5 motivos para acreditar no título do Cleveland Indians na World Series
Conheça cinco fatores que podem ajudar os Indians a vencerem a Série Mundial depois de 68 anos
A World Series de 2016 começa nesta terça-feira com duas equipes tradicionais do beisebol norte-americano, mas que há muito tempo não sentem o sabor da vitória de um campeonato da MLB. O Cleveland Indians, junto com a sua cidade, vivem um momento sublime quandos se trata de esporte. A equipe de basquete, o Cleveland Cavaliers, é o atual campeão da NBA. Agora, o time de beisebol da cidade alcança a Série Mundial depois de 19 anos. O adversário na decisão é um rival igualmente tradicional, mas com uma seca de conquistas bem maior, o Chicago Cubs.
A seguir, o The Playoffs mostra uma lista de cinco motivos para o torcedor da Tribo acreditar que o título da World Series voltará para Cleveland depois de 68 anos.
O mantra “Believeland”
Como já foi supracitado, os Cavaliers ganharam o título da NBA deste ano. Mas a forma que essa conquista veio foi épica. Após estar perdendo por 3 a 1 na série melhor de 7 jogos, a torcida e o povo de Cleveland criaram um mantra/hashtag chamanda “Believeland”, uma brincadeira com a palavra “acreditar” em inglês (believe) e o nome da cidade. Isso mostrava que os fãs da franquia realmente confiavam em uma virada rumo ao título.
Esse tipo de pensamento passou para os Indians, principalmente para os jogadores. Apesar de a franquia usar o lema Rally Together (algo como “lutar juntos” em tradução livre), vários cartazes com a palavra Believeland já foram vistos no Progressive Field. Essa comunhão torcida/time/cidade tem tudo para ser um fator decisivo na Série Mundial haja visto que, até o título dos Cavs este ano, os torcedores da cidade não tinham uma confiança muito grande nas suas respectivas equipes. Essa mentalidade otimista e vencedora tem tudo para ajudar os Indians a sair campeão.
Defesa eficiente mesclando juventude e experiência
Nesta pós-temporada, os Indians enfrentam logo de cara o melhor ataque da Liga Americana, o Boston Red Sox, e um time com rebatedores de qualidade e potência, o Toronto Blue Jays. Na série de divisão contra os Red Sox, Cleveland cedeu apenas 7 corridas nos três jogos da varrida. Já na série contra o time canadense, foram 8 corridas cedidas e apenas um erro creditado a um defensor.
A defesa dos Indians tem tudo para ser um dos motivos pelo qual o torcedor da Tribo deve ficar esperançoso no título porque é formada por bons jovens jogadores, como o shortstop Francisco Lindor e o outfielder Tyler Naquin, além da experiência de World Series de Mike Napoli e Coco Crisp (ambos campeõs com os Red Sox em 2007). Tudo esses elementos são importantes quando se enfrenta um dos melhores ataques da MLB, principalmente em uma World Series.
Rotação titular de arremessadores confiável…
Quando o seu time tem um candidato ao prêmio Cy Young como titular no jogo 1 de Série Mundial, acreditar na vitória fica um pouco mais fácil. Corey Kluber será o arremessador dos Indians nesta terça-feira, no Progressive Field. O ace de Cleveland vem de uma temporada regular impressionante, e vem mantendo o mesmo rendimento nestes playoffs. Junto com ele, Trevor Bauer (arremessa no jogo 2 da WS), Josh Tomlin (jogo 3 da WS), Ryan Merrit e uma provável volta de Danny Salazar deixam claro que a starting rotation dos Indians é uma das melhores da liga.
A equipe tem o menor ERA de todos os times que chegaram a pós-temporada deste ano (1. 77) e o terceiro menor WHIP (walk+rebatidas por inning), com 1.01. Nas duas séries anteriores, isso ficou bem claro. Blue Jays e Red Sox sofreram para rebater não só contra os starting pitchers, mas isso é assunto que vamos discutir logo abaixo.
… mas se complicar, pode chamar o bullpen
O bullpen dos Indians foi, até agora, o destaque da equipe nesta postseason. Todos os arremesadores de relevo que foram chamados ao montinho pelo técnico Terry Francona tiveram atuações notáveis, e foram extremamente importantes em aliviar a pressão nos pitchers da rotação titular da equipe.
Confiar no seu bullpen numa pós-temporada é essencial, e os relief pitchers de Cleveland tem mostrado que são dignos da credibilidade da torcida e do técnico Terry Francona. Andrew Miller está em ótima fase, e jogadores como Dan Otero, Cody Allen e Bryan Shaw vem sendo eficientes em conseguir strikeouts e saves, o que pode ser um diferencial em uma partida de Série Mundial quando as coisas não vão bem para rotação titular. Esse é mais um motivo para acreditar no título.
Ataque discreto, mas que pode fazer a diferença
Pouco se fala no ataque do Cleveland Indians, mas essa é outra razaão para o torcedor da Tribo ficar confiante. A equipe de Ohio conseguiu 51 rebatidas válidas nesta pós-temporada, além de 11 home runs, somente um HR atrás do rival de World Series Chicago Cubs.
O destaque fica por conta de Francisco Lindor. O shortstop portorriquenho tem 10 hits, 2 homers e 4 corridas impulsiondas nos playoffs. Além dele, Coco Crisp (2 HR’s, 3 RBI*), Jason Kipnis (2 HR’s, 4 RBI*), o rebatedor designado Carlos Santana (2 HR’s, 2 RBI*) e Mike Napoli são outros jogadores que levam Cleveland a acreditar no título da World Series depois de 68 anos. Somado a isso tudo, os Indians tem em Rajai Davis o quarto melhor ladrão de bases da MLB (43 bases roubadas), algo que sempre é importante em jogos decisivos.
* Números relativos à pós-temporada
(Fotos: Facebook Cleveland Indians)