[ENTREVISTA] Após visita a Obama, Paulo Orlando projeta segunda parte da temporada
Fazendo uma temporada incrível, Orlando falou sobre ida a Casa Branca, trocas e carinho da torcida dos Royals
Para quem achava que Paulo Orlando viveu o auge da carreira em 2015, quando finalmente subiu para a Major League Baseball, após 10 anos nas divisões de acesso, e conquistou o título da World Series, se enganou.
A temporada 2016 vem sendo ainda melhor para o brasileiro, apesar da campanha titubeante do seu time. Ao contrário do ano passado, Paulo agora é titular no Kansas City Royals, tendo assegurado sua posição no campo direito externo. Muito por sua regularidade defensiva, mas também bastante pelo incrível desempenho no bastão: até este domingo, ele registrou 31,8% de aproveitamento.
O The Playoffs conversou com o craque brasileiro, em conferência de imprensa, e conseguiu ouvir coisas bem legais. Uma delas, sobre esse incrível aproveitamento.
A entrevista foi um dia depois da visita dos Royals à Casa Branca, momento mágico para Paulo, que esteve ao lado do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. “Só o beisebol poderia me proporcionar isso”, disse em resposta ao Estadão.
Paulo também falou sobre possíveis trocas durante a semana, projeção para o restante da temporada e carinho da torcida de Kansas City.
Confira alguns trechos da entrevista de Paulo Orlando:
ENCONTRO COM OBAMA
“Foi até um pouco corrido. Pegamos um dia de folga, tivemos que viajar logo depois do jogo [contra o Cleveland Indians, no Kauffman Stadium, em Kansas] e no outro dia de manhã foi todo o processo, de conhecer a Casa Branca. É bacana, emoção diferente você ter a chance de cumprimentar o Obama de um dia para o outro. Gostoso fazer parte desse time que foi até lá, que ganhou e teve essa oportunidade”.
ÓTIMO APROVEITAMENTO NO BASTÃO
“Estudar os arremessadores, isso sempre fazemos. Estou mais focado em me manter nas bases, ser mais agressivo nos arremessos primários, no primeiro ou segundo, para diminuir um pouco os strikeouts. Em algum período da temporada tive bons swings e isso resultou em rebatidas boas. Isso me fez mudar um pouco em comparação com 2015″.
TRADE DEADLINE
“Então, eu vejo que é um bom lado para o time, trazer reforços. Isso muda bastante, não só nos Royals, mas também todos os times que já estão na ponta da tabela, que faltam só algumas peças para completar o elenco. Os Royals tiveram muitos altos e baixos em 2016 e está meio complicado determinar o que está mais faltando [para ganharmos mais]. Espero que o que venha em troca, venha pra preencher e voltar àquela pegada do ano passado, de ganhar jogos seguidos e, principalmente, os jogos fora. Ter mais atitude, porque nosso problema tem sido os jogos fora de casa”.
* Nota da redação: a MLB encerra seu período de negociações no próximo dia 1º de agosto.
BANDEIRAS DO BRASIL
“Vejo [bandeiras do Brasil]. Em alguns jogos, eu vejo que tem gente que traz uma bandeira, às vezes camisa. Vejo apoio de brasileiros que estão aqui [em Kansas City]. Tive mais oportunidades de conhecer brasileiros em 2016. Isso é bom, ver que mais brasileiros estão se adaptando e apoiando o jogo”.
(Fotos: Samy Silva/The Playoffs; Reprodução Instagram; Jason Hanna/Getty Images)