[PRÉVIA] A Divisão Central da Liga Americana da MLB em 2018
Com três times passando por processos de reformulação, a AL Central deve ser uma corrida de apenas dois times
Um dia a Divisão Central da Liga Americana da MLB já foi considerada a mais equilibrada das Grandes Ligas, mas nos últimos anos o domínio do Cleveland Indians foi gigantesco. E essa tendência deve se manter em 2018, já que boa parte da divisão está passando por processo de reformulação e não deve fazer muito na temporada que começa no dia 29 de março.
O único time que deve fazer alguma frente aos Indians é o Minnesota Twins, que tem um time jovem e adicionou alguma peças durante a offseason visando competir forte pelos próximos anos, mas ainda não deve ser o suficiente para atrapalhar os planos de Cleveland. Já Detroit Tigers, Chicago White Sox e Kansas City Royals estão em diversas fases diferentes em suas reformulações de elenco e devem se ver eliminadas antes da trade deadline de julho.
Vale lembrar que a divisão conta com três brasileiros: Yan Gomes (Cleveland Indians), Paulo Orlando (Kansas City Royals) e Thyago Vieira (Chicago White Sox). Além disso, Leonardo Reginatto faz parte do Minnesota Twins, mas ainda está nas ligas menores, sem ter chegado ainda ao nível máximo do beisebol.
Confira como vem a AL Central em mais uma prévia do The Playoffs para a MLB 2018:
CHICAGO WHITE SOX
Campanha em 2017: 67 – 95 (4º lugar na Divisão Central da Liga Americana)
O futuro parece ser brilhante no sul de Chicago, mas a temporada de 2018 não deve ser de tanto sucesso como os anos que ainda vão vir. Os White Sox são um time talentoso, mas que ainda está em formação.
Jose Abreu e Matt Davidson são os lideres ofensivos da equipe. Abreu pode chegar a rebater mais de 30 home runs e Davidson vem da melhor temporada de sua carreira, com os maiores números de HRs, RBIs e média no bastão. O jovem Yoan Moncada – principal retorno da troca que mandou Chris Sale para Boston – teve média de 23,1% no bastão jogando apenas 54 jogos. 2018 será sua primeira temporada completa na MLB e esse número deve melhorar.
Muito provavelmente o roster do opening day não será o mesmo no final do ano, com jogadores podendo ser alvos de trocas na trade deadline e outros jovens – como o arremessador Michael Kopech – que podem chegar das ligas menores para seus primeiros jogos na MLB.
Recentemente, a franquia adicionou ao elenco Thyago Vieira, reliever brasileiro, em troca com o Seattle Mariners. Ele, porém, deve começar o ano nas ligas menores.
Provável lineup: Yoan Moncada (2B), Tim Anderson (SS), Jose Abreu (1B), Avisail Garcia (OF), Wellington Castilla (C), Matt Davidson (DH), Ryan Cordell (OF), Yolmer Sanchez (3B), Adam Engel (OF)
Melhor rebatedor: Jose Abreu
Provável rotação: James Shields, Lucas Giolito, Reynaldo Lopez, Carson Fulmer, Carlos Rondon
Provável closer: Nate Jones
Melhor arremessador: James Shields
Manager: Rick Renteria
Briga por: Mostrar que o time pode ser competitivo no futuro
(Foto: divulgação Twitter oficial Chicago White Sox)
CLEVELAND INDIANS
Campanha em 2017: 102-60 (1º lugar na Divisão Central da Liga Americana, eliminado pelos Yankees na série de divisão por 3 a 2)
Em 2017, os Indians venceram a divisão com uma vantagem de 17 jogos sobre o segundo colocado e ainda conseguiram a melhor campanha de Liga Americana, mas o time acabou sendo eliminado pelos Yankees e não tiveram a chance de chegar à World Series pelo segundo ano seguido.
Liderados pelo ace Corey Kluber, os Indians têm uma boa rotação – alguns podem até argumentar que ela poderia brigar pelo posto de melhor da MLB – e não deve sofrer durante a temporada de 2018. O bullpen perdeu algumas peças na offseason, mas um grupo com Zach McAllister, Cody Allen e Andrew Miller não é de se preocupar.
O mesmo pode se dizer para o ataque. Carlos Santana, Jay Bruce e Austin Jackson pegaram suas coisas e foram para outros times durante a free agency, enquanto isso o primeira base Yonder Alonso – que em 2017 chegou a sua melhor marca de home runs (28) e RBIs (68) – chegou à equipe e irá se juntar a Edwin Encanarcion, Jose Ramirez e Francisco Lindor na busca de acabar com a maior espera de título dos esportes americanos.
O catcher brasileiro Yan Gomes segue com moral no elenco, mas deve brigar por posição com Roberto Perez.
(Foto: Divulgação Twitter oficial da MLB)
Provável lineup: Francisco Lindor (SS), Jason Kipnis (2B), Jose Ramirez (3B), Edwin Encarnacion (DH), Yonder Alonso (1B), Lonnie Chisenhall (OF), Tyler Naquin (OF), Robert Perez (C), Brad Zimmer (OF)
Melhor rebatedor: Francisco Lindor
Provável rotação: Corey Kluber, Carlos Carrasco, Trevor Bauer, Josh Tomlin, Danny Salazar
Provável closer: Cody Allen
Melhor arremessador: Corey Kluber
Manager: Terry Francona
Briga por: Título da divisão/melhor campanha da Liga Americana
DETROIT TIGERS
Campanha em 2017: 64 – 98 (5º lugar na Divisão Central da Liga Americana)
Os Tigers são uma equipe totalmente diferente daquela que dominou a divisão entre 2011 e 2014 e que chegou a uma World Series em 2012. Não há mais Justin Verlander, J.D. Martinez foi embora, Ian Kinsler trocou de time e Justin Upton também juntou suas coisas e partiu para novos desafios.
Resta apenas Miguel Cabrera, ídolo da torcida, e esse é o ano em que ele pode sair da equipe em alguma troca na trade deadline se as expectativas se confirmarem e os Tigers já não tiverem mais chances de classificação em julho. Esse será o último passo até a reconstrução total do roster estar completamente iniciada.
Os arremessadores Michael Fullmer e Jordan Zimmermann também podem ser alvos de trocas. Fullmer quase foi trocado na última trade deadline e também recebeu algum interesse durante a offseason, mas a direção decidiu que ainda não era hora de trocar seu melhor arremessador.
Provável lineup: Leonys Martin (OF), Jose Iglesias (SS), Miguel Cabrera (1B), Nick Castellanos (OF), Victor Martinez (DH), Jeimer Candelario (3B), James McCann (C), Mikie Mahtook (OF), Dixon Machado (2B)
Melhor rebatedor: Miguel Cabrera
Provável rotação: Michael Fullmer, Francisco Liriano, Jordan Zimmermann, Mike Fiers, Daniel Norris
Provável closer: Shane Greene
Melhor arremessador: Michael Fullmer
Manager: Ron Gardenhire
Briga por: Não ser o último colocado da divisão
(Foto: Facebook Detroit Tigers)
KANSAS CITY ROYALS
Campanha em 2017: 80 – 82 (3º lugar na Divisão Central da Liga Americana)
O time que venceu a World Series de 2015 está prestes a apertar o botão de reconstrução, já até deveria ter começado ela o ano passado, mas não fez isso. Com as saídas de Lorenzo Cain e Eric Hosmer – para o Milwaukee Brewers e o San Diego Padres, respectivamente – apenas 10 jogadores do time campeão em 2015 continuam com os Royals. Entre eles o brasileiro Paulo Orlando, que luta para começar o ano das Grandes Ligas e talvez como titular.
Alcides Escobar, Alex Gordon, Salvador Perez e Mike Moustakas vão tentar de tudo para fazer com que a equipe de mantenha competitiva, mas é possível que algum deles não termine o ano na cidade de Kansas City.
A rotação titular vai ser um problema. Danny Duffy teve um ano ruim em 2017, Jason Hammel pode estar sentindo os efeitos da idade e Ian Kennedy não é nem de longe o arremessador dominante que ele já foi em um ponto de sua carreira. Um time sem uma rotação titular confiável não pode ficar muito esperançoso para a temporada.
Provável lineup: Jon Jay (OF), Whit Merrifield (2B), Mike Moustakas (3B), Salvador Perez (C), Lucas Duda (1B), Alex Gordon (OF), Jorge Soler (DH), Alcides Escobar (SS), Paulo Orlando (OF)
Melhor rebatedor: Mike Moustakas
Provável rotação: Danny Duffy, Ian Kennedy, Jason Hammel, Jakob Junis, Trevor Oaks
Provável closer: Kelvin Herrera
Melhor arremessador: Danny Duffy
Manager: Ned Yost
Briga por: Não ser o último colocado da divisão
(Foto: Reprodução Twitter/Kansas City Royals)
MINNESOTA TWINS
Campanha em 2017: 85 – 77 (2º lugar na Divisão Central da Liga Americana, eliminado pelos Yankees no Wild Card Game)
O único time que, no papel, pode ter alguma chance de tirar a divisão dos Indians. Depois de fazer história em 2017, ao ser o primeiro time a chegar aos playoffs da MLB no ano seguinte de uma temporada com mais de 100 derrotas, os Twins acabaram caindo para o forte New York Yankees no jogo único do Wild Card.
Os Twins são um time que mistura veteranos e jovens que têm tudo para replicar o sucesso de 2017 em 2018 – e pode até melhorar a campanha. Durante a offseason o time de Minnesota se reforçou bem. Logan Morrison foi a maior adição da free agency. Em 149 jogos, Morrison teve média de 24,6% no bastão, conseguindo 38 home runs e 85 RBIs – melhores marcas de sua carreira. LoMo tem um encaixe natural no lineup ao se juntar a Miguel Sano e Joe Mauer.
Entre os arremessadores, o Twins melhora bem o seu bullpen com as chegadas de Fernando Rodney e Addison Reed. A rotação titular recebeu Jake Odorizzi e Lancy Lynn e poderia ainda adicionar Michael Pineda, mas Pineda está se recuperando da cirurgia de Tommy John e não deve atuar como titular esse ano – com sorte ele poderá voltar e jogar no bullpen na parte final da temporada de 2018.
Provável lineup: Brian Dozier (2B), Joe Mauer (1B), Miguel Sano (3B), Eddie Rosario (OF), Logan Morrison (DH), Byron Buxton (OF), Jorge Polanco (SS), Max Kepler (OF), Jason Castro (C)
Melhor rebatedor: Miguel Sano
Provável rotação: Erwin Santana, José Berríos, Jake Odorizzi, Lance Lynn, Phil Hughes
Provável closer: Fernando Rodney
Melhor arremessador: Erwin Santana, seria Michael Pineda se ele estivesse saudável para jogar esse ano.
Manager: Paul Molitor
Briga por: Título da divisão/vaga no Wild Card
(Foto: Reprodução Twitter/Minnesota Twins)
PRÉVIAS THE PLAYOFFS – MLB 2018
Próximas:
20/3 – NL Central
23/3 – NL West
27/3 – AL West