Os 10 melhores free agents da MLB em 2018
Confira a lista com os melhores rebatedores e arremessadores disponíveis no mercado da MLB
A temporada 2018 da Major League já é história, e as 30 franquias pensam em 2019 (e nos anos a seguir). Com o frio (nos Estados Unidos), chega a temporada de rumores e a caça pelos melhores agentes livres da MLB. Claro, alguns general managers não estão de olho nos peixes mais gordos, seja por questões financeiras, seja pelo momento dos respectivos times, mas a disputa pelos principais nomes promete agitar o mercado durante as próximas semanas.
A classe de agentes livres desta inter-temporada é especialmente interessante, mesmo descartando o arremessador Clayton Kershaw, que renovou com o Los Angeles Dodgers em vez de usar a cláusula que o permitia voltar ao mercado, e seu colega de rotação Hyun-Jin Ryu, que aceitou a oferta qualificada feita pela mesma franquia. Dois rebatedores chamam a atenção, e tenho certeza de que você já sabe de quem eu estou falando. Além da dupla, abaixo você confere os melhores nomes disponíveis no mercado, uma vez mais separados entre rebatedores e arremessadores.
Foto: Reprodução Facebook/Washington Nationals
Rebatedores
Manny Machado (3B/SS)
O infielder leva vantagem sobre Bryce Harper por não ter recebido a oferta qualificada, fruto da troca entre Baltimore Orioles e Los Angeles Dodgers no meio da temporada. Após começar a carreira como um ótimo 3ª base, com duas Luvas de Ouro, Machado jogou como shortstop em 2018 e, se não brilhou, não fez feio na defesa, especialmente em Los Angeles. Com apenas 26 anos, ele certamente receberá um gordo contrato, mesmo com as polêmicas que criou e causou nos playoffs. Trata-se, afinal, de um jogador que soma 175 home runs em 3.720 at-bats na carreira, com 28,2% de aproveitamento no bastão e médias anuais espetaculares: 146 jogos, 34 rebatidas duplas e 81 corridas impulsionadas.
Bryce Harper (OF)
Também com 26 anos, Harper pode facilmente bater Machado na corrida pelo contrato mais valioso, ainda que a oferta qualificada jogue contra os planos do outfielder – o time que o contratar perde um escolha no Draft. Primeiro escolhido no recrutamento de 2010, ele justificou a pick do Washington Nationals com sete grandes temporadas, que renderam seis escolhas para o All-Star Game e o prêmio de MVP em 2015, quando chegou em base em impressionantes 46% das oportunidades que teve. No total, são 184 home runs em 3.957 at-bats, com médias anuais de 132 jogos, 26 rebatidas duplas, 11 bases roubadas, 27,9% de aproveitamento e quase 39% de chegada em base.
Yasmani Grandal (C)
A pós-temporada fraca do então catcher do Los Angeles Dodgers, com várias falhas defensivas, não impedirá uma disputa por seus serviços, já que Grandal é um dos melhores jogadores da posição do ponto de vista ofensivo, além de ser bem-avaliado como receptor, o que justifica inclusive a oferta qualificada que recebeu de sua antiga franquia. Defendendo os Dodgers desde 2015, ele somou no período números 13% melhores do que a média da MLB, com 89 home runs, 76 rebatidas duplas e 245 corridas impulsionadas.
Josh Donaldson (3B)
Como os dois nomes que o seguem na lista, a questão de Donaldson é física. Uma explosão tardia com o Oakland Athletics em 2013 e duas temporadas brilhante com o Toronto Blue Jays em 2015 e 2016, incluindo um prêmio de MVP, transformaram o infielder em um dos melhores rebatedores da MLB neste período: 131 home runs, 413 corridas impulsionadas, 28,4% de aproveitamento e OPS+ 44% maior do que a média da liga. Nos últimos dois anos, no entanto, lesões limitaram-o a apenas 165 jogos. Se estiver saudável, Donaldson pode ser um dos melhores negócios da inter-temporada.
Michael Brantley (OF)
Entre 2012 e 2015, o outfielder foi o principal nome do Cleveland Indians, com média de 38 rebatidas duplas e 17 bases roubadas por ano. Os dois anos seguintes foram marcados por muitas lesões e apenas 101 jogos, mas Brantley voltou com tudo em 2018, com 30,9% de aproveitamento, 17 home runs, 12 bases roubadas e 36 rebatidas duplas, mostrando que se ficar saudável, ainda é um jogador acima da média. Aos 32 anos e com nível defensivo aceitável, ele pode ser uma boa opção para quem precisa de um rebatedor designado que pode ser utilizado no outfield com frequência sem passar vergonha.
A.J. Pollock (OF)
Pollock é um monstro defensivo, e quando esteve saudável (2015), levou a Gold Glove, foi escolhido para o All-Star Game e ficou em 14º na disputa do MVP da Liga Nacional com 31,5% de aproveitamento, 39 rebatidas duplas, 20 home runs e 39 bases roubadas. O problema é que ele não esteve saudável desde então: foram apenas 237 jogos em três temporadas (79 por ano), e os números ofensivos ficaram bem abaixo de 2015. Quem apostar nele terá um ótimo center fielder quando puder contar com o jogador mas, aos 30 anos, ele parece ser uma aposta arriscada.
Arremessadores
Patrick Corbin (SP)
O maior beneficiado pela renovação de Kershaw, Corbin ajudou a própria causa com um ótimo ano defendendo o Arizona Diamondbacks. Em 200 entradas, ele teve ERA de 3.15, ótimo para quem atua em um estádio como o Chase Field, benéfico para os rebatedores. Em seis temporadas com os D-backs, o jovem de 29 anos (que alternou turnos como titular e reliever em 2016) soma ERA de 3.91, mas seu desempenho nas últimas duas temporadas foi 26% melhor do que a média da MLB, com quase 10 strikeouts por nove entradas e baixo número de home runs cedidos. O melhor nome do mercado deve capitalizar bastante, aproveitando a necessidade de titulares e o bom retrospecto recente.
Dallas Keuchel (SP)
Keuchel tornou-se free agent um ano depois do ideal. À temporada 2017, coroada com a World Series e um ERA de 2.90, seguiu-se um ano de 2018 entre regular e bom. Aos 31 anos, Keuchel soma o Cy Young de 2015, quatro Gold Gloves e chega ao mercado com bons números gerais: 3.66 de ERA e menos de um home run por nove entradas. Sem ser um arremessador que soma muitos strikeouts e com um jogo baseado em forçar contatos ruins dos rebatedores, o ex-jogador do Houston Astros tem desempenho 21% melhor do que a média da MLB desde 2014, mesmo levando em conta o desastre que foi a temporada de 2016.
Craig Kimbrel (CP)
Closer do Boston Red Sox que levou a World Series de 2018, Craig Kimbrel estabeleceu-se como um dos melhores de sua posição nesta década (com sete aparições no All-Star Game desde 2011) e, com o mercado pagando bem por quem fecha os jogos, deve capitalizar. Eliminar dois a cada cinco adversários por strikeouts, a maior média da MLB para reliever, certamente ajuda. Nas três temporadas em que defendeu os Red Sox, o jogador de 30 anos somou 108 saves e 305 strikeouts em 184 innings, quase 15 para cada nove entradas disputadas, com ERA de 2.44.
Nathan Eovaldi (SP/RP)
Eovaldi é provavelmente quem mais subiu na lista nesta temporada. Um enigma em abril, fruto da cirurgia Tommy John que o tirou do montinho em agosto de 2016, tornou-se uma certeza após 22 jogos por Tampa Bay Rays e Boston Red Sox. O ERA de 3.81 (3.30 nos 12 jogos de temporada regular com os Red Sox) chama menos a atenção do que a velocidade média de sua bola rápida (97 milhas por hora, a terceira maior da MLB entre titulares), ou a baixa média de 1,6 walk por nove entradas, o que torna um dos alvos favoritos no sempre agitado mercado de arremessadores.
J.A. Happ (SP)
Happ foi bem com o Pittsburgh Pirates em 2015 e assinou, naquela intertemporada, o que parecia um estranho contrato de três anos com o Toronto Blue Jays. Ele provou que o investimento foi acertado, disputando 88 jogos no período (os 11 últimos com o New York Yankees, após troca em meados de 2018) com ERA de 3.44, 26% acima da média da MLB, e boa média de 8.7 strikeouts por nove entradas. O ótimo fim de temporada com os Bronx Bombers, com ERA de 2.69 e WHIP de apenas 1.052, ajuda ainda mais o veterano de 35 anos a buscar outro surpreendente (e valioso) contrato.
Charlie Morton (SP)
Aos 35 anos, Morton volta ao mercado após encontrar-se nas duas temporadas em que defendeu o Houston Astros. O veterano transformou-se em um dos titulares com maior média de strikeouts por nove entradas (10,4 desde o começo de 2017), teve desempenho 21% acima da média da MLB, com ERA de 3.36 no período, foi chamado para o All-Star Game pela primeira vez e, mesmo com a idade, segue com bola rápida acima das 95 milhas por hora. Sem receber a oferta qualificada dos Astros e sem buscar um contrato de longa duração, deve ser um dos mais procurados agentes livres do mercado.
(Foto: Ed Zurga/Getty Images)