2017, não é absurdo dizer que a equipe está pronta para o título novamente. Kris Bryant foi o destaque da equipe campeã, o que lhe rendeu o prêmio de MVP da Liga Nacional. Jon Lester ressurgiu como um grande arremessador e Jake Arrieta e Kyle Hendricks não deram muitas chances aos rebatedores adversários. O time perdeu o closer Aroldis Chapman, mas contratou ninguém menos que Wade Davis, que não deve ter dificuldade para fechar jogos.
Na defesa a equipe perdeu outra grande estrela. Dexter Fowler transferiu-se para o rival Cardinals. Jason Heyward e o recém chegado Jon Jay provavelmente irão compor o campo externo junto com os jovens (e bons jogadores) Kyle Schwarber e Almora Jr, sendo que este último é pouco citado devido às grandes atuações dos outros jovens da equipe (Bryant, Rizzo, Baez, Russell). O outfield pode ser considerado o setor mais instável do time, mas há talento para não comprometer. Com muita força no ataque e na defesa, e uma constelação no montinho que você verá a seguir, dificilmente os Cubs não serão novamente a melhor equipe da temporada. O maior impasse será como não “enfraquecer” o ataque para melhorar a defesa.
Provável lineup: Kyle Schwarber (RF), Kris Bryant (3B), Anthony Rizzo (1B), Ben Zobrist (LF), Javier Baez (2B), Jason Heyward (CF), Wilson Contreras (C), Adisson Russell (SS)
Melhor(es) rebatedor(es): Kris Bryant e Anthony Rizzo terminaram a temporada com números bastante parecidos, ambos com 29,2% de aproveitamento no bastão e 38,5% de chegadas em base. Bryant conseguiu apenas 6 rebatidas a mais nos mesmos 155 jogos deles (176 e 170 respectivamente). Ambos são 2 máquinas ofensivas, o diferencial é que Bryant vem com o status de MVP.
Provável rotação: Jon Lester, Jake Arrieta, Kyle Hendricks, John Lackey, Brett Anderson/Mike Montgomery
Provável closer: Wade Davis (27 saves em 2016, ERA de 2.29)
Melhor arremessador: Jon Lester foi considerado o segundo melhor arremessador da Liga Nacional na temporada passada. Com 19 vitórias e apenas 5 derrotas em 32 jogos iniciados, Lester teve ótimos números cedidos: 154 rebatidas, 57 corridas e 55 corridas merecidas, qque podem ser citados até como os melhores na carreira (acima de 30 jogos disputados). Mas um alto número de home runs o deixou com o ERA de 3.41.
Manager: Joe Maddon (3º ano com a franquia, 200 vitórias e 123 derrotas entre 2015 e 2016)
Briga por: título da Liga Nacional e da World Series
Foto: Reprodução/MLB.com
CINCINNATI REDS
Campanha em 2016: 68-94 (5º na Divisão Central da Liga Nacional)
Agora teremos que falar do outro extremo. Os Reds não contrataram e podem perder alguns jogadores por lesões ocorridas neste Spring Trainning. O arremessador Homer Bailey teve que passar por uma cirurgia no ombro e seu contrato de US$ 49 milhões parece ter travado ainda mais as pretensões de reconstrução da equipe nesta temporada. Fora algumas tentativas frustradas de trocas de jogadores e a perda de seu melhor arremessador, Dan Straily, que foi para o Miami Marlins.
A maior arma continua sendo Joey Votto, que a cada temporada se mostra um dos melhores rebatedores da MLB. Mas seus 33 anos de idade e US$ 157 milhões possivelmente a receber até 2024 não parecem enquadrados em uma equipe que procura reformulação. Com um ataque que é consideravelmente produtivo no bastão, mas que pouco transforma essa produtividade em corridas, e com uma rotação titular sem grandes nomes, resta aos Reds fazer um bom trabalho no draft e sonhar com dias melhores daqui alguns anos.
Provável lineup: Billy Hamilton (CF), Jose Peraza (2B), Joey Votto (1B), Adam Duvall (LF), Scott Schebler (RF), Zack Cozart (SS), Eugenio Suarez (3B), Devin Mesoraco (C)
Melhor rebatedor: Joey Votto, mesmo com menos corridas impulsionadas (86) e home runs (27) que Adam Duvall, terminou a temporada passada com mais rebatidas (91) e os incríveis números de 31,2% de aproveitamento no bastão e 42,1% de chegadas em base. Certamente o jogador com maior potencial ofensivo da equipe.
Provável rotação: Brandon Finnegan, Scott Feldman, Anthony DeSclafani, Rookie Davis, Amir Garrett
Provável closer: posição dividida entre Raisel Iglesias, Drew Storen, Michael Lorenzen e Tony Cingrani
Melhor arremessador: Brandon Finnegan é o novo ace, mas seu ERA de 3.98 e as apenas 10 vitórias (11 derrotas) em 31 jogos na temporada passada não dão sequer margem para que a equipe possa motivar-se nesta temporada.
Manager: Bryan Price (4º ano com a franquia, 208 vitórias e 278 derrotas entre 2014 e 2016)
Briga por: nada
Foto: Reprodução/MLB.com
MILWAUKEE BREWERS
Campanha em 2016: 73-89 (4º na Divisão Central da Liga Nacional)
Os Brewers já estão no árduo processo de renovação, mas o lineup não impressiona. Ryan Braun segue como o melhor jogador. Jonathan Villar também ajuda como leadoff e o grande prospecto venezuelano Orlando Arcia deixa o infield regular. Mas a perda de Prince Fielder, Jonathan Lucroy e Carlos Gomes durante os últimos anos mostrou na temporada passada que a equipe passará por apuros. Mas surge como esperança o fato de que cinco grandes prospectos podem conseguir alguns jogos na equipe principal nesta temporada.
As notícias boas começam pelo montinho. A capacidade da rotação titular é de jogadores experientes que conseguem grande número de strikeouts. Seu ace pitcher, Junior Guerra, mesmo com 32 anos de idade e apenas em sua 3ª temporada na MLB, teve uma grande temporada no ano passado, assim como o jovem Zach Davies que já se mostrou uma surpresa com grandes atuações e apenas 24 anos de idade. Mas o ataque precisa se fortalecer para que a equipe consiga vencer mais jogos.
Provável lineup: Jonathan Villar (2B), Keon Broxton (CF), Ryan Braun (LF), Eric Thames (1B), Domingo Santana (RF), Travis Shaw (3B), Orlando Arcia (SS), Andrew Susac (C)
Melhor rebatedor: Ryan Braun, após uma temporada mediana na temporada de 2015, voltou a ter bons números na temporada passada, conseguindo diminuir o número de strikeouts sofridos (98 em 511 at bats), contribuindo com 91 corridas impulsionadas (30 HRs) e 30,5% de aproveitamento no bastão.
Provável rotação: Junior Guerra, Matt Garza, Zach Davies, Chase Anderson, Willie Peralta
Provável closer: Neftali Feliz (atuou como reliever em 2016, ERA de 3.52)
Melhor arremessador: Junior Guerra foi muito mal no White Sox em 2015, sua estreia na MLB; em 2016 ganhou uma vaga nos Brewers e deu a volta por cima. O ótimo ERA de 2.81 para um starter e suas 9 vitórias (3 derrotas) em 20 partidas lhe deram o status de ace. Foram apenas 40 corridas cedidas (10 HRs) e 43 bases por walk, o que lhe deixou com a ótima estatística de 1,13 de bases cedidas por entrada arremessada. Olho nele!
Manager: Craig Counsell (3º ano dele como manager dos Brewers; 134 vitórias e 165 derrotas entre 2015 e 2016)
Briga por: nada
Foto: Reprodução/MLB.com
PITTSBURGH PIRATES
Campanha em 2016: 78-83 (3º na Divisão Central da Liga Nacional)
Em Pittsburgh, o clima é de dúvidas sobre quanto o time pode render. Mesmo conseguindo um grande número de vitórias, acabou sendo definitivamente ultrapassado por Cubs e Cardinals e precisará se reinventar para alcançar os playoffs nesta temporada, já que também não trocou muitas peças. De quebra, perdeu os arremessadores Neftali Feliz (RP), Ryan Vogelsong (SP) e Jeff Locke (SP). A ordem é tentar extrair o máximo de cada jogador, novamente.
O que mais se comenta é que para o time engrenar sua grande estrela, Andrew McCutchen, deve atuar perto do que fez em 2013, quando foi o MVP da Liga Nacional. Um pouco de pressão para o outfielder que hoje está com 31 anos. A pressão existe, não só para o potencial individual, mas também para fortalecer o lineup da equipe, que se consolidado, ajuda o trabalho dos pitchers. Na temporada passada eles não foram bem. E dessa forma, ainda resta torcer para que o bullpen ainda dê a volta por cima para que esse time se encaixe.
Provável lineup: Josh Harrison (2B), Josh Bell (1B), Andrew McCutchen (RF), Starling Marte (CF), Gregory Polanco (LF), David Freese (3B), Francisco Cerveli (C), Jordy Mercer (SS)
Melhor rebatedor: Starling Marte é o que possui a maior média de rebatidas (29,7%), mas se mostra menos efetivo que Andrew McCutchen, que mesmo com menor média (27,6%) teve 109 at bats a mais na temporada passada; e ainda conseguiu 24 home runs, contra apenas 9 de Marte. A equipe precisa de um maior rendimento de ambos.
Provável rotação: Gerrit Cole, Jameson Taillon, Ivan Nova, Chad Kulh, Tyller Glasnow/Trevor Williams
Provável closer: Tony Watson (15 saves em 2016, ERA de 3.06)
Melhor arremessador: É sempre esperado que Gerrit Cole renda em alto nível, algo que começou quando ele ainda era um prospecto. Foram boas temporadas até 2015, mas ano passado o desempenho geral foi ruim (7 vitórias e 10 derrotas em 21 jogos iniciados), e talvez esta seja a última oportunidade de mostrar que ele pode liderar o montinho. Terminou a temporada com ERA 3.88.
Manager: Clint Hurdle (7º ano com a franquia, 509 vitórias e 462 derrotas entre 2011 e 2016)
Briga por: improvável vaga de Wild Card
Foto: Reprodução/MLB.com
ST. LOUIS CARDINALS
Campanha em 2016: 86-76 (2º na Divisão Central da Liga Nacional)
Após 5 anos consecutivos indo à pós-temporada, o St. Louis Cardinals não conseguiu sequer uma vaga de Wild Card em 2016. Para a restruturação, anunciaram a contratação do campeão Dexter Fowler para o campo central, o que já estabelece posições no outfield; completado por Stephen Piscotty (RF) e Randal Grichuck (LF). Outra mudança é que Matt Carpenter será movido definitivamente para a 1ª base, trazendo mais consistência ofensiva para equipe, que possui bons nomes. O ataque produziu muitos home runs na temporada passada (225), mas ficou dependente disto para anotar corridas.
Com as mudanças citadas o banco de reservas fica fortalecido com Matt Adams, Jedd Gyorko e Tommy Phan; e se as lesões não forem um problema novamente, o montinho é capaz de ajudar o time a trazer mais vitórias e quem sabe a vaga nos playoffs. Atrás do home plate, Yadier Molina demonstrou ainda estar em grande nível após o WBC deste ano. Carlos Martinez passa a ser o novo ace da equipe. Tudo leva a crer que essas pequenas mudanças podem levar o time a outro patamar, mas também há a possibilidade de se repetir a temporada passada, sem vaga nos playoffs.
Provável lineup: Dexter Fowler (CF), Aledmys Dias (SS), Matt Carpenter (1B), Stephen Piscotty (RF), Yadier Molina (C), Jhonny Peralta (3B), Randal Grichuck (LF), Kolten Wong (2B)
Melhor rebatedor: Matt Carpenter segue em alto nível (27,1% de aproveitamento), mas teve um grande declínio em sua capacidade de impulsionar corridas; foram apenas 68 na temporada passada (21 HRs). A equipe em geral precisa melhorar seu potencial ofensivo.
Provável rotação: Carlos Martinez, Mike Leake, Adam Wainwright, Michael Wacha, Lance Linn
Provável closer: Seung-Hwan Oh (19 saves em 2016, ERA de 1.92)
Melhor arremessador: Carlos Martinez assume o posto de ace pitcher, após a desastrosa temporada de Waino. Nada mais justo para o jovem de 25 anos, que parece não sentir o peso desta responsabilidade. ERA de 3.04 e 16 vitórias (9 derrotas) em 31 partidas iniciadas no ano passado.
Manager: Mike Matheny (6º ano com a franquia, 461 vitórias e 349 derrotas entre 2012 e 2016)
Briga por: Wild Card
Foto: Divulgação/MLB
PRÉVIAS THE PLAYOFFS – MLB 2017