Conheça os destaques do Draft 2016 da MLB
Draft da MLB começa nesta quinta-feira; veja quem pode ser o primeiro escolhido
Começa nesta quinta-feira em Secaucus, Nova Jersey, o Draft 2016 da Major League Baseball. Mais longo, surpreendente e complexo do que os processos de escolha de novos talentos da NFL e NBA, o Draft deve durar três dias, terminando apenas no sábado, e é quase impossível fazer um mock das 40 rodadas que se aproxime da realidade. Até por isso, muitos especialistas projetam apenas o primeiro round, que ainda assim sempre é uma caixinha de surpresas.
Neste ano, apenas 23 das 30 franquias terão “escolhas de facto” na 1ª rodada, pois Arizona Diamondbacks, Texas Rangers, San Francisco Giants, Baltimore Orioles, Chicago Cubs, Kansas City Royals e Washington Nationals abriram mão das suas quando contrataram free agents que rejeitaram a oferta qualificada durante a última intertemporada. Com isso, algunas franquias terão escolhas extras ao final do primeiro round: Los Angeles Dodgers, Texas Rangers, New York Mets, Chicago White Sox, San Diego Padres, Washington Nationals e St. Louis Cardinals.
O primeiro time a escolher é o Philadelphia Phillies, que teve a pior campanha da MLB em 2015, seguido por Cincinnati Reds, Atlanta Braves, Colorado Rockies, Milwaukee Brewers, Oakland Athletics, Miami Marlins e San Diego Padres. Sem mais delongas, e sem tentar qualquer adivinhação, vamos aos favoritos para as primeiras escolhas do Draft 2016 da MLB.
A.J. Puk (arremessador canhoto, Florida Gators)
Apontado por diversos mocks como a 1ª escolha, Puk tornaria-se, neste caso, o único Gator a abrir um Draft da MLB. Alto (cerca de 2 metros), com uma bola rápida em torno de 95 km/h e um ótimo slider, ele é visto como um bom prospecto que, ao contrário de um colegial, não demoraria muitos anos para chegar ao time principal. Podem pesar contra Puck os problemas nas costas, que o afastaram por alguns jogos na atual temporada, e a falta de competitividade pelos Gators, com um número baixo de vitórias na temporada 2016 da NCAA.
Kyle Lewis (outfielder, Mercer University)
Apontado por muitos como o melhor rebatedor do Draft, ele teve uma ótima temporada na NCAA, com 39,5% de aproveitamento, 20 home runs e 48 walks em 61 jogos. O potencial defensivo e a capacidasde atlética, além da possibilidade de escalar rapidamente as Ligas Menores e chegar cedo à MLB, pode impulsionar sua escolha em um Draft marcado pela falta de uma clara escolha número 1.
Mickey Moniak (outfielder, La Costa Canion High School, Califórnia)
Tido como o melhor colegial na lista de 2016, é citado como uma possível escolha dos Phillies em alguns mocks e visto como aposta certeira dos Rockies em outros. Moniak tem um braço forte e um potencial grande para melhoria, por ser mais jovem do que os universitários, além de ser capaz de defender, ter ótimos instintos e a habilidade de roubar bases e fazer a diferença com as pernas.
Jason Groome (arremessador canhoto, Barnegat, Nova Jersey)
O melhor arremessador colegial tem uma ótima bola rápida, bons arremessos secundários e pode fazer a diferença em uma equipe que ainda tenha alguns anos de reconstrução, pois provavelmente seria longa a caminhada rumo à MLB. A possibilidade de não explodir, sempre maior em atletas colegiais, o derrubou para fora do Top 10 em alguns Drafts, mas outros o colocam na 3ª posição, na mira do Atlanta Braves. Se cair muito, ele pode deixar a MLB de lado e assinar com algum College, preparando-se para o Draft de 2017.
Riley Pint (arremessador destro, St. Thomas Aquinas, Kansas)
Um colegial que chega ao Draft com arremessos na casa das 100 milhas por hora logo desperta a atenção dos olheiros. Apesar do risco que a escolha de um jovem traz, Pint é visto com muito interesse pelo Colorado Rockies, franquia que pena para desenvolver pitchers aptos a atuar na altitude do Coors Field. Os bons arremessos secundários podem garantir a ele um lugar no Top 10 e, caso caia, ele pode escolher atuar por Louisiana State e aumentar suas chances em um Draft no futuro.
Nick Senzel (3ª base, Tennessee)
O Cincinnati Reds teria muito interesse no jovem que fez sucesso na temporada 2016 da NCAA, e ele pode ser o 2º escolhido no Draft. Seu diferencial é a capacidade com o bastão, uma mistura de potência com paciência, como prova o aproveitamento superior a 35% neste ano, com oito home runs, 40 walks e apenas 21 strikeouts em 57 jogos. Atualmente um 3ª base, ele tem potencial para migrar para a 2ª base ou o campo direito no futuro.
Corey Ray (outfielder, Louisville)
Ray é quem melhor combina potência no bastão e velocidade nessa edição do Draft, o que certamente chama a atenção das franquias. Na temporada 2016 da NCAA, beirou os 32% de aproveitamento, com 15 home runs e impressionantes 44 bases roubadas em 62 jogos. A boa leitura defensiva e a velocidade o capacitam a atuar nas três posições do outfield, um adicional que pode garantir um salto no Draft, bem como o fato de ser um jogador universitário, mais próximo do final de seu desenvolvimento do que um prospecto colegial.
Cal Quantrill (arremessador destro, Stanford)
Uma boa opção para quem busca talentos de forma mais imediata, Quantrill pode garantir um lugar no Top 10. Como passou pela temida cirurgia Tommy John, ele não arremessa de forma competitiva há um ano, mas o talento e o comando que tem de seus arremessos ainda chamam a atenção dos olheiros. Filho do ex-jogador Paul Quantrill, ele vem sendo ligado ao San Diego Padres, equipe que tem as escolhas 8, 24 e 25 (compensação pela perda de Kennedy e Justin Upton, que assinou com o Detroit Tigers. Detroit não perdeu sua 1ª escolha porque as 10 primeiras escolhas são protegidas: a franquia não selecionará no 2º round).
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