Quais jogadores devem encarar o Spring Training da MLB como decisão?
Em seis franquias, Spring Training pode definir futuro de atletas importantes
Para os principais jogadores da Major League Baseball, os titulares absolutos de suas franquias, o Spring Training vale apenas como pré-temporada, para pegar ritmo de jogo.
As jovens promessas, muitas vezes, encaram esse período na Flórida ou no Arizona como uma chance de conhecer os atletas e técnicos das franquias, aprender com os ídolos e pensar no futuro, pois sabem que ainda estão longe da MLB. No entanto, para alguns atletas, esses período de 6 a 7 semanas é decisivo para o restante do ano.
Disputando vaga na equipe principal, buscando a última chance de integrar o roster ou mesmo tentando provar “que eu não precisava provar nada para ninguém”, esse grupo vê no Spring Training a chance de se consagrar ou, em caso de desempenho ruim, de pegar o bonde das Ligas Menores. O The Playoffs lista abaixo seis situações que devem ser acompanhadas com muita atenção até o início da temporada regular
Pablo Sandoval (3B, Boston Red Sox)
O Panda chegou a Boston com moral, assinando por cinco temporadas e US$ 95 milhões logo após vencer a World Series de 2014 com o San Francisco Giants. No entanto, foi mal em 2015 e, após perder a posição para Travis Shaw no Spring Training de 2016, foi operado no ombro após apenas três partidas na temporada.
Sandoval chegou magro ao centro de treinamentos dos Red Sox, e a franquia o ajudou ao trocar Shaw com o Milwaukee Brewers e o jovem Yoan Moncada com o Chicago White Sox. Se provar que está recuperado e em forma, o venezuelano deve vencer a disputa com Brock Holt, garantir vaga no time titular e tornar o lineup da franquia ainda mais poderoso para 2017.
(Foto: Maddie Meyer/Getty Images)
Matt Cain (P, San Francisco Giants)
Espetacular durante a temporada 2012, logo após ter o contrato renovado por US$ 20 milhões por anos, Cain nunca mais repetiu as boas atuações. Um ERA de 4.00 em 2013 foi o menor dos últimos quatro anos, e o período também foi marcado por lesões. Em 2016, Cain fez 21 jogos, fechando o ano com um elevado ERA de 5.68.
A quinta e última vaga na rotação de Bruce Bochy teoricamente é dele, mas a competição é grande com Albert Suarez, o jovem Ty Blach e possíveis azarões como os calouros Chris Stratton, Joan Gregorio e Tyler Beede. Cain já disse que está à disposição caso Bochy o coloque no bullpen, mas nenhuma franquia gostaria de pagar US$ 20 milhões para seu long reliever.
(Foto: Reprodução vídeo)
Jason Heyward (OF, Chicago Cubs)
Contratado a peso de outo antes da última temporada, Heyward foi mal no ano em que o Chicago Cubs venceu a World Series: 23% de aproveitamento, sete home runs, 49 corridas impulsionadas e muita dificuldade com as bolas rápidas. O outfield dos Cubs mudou bastante na inter-temporada, com as saídas de Dexter Fowler e Jorge Soler, o que aumenta a pressão.
Kyle Schwarber estará no lineup diversas vezes e Kris Bryant pode jogar no campo externo, mas os outros nomes têm potencial inferior a Heyward: Jon Jay, Albert Almora e Matt Szczur parecem ser os concorrentes. Os Cubs precisam que seu astro supere os problemas de 2016 e volte ao alto nível do começo da década para buscar a segunda World Series seguida.
(Foto: Divulgação/ MLB)
Hyun-Jin Ryu e Scott Kazmir (P, Los Angeles Dodgers)
Antes da temporada 2015, Ryu era o 3º nome da rotação dos Dodgers, mas as lesões o mantiveram mais fora do que dentro de campo nos últimos dois anos. Kazmir foi contratado a peso de ouro antes da última temporada, mas também sofreu com problemas físicos, fez apenas 26 partidas e teve um alto ERA de 4.56.
Com Clayton Kershaw, Rich Hill, Kenta Maeda e Julio Urias praticamente garantidos na rotação titular, Dave Roberts deve escolher entre Ryu e Kazmir para a quinta vaga. O sul-coreano leva desvantagem, pois talvez não esteja pronto no início de 2017, mas pode roubar a vaga de Kazmir com um bom desempenho no Spring Training. Além disso, ambos devem abrir o olho, pois Alex Wood e Ross Stripling também estão de olho na vaga.
(Foto: Reprodução Facebook/Los Angeles Dodgers)
Greg Bird e Chris Carter (1B, New York Yankees)
Greg Bird era a grande esperança da base do New York Yankees e, quando muitos esperavam que 2016 fosse o ano de sua afirmação, uma lesão o manteve afastado durante toda a temporada. Com a recente chegada de Chris Carter, maior rebatedor de home runs da Liga Nacional no último ano, a competição aumentou, assim como a pressão em cima do jovem.
Ambos parecem ter jogado olho gordo sobre o terceiro postulante à vaga, Tyler Austin, que fraturou o pé esquerdo e está fora do início da temporada. O canhoto Bird e o destro Carter podem revezar-se na posição, dependendo do arremessador adversário, mas se Bird brilhar contra canhotos ou Carter contra destros neste Spring Training, o manager Joe Girardi pode acabar com o planejamento de revezamento.
(Foto: Reprodução vídeo)
Christian Bethancourt (C, San Diego Padres)
Christian Bethancourt sempre foi visto como uma aposta que não deu certo no Atlanta Braves, mas ele pode ser uma arma fantástica se o plano dos Padres funcionar. Em duas ocasiões diferentes, durante o ano passado, Bethancourt entrou como pitcher em partidas já perdidas, para salvar o bullpen, e em ambas demonstrou qualidade e bons arremessos.
A direção dos Padres sugeriu a ele que praticasse como arremessador durante a Liga de Inverno do Panamá e o Spring Training. Dependendo da melhora em seu jogo, Bethancourt (que também atua, eventualmente, no campo externo) seria um dublê de catcher reserva e pitcher. Se isso realmente ocorrer, os Padres ganham flexibilidade, e poderiam incluir no elenco um 8º reliever ou um 6º rebatedor reserva.
(Foto: Reprodução/vídeo)