O Chicago Cubs confirmou seu serviço e salvou o primeiro match point, mas com 3 a 2 na World Series, o Cleveland Indians volta ao Progressive Field, nesta terça-feira (1), dependendo de apenas uma vitória para levar o título da Major League Baseball pela primeira vez desde 1997. O que será que podemos tomar de lição das cinco primeiras partidas dessa série histórica, especialmente os três jogos disputados no Wrigley Field, já visando o(s) último(s) jogo(s) da série?

O The Playoffs elenca agora os principais aprendizados da World Series até agora.

Agressividade no bullpen?
Terry Francona já deixou muito claro: com apenas três titulares na rotação, não terá nenhuma paciência caso seu arremessador comece a complicar-se no jogo, especialmente se esse homem não é Corey Kluber. No jogo 3, ele sacou Josh Tomlin na 5ª entrada, quando seu titular cedeu apenas a 2ª rebatida. Especialmente no jogo desta terça-feira, a expectativa deve ser a mesma: Tomlin terá apenas três dias de descanso, e é bem provável que o bullpen dos Indians seja acionado na 5ª ou 6ª entradas.

Acordaram o monstro?
Se nada conseguiu no Jogo 3, o ataque do Chicago Cubs deu mostras de ter acordado nas duas partidas seguintes. Mesmo anotando apenas cinco corridas, o time de Joe Maddon conseguiu 14 rebatidas e quatro walks. Mais importante do que isso, dois nomes parecem despertar de uma péssima pós-temporada: Jason Heyward conseguiu três rebatidas em oito oportunidades, enquanto Kris Bryant, provável MVP da Liga Nacional, conseguiu seu primeiro home run na World Series no Jogo 5. Se ambos transformarem os bons jogos em tendência e Ben Zobrist e Anthony Rizzo continuarem quentes, Chicago terá boas chances de forçar o Jogo 7.

Uma nova estrela?
Cada vitória dos Indians na série teve um herói distinto (na parte ofensiva): Roberto Perez no jogo 1, o duo Coco Crisp/Michael Martinez no Jogo 3 e Jason Kipnis e Carlos Santana no Jogo 4. Um dos grandes nomes de peso de Cleveland, Mike Napoli segue com uma World Series discreta, assim como Lonnie Chisenhall. Os dois nomes mais constantes até agora foram os jovens Francisco Lindor e Jose Ramirez. Será que os garotos carregarão o ataque sozinhos no retorno da World Series a Ohio, ou algum dos veteranos vai finalmente mostrar consistência?

Será que dá liga?
Mesmo vencendo o Jogo 2, em Cleveland, Jake Arrieta passou por maus bocados nas mãos de Willson Contreras. Desacostumado a lançar para o jovem catcher, pois normalmente faz dupla com Miguel Montero, o atual Cy Young da NL cedeu a única corrida na vitória por 5 a 1 em um wild pitch que mais pareceu um erro de Contreras. É provável que o novato seja o titular no Jogo 6, por conta de seu desempenho ofensivo melhor que o de Montero, e a sintonia entre catcher e arremessador precisa melhorar para que o ataque dos Indians não ganhe presentes de Halloween atrasados do time de Illinois.

Míssil cubano x Hidra de Lerna

A confiança extrema de Maddon em Aroldis Chapman ficou clara no Jogo 5, quando o closer cubano entrou no 7º inning e conseguiu um save de 8 outs. Na contramão, a situação também pode ser vista como uma falta de confiança no restante do bullpen, apesar dos bons nomes que os Cubs possuem, incluindo Pedro Strop, Travis Wood (melhor no restante dos playoffs do que na World Series) e Mike Montgomery.

No caso dos Indians, todo o bullpen parece resumir-se a Bryan Shaw, um sensacional Andrew Miller e o closer Cody Allen. Francona conseguiu poupar seu principal reliever na última partida, e terá Miller com dois dias de descanso no final da série, mas a forma como tratou os titulares provavelmente significará meio jogo (ou mais) por parte da Hidra de Lerna na 6ª partida da série, sempre em situações de muita tensão.

Quem levará a melhor nesse duelo? A resposta pode ser a chave para a definição do Jogo 6: será que Cleveland será de fato a capital norte-americana do esporte em 2016, ou Chicago sobreviverá mais uma noite na luta para acabar com uma maldição que já chega a 108 anos? Saberemos a resposta na madrugada de 2 de novembro!

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