[PRÉVIA] A Divisão Leste da Liga Americana da MLB em 2019
Com Yankees e Red Sox em prateleira superior, AL East deve ter roteiro semelhante àquele de 2018
A Divisão Leste da Liga Americana da MLB inicia 2019 em situação semelhante àquela vista nos anos de 2017 e 2018. Visivelmente dividida em três prateleiras, todos os prognósticos apontam para New York Yankees e Boston Red Sox como amplamente favoritos, Tampa Bay Rays podendo surpreender e Toronto Blue Jays e Baltimore Orioles pensando em 2020.
O New York Yankees pode destronar o Boston Red Sox, após os meias vermelhas terem conquistado o título da divisão nas últimas três temporadas. A equipe nova-iorquina contratou bem na free agency e tem um “poder de fogo” escancaradamente bom.
Os Red Sox, por sua vez, querem disputar mais uma World Series, impedindo o maior rival de ganhar a divisão pela primeira vez desde 2012. A equipe do estado de Massachusetts perdeu algumas poucas peças, tem problemas no bullpen e aparece aqui levemente abaixo dos Yankees.
Cabe ressaltar que New York Yankees e Red Sox devem protagonizar uma “briga de foices no escuro”. Então, a diferença na campanha de ambas as equipes deve ser mínima, podendo qualquer uma levar a divisão. Nas casas de aposta estadunidenses, por exemplo, a margem de vitória dos Bronx Bombers é de 96,5, ao passo que Boston tem cotação de 94,5 vitórias. É muito equilíbrio!
Numa segunda prateleira, temos o Tampa Bay Rays. A equipe da Flórida surpreendeu no ano passado com 90 vitórias e, provavelmente, neste ano, brigaria pelo título em outras divisões. Na AL East, os raios podem repetir a campanha positiva e almejar uma vaga no wild card.
Logo abaixo, abrindo a última prateleira, surge a equipe canadense do Toronto Blue Jays. Numa profunda reconstrução e podendo lançar vários prospectos de boa qualidade, os pássaros azuis não devem ter campanha positiva, mas já vislumbram temporadas frutíferas à frente, com possibilidade de retorno à World Series num futuro não tão distante.
Por último, o Baltimore Orioles não oferece risco algum. A equipe que era ruim em 2018 deve se manter no mesmo patamar ou piorar ainda mais! O histórico horrível da franquia de Maryland deve permanecer após mais uma offseason morna, sem qualquer movimentação significativa. Bom, os Orioles vão jogar 162 jogos, podendo ter três dígitos na quantidade de derrotas, e é só.
Desse modo, a Divisão Leste da Liga Americana tem um cenário bem definido. Mas, como beisebol não se joga no papel, tampouco em telas de computadores, surpresas podem acontecer e embaralhar as perspectivas para mais uma temporada que bate à porta.
Confira como vem a AL East na última prévia do The Playoffs para a MLB 2019.
BALTIMORE ORIOLES
Campanha em 2018: 47-115 (5º lugar na Divisão Leste da Liga Americana)
O Baltimore Orioles teve um 2018 sofrível, vencendo apenas 47 jogos. Mais uma péssima campanha provocou várias demissões, com destaque para o manager, Buck Showalter, que estava na equipe desde 2010, e Dan Duquette, que era general manager da franquia. O front-office foi reformulado e Brandon Hyde, ex-Chicago Cubs, chegou para ser o técnico da equipe. Mike Elias, que teve sucesso na recente reconstrução do Houston Astros, assumiu a função de GM. Além disso, houve mudanças em todos os departamentos do clube, o que presume mudanças analíticas para temporadas vindouras, tendo já em vista a primeira escolha do próximo Draft.
No elenco, destaque para a chegada do veterano Nate Karns, que veio do rival de divisão Tampa Bay Rays. Lesionado, Karns não atuou na última temporada, mas tem um histórico bom no Kansas City Royals e, se saudável, pode beliscar uma vaga na rotação de Baltimore, que ainda é muito fraca. Nas saídas, realce para Adam Jones, que foi para o Arizona Diamondbacks, representando uma considerável perda para o time.
A rotação dos Orioles teve o pior ERA combinado da última temporada entre as 30 franquias da Liga e, por isso, melhora um pouco com a chegada de Karns. Mas, nada além disso. O corpo de arremessadores titulares é bastante mediano, com leve destaque para Alex Cobb e Dylan Bundy.
No lineup, nada de muito empolgante também. Contando com uma mescla de jovem atletas com alguns poucos veteranos, a equipe de Baltimore não deve incomodar. Entre os novatos, faz-se uma pequena menção a Renato Núñez e, entre os demais, Cedric Mullins, Jonathan Villar e Trey Mancini podem proporcionar alguns bons números.
Chris Davis, que teve uma última temporada horrorosa com 16,8% de aproveitamento no bastão, e parece piorar a cada ano, não deve ser manchete de jornais.
Mark Trumbo, mesmo decadente, ainda é uma boa arma no bastão (daí se percebe a qualidade desta equipe), mas pode ser negociado até julho, caso tenha um bom desempenho. Contudo, inicia a temporada na lista de lesionados.
O bullpen também é mediano, com poucos nomes que possam representar perigo aos adversários. Mychal Givens e Richard Bleier são os principais nomes. Na defesa, os Orioles têm outfielders que deixam a desejar e um infielder que possui alguns nomes de mais qualidade, tais como Núñez, Villar e Richie Martin.
Provável lineup: Cedric Mullins (CF), Jonathan Villar (2B), Tray Mancini (1B), Chris Davis (Mark Trumbo) (DH), Joey Rickard (RF), Renato Núñez (3B), D.J. Stewart (LF), Richie Martin (SS), Pedro Severino (C).
Melhor rebatedor: Mark Trumbo (que começa a temporada machucado) – Em 2018, teve 17 home runs, 44 corridas impulsionadas, 26,1% de aproveitamento no bastão e 31,3% de chegadas em base.
Provável rotação: Andrew Cashner, Dylan Bundy, David Hess, Mike Wright Jr, Nate Karns (Alex Cobb).
Provável closer: Mychal Givens (9 saves em 2018, ERA de 3.99).
Melhor arremessador: Alex Cobb (que, lesionado, não joga a primeira semana da temporada) – Mesmo com um desempenho mediano nas últimas temporadas, ainda parece ser o mais confiável da rotação. Em 2018, teve recorde pessoal 5-15, ERA 4.90 e 102 strikeouts em 152.1 entradas arremessadas.
Manager: Brandon Hyde (1º ano com a franquia / sem histórico).
Briga por: não ficar com a pior campanha da MLB.
Projeção de posição na divisão: 5º
Foto: Reprodução / Twitter Baltimore Orioles
TORONTO BLUE JAYS
Campanha em 2018: 73-89 (4º lugar na Divisão Leste da Liga Americana)
O Toronto Blue Jays chega à temporada 2019 com novo técnico, após a demissão de John Gibbons, que estava em terras canadenses há seis anos. Charlie Montoyo chegou em seu lugar para liderar o desenvolvimento de uma legião de jovens que têm futuro.
Visivelmente em uma temporada de reconstrução, a franquia canadense deve utilizar alguns de seus bons prospectos, uma vez que já não conta mais com a grande maioria dos atletas da temporada de 2016, na qual a equipe chegou à final da Liga Americana. Dessa forma, não é possível apostar nos Blue Jays como candidatos aos playoffs, porém também não estão tão mal a ponto de brigar com o Baltimore Orioles pela quarta colocação na divisão.
Entre as boas peças do elenco, podemos destacar os prospectos Vladimir Guerrero Jr. e Bo Bichette. Guerrero, que é terceira base e número 1 na lista de prospectos da MLB, é tido como um dos principais jogadores dos últimos anos e deve iniciar o ano nas ligas menores. Mas, seu upgrade é tido como natural, dada a sua grande capacidade no bastão, se colocando como um possível forte concorrente ao rookie of the year. Bichette também figura bem na lista da MLB, estando na 11ª colocação.
Além de Guerrero e Bichette, vale salientar que Toronto também conta, entre os jogadores mais jovens, com Lourdes Gurriel Jr. e Billy McKinney, que possuem grande potencial de crescimento num futuro promissor para a equipe dos pássaros azuis. Assim, é nítida uma reconstrução mais eficiente se comparada com os Orioles, podendo ser projetada uma equipe que pode mandar muitas bolas pra além do muro do Rogers Centre em anos não muito longínquos. Resta entender se a franquia da província de Ontário não vai segurar os jogadores mencionados, como Guerreiro Jr., para manipular o seu tempo na MLB e, portanto, economizar dinheiro.
Ainda no lineup, alguns jogadores mais experientes podem ter bons números e levar os Blue Jays a ganhar mais jogos que o esperado. Entre eles, destacam-se Kevin Pillar e Justin Smoak. Devon Travis deve perder o começo da temporada, em virtude de uma cirurgia no joelho. Danny Jansen, que teve um ótimo final de temporada, deve ir para a o final da lista de rebatedores. De última hora, Kendrys Morales foi trocado para o Oakland Athletics.
A rotação é “ok” e nada mais. Marcus Stroman e Aaron Sanchez ditam o arremesso da bolinha e devem ter bons números (caso se mantenham saudáveis), haja visto o fato de estarem em seu último ano de contrato. Aliás, vários jogadores da equipe possuem contratos se encerrando nesta e na próxima temporada, sugerindo a possibilidade de muitas trocas até 31 de julho.
O restante dos arremessadores titulares conta com as contratações dos free agents Matt Shoemaker e Clayton Richard, pitchers que não devem se destacar dentro de uma divisão que tem Boston Red Sox e New York Yankees.
O bullpen também é (bem) mediano, dispondo de arremessadores de pouca inspiração. Provavelmente, Ken Giles é o nome mais interessante. Elvin Luciano, de apenas 19 anos, desponta como uma grande promessa. Ele foi escolhido no último Draft, mas já é apontado como um promissor jogador. David Phelps chegou no começo do ano, após passar pela cirurgia Tommy John em 2018, e deve integrar o bullpen em algum momento da temporada.
Provável lineup: Billy McKinney (DH), Lourdes Gurriel Jr. (2B), Teoscar Hernandez (LF), Justin Smoak (1B), Kevin Pillar (CF), Randal Grichuk (RF), Brandon Drury (3B), Freddy Galvis (SS), Danny Jansen (C).
Melhor rebatedor: Kevin Pillar – Em 2018, teve 15 home runs, 59 corridas impulsionadas, 25,2% de aproveitamento no bastão e 28,2% de chegadas em base.
Provável rotação: Marcus Stroman, Matt Shoemaker, Clayton Richard, Clay Bucholz, Aaron Sanchez.
Provável closer: Ken Giles (14 saves em 2018, ERA de 4.12).
Melhor arremessador: Aaron Sanchez – Mesmo sem um desempenho bom na última temporada e com números semelhantes a Marcus Stroman, ainda é o arremessador mais longevo e eficiente da rotação. Em 2018, teve recorde pessoal 4-6, ERA 4.89 e 86 strikeouts em 105 entradas arremessadas.
Manager: Charlie Montoyo (1º ano com a franquia / sem histórico).
Briga por: nada
Projeção de posição na divisão: 4º
Foto: Reprodução / Twitter Toronto Blue Jays
TAMPA BAY RAYS
Campanha em 2018: 90-72 (3º lugar na Divisão Leste da Liga Americana)
O Tampa Bay Rays surpreendeu na temporada passada e, em determinados momentos, ameaçou o domínio dos poderosos New York Yankees e Boston Red Sox. Numa fase mais avançada de reformulação de roster que o Toronto Blue Jays, a equipe do oeste do estado da Flórida sonha com a pós-temporada, mesmo que a tarefa não seja das mais fáceis. Nas projeções mais realistas, são colocados na briga pela segunda vaga de wild card da Liga Americana, batalhando, sobretudo, com Minnesota Twins, Oakland Athletics e Los Angeles Angels.
A offseason foi bastante movimentada e, nela, chegaram o catcher Mike Zunino e os arremessadores Emilio Pagan e Charlie Morton, além do bom terceira base Yandy Diaz. Zunino, além de ser um recebedor seguro, tem muita potência no bastão (95 home runs na carreira, sendo 20 apenas em 2018). Diaz foi a adição mais notável e é certeza de bom desempenho no bastão, uma vez que seu braço direito costuma manejar um bastão que insiste em rebater bolas (28,3% de aproveitamento na carreira).
Entretanto, nem tudo são flores em Tampa Bay. No período sem jogos oficiais, saíram, entre os principais nomes, Sergio Romo (para o Miami Marlins), Carlos Gómez (para o New York Mets) e o explosivo C.J. Cron (para o Minnesota Twins). Os cortes e a consequente readequação do elenco fazem da franquia do sudeste dos EUA a última no ranking das folhas salariais da MLB.
O outfield da equipe dos Rays é relativamente bom, contando com Tommy Pham, Austin Meadows e Kevin Kiermaier. Todavia, não trata-se de jogadores tão decisivos como os (imprevisíveis) arremessadores que, na prática, determinarão se Tampa Bay disputará ou não a pós-temporada após seis anos.
Na temporada passada, o manager da equipe, Kevin Cash, revolucionou o jogo, promovendo a entrada de relievers como abridores. A estratégia gerou bons frutos e redução de ERA (fortes relievers enfrentando o topo da linha de rebatedores adversários), devendo, por isso, ser mantida em 2019. Assim, o bullpen, que é bom, precisará de força para manter a famigerada estratégia de pé, tendo alguns bons nomes como Jose Alvarado, Diego Castillo, Ryne Stanek e Hunter Wood.
Na rotação, o grande nome é Blake Snell. De contrato novo, o vencedor do prêmio Cy Young da Liga Americana de 2018 deve liderar os arremessos, sendo seguido por Morton e Tyler Glasnow. Glasnow é conhecido por sua bola rápida de quatro costuras e tem um formidável potencial de crescimento. No geral, é uma rotação que ainda deixa a desejar e, como já salientado, pode surpreender positivamente ou negativamente.
Provável lineup:Austin Meadows (RF), Tommy Pham (LF), Ji-Man Choi (1B), Brandon Lowe/Avisail Garcia (DH), Yandy Diaz (3B), Joey Wendle (2B), Willy Adames (SS), Kevin Kiermaier (CF), Mike Zunino (C).
Melhor rebatedor: Joey Wendle – 30% de aproveitamento, 35,4% de chegadas em base, 7 home runs, 61 corridas impulsionadas.
Provável rotação: Blake Snell, Charlie Morton, Ryan Yarbrough, Tyler Glasnow, Yonny Chirinos.
Provável closer: Jose Alvarado (8 saves em 2018, ERA de 2.39).
Melhor arremessador: Blake Snell – Venceu o prêmio Cy Young da Liga Americana da temporada passada, ganhou novo contrato, e pode crescer ainda mais. Em 2018, teve recorde pessoal 21-5, ERA 1.89 e 221 strikeouts em 180.2 entradas arremessadas.
Manager: Kevin Cash (desde 2015 / 648 partidas: 318 vitórias e 330 derrotas).
Briga por: vaga nos playoffs, via wild card.
Projeção de posição na divisão: 3º
Foto: Reprodução / Twitter Tampa Bay Rays
BOSTON RED SOX
Campanha em 2018: 108-54 (campeão da Divisão Leste da Liga Americana e da World Series)
O atual campeão da MLB e tricampeão da AL East, Boston Red Sox, conquistou nada mais, nada menos que 108 vitórias na temporada passada. O manager Alex Cora desempenhou um papel crucial na conquista, sendo apontado pela mídia especializada como um dos principais responsáveis pela conquista da World Series (a segunda da década). Caso não conquiste a divisão, como prevemos nesta prévia, os Red Sox deverão avançar aos playoffs por meio do wild card, considerando uma expectativa pessimista de 90 vitórias.
A base do elenco campeão foi mantida, com exceção do bullpen, que está enfraquecido. É no bullpen que reside o ponto fraco de Boston em comparação com os Yankees, que têm relievers invejáveis. Tal enfraquecimento se deu a partir das perdas de Craig Kimbrel (ainda sem local para jogar beisebol, não devendo voltar para a equipe) e Joe Kelly (para o Los Angeles Dodgers). A reposição (não à altura) veio por meio de Colton Brewers e Jenrry Mejia.
Steven Wright está suspenso pelos primeiros 80 jogos da temporada e é mais uma dificuldade aqui. De resto, Ryan Brasier e Matt Barnes parecem os mais confiáveis. No geral, o núcleo do bullpen não é ruim, mas não entrega performances tão sólidas como outros da Liga, além de não ter um grande closer.
O lineup de Boston é incrivelmente bom. Andrew Benintendi, Mookie Betts (atual MVP da Liga Americana) e Jackie Bradley Jr. formam um campo externo sem problemas aparentes. São jogadores completos e podem ganhar jogos para os meias vermelhas fazendo belas defesas ou rebatendo para longe. O infield também é excelente, com destaque para Xander Bogaerts e Mitch Moreland. Rafael Devers, terceira base, é um jovem de grande potencial, caso consiga se manter fora do departamento médico.
E o que falar do rebatedor designado J.D. Martinez, que teve 33% de aproveitamento no bastão e rebateu 43 home runs na temporada passada? Provavelmente, a única deficiência do campo interno seja a segunda base, que terá Brock Holt no lugar do sempre lesionado Dustin Pedroia. Desta posição, Ian Kinsler foi trocado para o San Diego Padres. Christian Vasquez, o catcher, é mediano devido, principalmente, ao seu aproveitamento no bastão.
Se o lineup é muito bom, a rotação da equipe de Massachusetts não fica atrás. Liderada por Chris Sale, David Price e Rick Porcello, a lista de arremessadores titular é garantia de grandes vitórias nos campos da MLB. Some-se a eles Nathan Eovaldi, que teve um ótimo 2018 e tem pretensões manifestas de melhorar ainda mais o seu desempenho neste ano. Eduardo Rodriguez, que consegue ter uma taxa elevada de strikeouts, fecha um setor fantástico, que tem, como preocupação maior, a saúde de Sale.
Provável lineup: Andrew Benintendi (LF), Mookie Betts (RF), J.D. Martinez (DH), Xander Bogaerts (SS), Mitch Moreland (1B), Rafael Devers (2B), Eduardo Nunez (3B), Jackie Bradley Jr. (CF), Christian Vasquez (C).
Melhor rebatedor: Mookie Betts – Em 2018, teve 32 home runs, 80 corridas impulsionadas, 34,6% de aproveitamento no bastão e 43,8% de chegadas em base.
Provável rotação: Chris Sale, David Price, Rick Porcello, Nathan Eovaldi, Eduardo Rodriguez.
Provável closer: Ryan Brasier (nenhum save em 2018, ERA de 1.60).
Melhor arremessador: Chris Sale – Apesar da “redenção” de David Price na temporada passada, Sale ainda é o “cara”. Em 2018, teve recorde pessoal 12-4, ERA 2.11 e 237 strikeouts em 158 entradas arremessadas.
Manager: Alex Cora (desde 2018 / 176 partidas: 119 vitórias e 57 derrotas).
Briga por: World Series.
Projeção de posição na divisão: 2º
Foto: Reprodução / Twitter Boston Red Sox
NEW YORK YANKEES
Campanha em 2018: 100-62 (2º da Divisão Leste da Liga Americana e eliminado nas semifinais para o Boston Red Sox)
O New York Yankees fez uma excelente temporada 2018, ganhando 100 partidas e rebatendo 267 home runs (querendo mais nesta temporada). Porém, isso não foi suficiente para vencer a divisão, em virtude da campanha estratosférica do Boston Red Sox. Mesmo assim, se classificou para o wild card e venceu o Oakland Athletics. Mas, vieram os Red Sox novamente e o sonho dos Yankees de voltar à World Series cessou.
Querendo incessantemente o título da MLB, os Yankees não ficaram parados. Se movimentaram na offseason e reforçaram um elenco que já era muito bom. O principal nome que chegou ao Bronx foi James Paxton, advindo do Seattle Mariners. Ele chegou para ser o ace da franquia e tem plena capacidade de reforçar uma rotação equilibrada e estável, que ainda tem Masahiro Tanaka, J.A. Happ, Luis Severino e CC Sabathia. Entretanto, os últimos dois estão machucados e, enquanto não voltam, devem dar lugar a Domingo German e Luis Cessa.
A rotação da equipe de Nova York não tem “o cara” como Chris Sale e David Price do Boston Red Sox. Mas, é mais equilibrada, ainda mais com a chegada de Sabathia, que fez uma boa temporada no ano passado. Severino, mesmo com um histórico de falhas em grandes jogos, representa segurança no montinho. A saída de Sonny Gray (para o Cincinnati Reds) parece um movimento acertado, já que nunca se encaixou na Big Apple.
Outro atleta que encontra-se machucado é Didi Gregorius, que ainda deve perder uns meses em sua recuperação da cirurgia Tommy John. Para o lugar dele, foi trazido Troy Tulowitzki, que, apesar de ter atuado pouco nas duas últimas temporadas e ser considerado por muitos como uma incógnita, é um bom shortstop. Para a mesma posição, ainda há a possibilidade de inserir Gleyber Torres, “empurrando” D.J. LeMahieu (outra boa adição) para a segunda base. A propósito, LeMahieu tem condições, tranquilamente, de ser um utility man. No bastão, pode jogar a bola para os dois lados do campo.
O bullpen de New York é espantosamente bom. Aroldis Chapman, Adam Ottavino (substituindo bem a significativa perda de David Robertson), Dellin Betances, Zack Britton, Chad Green e Tommy Kahle formam um sexteto de botar medo em muitas rotações titulares da MLB. A possibilidade destes arremessadores atuarem por duas, três, quatro ou até cinco entradas é real, haja vista sua qualidade e equilíbrio. Assim, a carga de arremessos da rotação inicial é minimizada.
Os Bronx Bombers não abriram a carteira para trazer nomes cobiçados do mercado como Manny Machado e Bryce Harper. No entanto, os rebatedores do lineup dos Yankees são de elite e podem causar estragos para adversários diretos como Boston. O outfield é forte, com Aaron Hicks (este perderá o início da temporada em decorrência de uma lesão nas costas), Aaron Judge e Brett Gardner. Ambos têm ótimo braço e “gostam” de desafios de rebatedores. O infielder tem qualidade inferior, considerando a juventude de Miguel Andujar, Luke Voit e Gleyber Torres, mas não é ruim. O catcher Gary Sanchez é eficiente nos seus arremessos, sendo, outrossim, um grande rebatedor.
Provável lineup: Brett Gardner (CF), Aaron Judge (RF), Giancarlo Stanton (LF), Gary Sanchez (C), Miguel Andujar (3B), Greg Bird (Aaron Hicks) (1B), Luke Voit (DH), Troy Tulowitzki (SS), Gleyber Torres (2B).
Melhor rebatedor: Giancarlo Stanton – Em 2018, teve 38 home runs, 100 corridas impulsionadas, 26,6% de aproveitamento no bastão e 34,3% de chegadas em base.
Provável rotação: James Paxton, Masahiro Tanaka, J.A. Happ, Domingo German (Luis Severino) e Luis Cessa (CC Sabathia).
Provável closer: Aroldis Chapman (32 saves em 2018, ERA de 2.45).
Melhor arremessador: Luis Severino – Mesmo começando a temporada na lista de lesionados, é o principal ponto de equilíbrio da sólida rotação dos Yankees. Em 2018, teve recorde pessoal 19-8, ERA 3.39 e 220 strikeouts em 191.1 entradas arremessadas.
Manager: Aaron Boone (desde 2018 / 167 partidas: 102 vitórias e 65 derrotas).
Briga por: World Series.
Projeção de posição na divisão: 1º
Foto: Reprodução / Twitter New York Yankees
PRÉVIA MLB 2019 – THE PLAYOFFS