TOP 5: os melhores running backs do Draft da NFL de 2019
Confira os melhores jogadores disponíveis para reforçar o jogo terrestre do seu time em 2019
Faltando pouco mais de um mês para o Draft da NFL de 2019, o Top 5 do The Playoffs para o recrutamento da liga continua. Os analisados da vez serão os running backs. Ao contrário de 2018, que contou com uma excelente classe e com muito depth, este não é o melhor ano para times que buscam reforçar a posição.
Há bons valores dentro desse grupo, evidentemente, mas faltam, em termos de quantidade, playmakers excepcionais, game–changers em potencial e outras características que se esperam de um running back. Dito isso, vamos ao ranking.
Lembrando que: 1. as opiniões aqui são baseadas na análise do autor; 2. a ordem abaixo não significa necessariamente a ordem em que eles devem ser escolhidos, uma vez que cada time pode ter diferentes visões e necessidades no Draft.
1. Josh Jacobs, Alabama
Único consenso dentro desta classe de 2019 no Draft, o running back de Alabama é o clássico queridinho dos scouts. Jacobs foi pouco utilizado nas três temporadas em que defendeu a toda poderosa Crimson Tide – no último ano de college football, quando foi mais acionado, acumulou 120 corridas. Na carreira, Josh Jacobs tem a marca elogiável de 5,9 jardas por tentativa. Como freshman, registrou impressionantes 6,7 jardas por corrida.
Apesar da pouca utilização, Jacobs ganhou espaço aos poucos entre os scouts da NFL até se firmar definitivamente como o número 1 da classe. Isso porque o running back de Alabama é o que os times buscam na posição – um jogador capaz de atuar nas três descidas. Jacobs possui todas as características necessárias – bom porte físico, consegue realizar big plays quando encontra espaço, capacidade para ganhar jardas após o contato, é uma ameaça recebendo passes e um bom bloqueador.
O principal questionamento para o running back será a capacidade de atuar como o principal jogador da posição em um time. Na equipe de Nick Saban, Jacobs era utilizado majoritariamente em situações de terceira descida e de pontuação. Na NFL, porém, desempenhará um papel muito diferente. Ainda assim, a pouca utilização chega até a ser apontada como um fator positivo, já que Josh Jacobs chegará à liga “preservado”.
Quanto às estatísticas, além das já citadas, o running back acumulou 1.491 jardas em 251 corridas, anotando 16 touchdowns (11 desses no último ano) e registrou 48 recepções para 571 jardas e outros 5 TDs ao longo de três temporadas em Alabama. Jacobs não participou do Combine devido a uma lesão na virilha, mas isso dificilmente afetará sua posição no Draft.
(Foto: Reprodução Twitter/NFL)
2. David Montgomery, Iowa State
Vindo de uma das sensações do college football ao longo das últimas duas temporadas, David Montgomery é o clássico workhorse. Para fim de comparação, enquanto Josh Jacobs teve 251 corridas na carreira, Montgomery registrou 257 somente em 2018.
Apesar de não ser excepcionalmente rápido, e consequentemente ter dificuldades para gerar produção quando tem espaço livre, Montgomery tem como principal característica a busca constante pelo contato. Sem medo de encarar defensores e com um excelente porte físico para a posição, o running back dos Cyclones consegue quebrar tackles com facilidade e busca o contato com frequência, isso quando os defensores adversários conseguem segurá-lo. Em 2017, das 1.146 jardas terrestres que conquistou, impressionantes 885 vieram após o contato.
Montgomery possui potencial para ser titular, aparecendo como opção nas três descidas. Além da facilidade para ganhar jardas na base da força, característica sempre valorizada no jogo profissional, o produto de Iowa State também é uma ameaça como alvo nos passes. A principal dúvida para o running back será justamente a velocidade. No Combine, David Montgomery decepcionou com o tempo de 4,66 segundos no 40-yard dash.
Ao longo de três anos defendendo Iowa State, o jogador somou 2.925 jardas em 624 corridas (média de 4,7) e 26 touchdowns, além de 582 jardas aéreas em 71 recepções.
(Foto: Reprodução Twitter/Cyclones Football)
3. Damien Harris, Alabama
Running back número 1 de Alabama, Harris começou a última temporada apontado como o principal jogador da posição para o Draft de 2019. No entanto, uma menor produção em 2018 aliada ao crescimento de outros jogadores, incluindo o companheiro de time e “reserva” Josh Jacobs, acabou perdendo espaço. Ainda assim, continua figurando entre os principais nomes da classe.
Assim como David Montgomery, Harris não é um running back explosivo e tem preferência por um estilo de jogo mais físico, aproveitando o bom porte. Com facilidade para quebrar tackles, bom equilíbrio nas corridas e um desempenho sólido como bloqueador, o produto da Crimson Tide em potencial para assumir a vaga de titular em um ataque da NFL em times que dependam de um workhorse. Damien Harris atuou em todos os jogos possíveis nos últimos três anos, e provavelmente não terá problemas para aguentar um alto número de carregadas ao longo da temporada.
O ponto negativo do graduado de Alabama é justamente a velocidade. Harris não é um velocista nato, e suas big-plays raramente partem de grandes arrancadas. Até mesmo com espaço livre em campo, o running back pode ser alcançado por defensores. Apesar de ser pouco utilizado como recebedor ao longo da carreira, apresentou uma melhora significativa nesse aspecto como senior.
Em 54 jogos disputados ao longo de quatro temporadas, Damien Harris tem 3.070 jardas terrestres e 23 touchdowns em 477 tentativas, além de 402 jardas e outros dois touchdowns em 52 recepções.
4. Devin Singletary, Florida Atlantic
Vindo da pequena FAU, Singletary foi recrutado como um jogador de três estrelas saindo do high school. Aos poucos, no entanto, firmou-se como um dos principais running backs do college football.
Com um porte físico abaixo da média para a posição e também sem grande velocidade (4,66 segundos no 40-yard dash), Devin Singletary possui uma visão de jogo excelente. Tem facilidade e paciência para encontrar gaps na linha defensiva, além de um ótimo trabalho de pés. O jogador das Owls consegue evitar os defensores adversários executando dribles e mudando de direção sem maiores problemas. Apesar de ser pouco utilizado como recebedor, Singletary aparece como opção no jogo aéreo caso necessário. Outra característica marcante é o equilíbrio excepcional, o que dificulta o trabalho de defensores que tentam derrubá-lo.
Devido ao porte físico, o produto de Florida Atlantic inspira pouca confiança na proteção. Os problemas com a velocidade também podem cobrar o preço na transição para a NFL, bem como o nível elevado de competição. No college football, Singletary atuou na pouco badalada Conference USA. Ainda assim, a inteligência, visão e bom controle do corpo fazem do jogador uma alternativa interessante para o Draft.
Em três temporadas disputadas por FAU, Devin Singletary atuou em 38 jogos, conquistando 4.287 jardas em 714 corridas, com 66 touchdowns. Também registrou 51 recepções para um total de 397 jardas. O running back liderou a FBS com 33 touchdowns em 2017.
5. Darrell Henderson, Memphis
Henderson tem a aceleração como principal característica. Um especialista em big plays, o jogador acumulou impressionantes 8,2 jardas por corrida ao longo da carreira em Memphis.
Apesar de dividir snaps no backfield com Patrick Taylor e até com o wide receiver Tony Pollard, Henderson teve uma excelente produção. Absolutamente letal quando encontra espaço, o running back dos Tigers utiliza muito bem a excelente explosão para encaixar corridas longas. No último jogo da carreira no college football, a final da AAC contra a invicta UCF, Darrell Henderson causou estragos na defesa dos Knights e superou as 200 jardas ainda no primeiro tempo, anotando ainda um touchdown de 62 jardas. Contando com um excelente equilíbrio e facilidade para mudar de direção, não é raro ver o running back encontrando os espaços que precisa para desenvolver as corridas.
Por outro lado, Henderson ainda apresenta limitações como bloqueador, em parte devido à estatura abaixo da média. A concorrência enfrentada na conferência AAC, que apesar do crescimento nos últimos anos ainda não possui tanto prestígio, também será apontada como outro problema. Ele apareceu como recebedor principalmente em screens e outros passes curtos, já que Pollard era o alvo principal dos passes saindo do backfield.
Ao longo de três temporadas atuando por Memphis, Darrell Henderson disputou 38 partidas e acumulou 3.545 jardas e 36 touchdowns em 431 corridas. Recebendo a bola, acrescentou outras 758 jardas e oito pontuações em 36 acionamentos. Em 2018, melhor ano da carreira, liderou a FBS em jardas de scrimmage com 2.204 (1.909 terrestres) e 25 touchdowns (22 correndo com a bola).
ESPECIAL: TOP 5 DRAFT 2019
– Os melhores jogadores de linha defensiva
– 28/3: linha ofensiva
– 4/4: tight ends
– 11/4: linebackers