Jets vencem pela primeira vez em sua história um jogo de playoff
Virada sobre o Minnesota Wild dá ao Winnipeg Jets sua primeira vitória nos playoffs em 6 anos
Foi na raça! Nesta quarta-feira (11), o Winnipeg Jets venceu a primeira partida da série contra o Minnesota Wild por 3 a 2 na Bell MTS place, oferecendo ao resiliente torcedor de Manitoba, a primeira vitória da franquia nos playoffs em sua curta existência de seis anos.
A torcida fez a sua parte. Como na temporada 2014-15, quando chegou pela primeira vez na pós-temporada, a campanha whiteout foi lançada e o torcedor pintou o evento de branco, dentro e fora da arena. Naquela oportunidade, os Jets foram varridos pelo Anaheim Ducks de Bruce Boudreau (treinador do Minnesota Wild). Desta vez, o time estava mais preparado para triunfar.
O estilo de jogo mais ofensivo dos anfitriões, somado à característica mais defensiva dos visitantes foi traduzida em números nos primeiros 20 minutos. Foram 13 tiros dos Jets contra apenas 4 de Minnesota. No entanto, ninguém conseguiu encontrar o fundo da rede.
A segunda etapa foi mais equilibrada nos números, e os goleiros passaram a ter papel fundamental no empate que durou pouco mais de 37 minutos.
Quando o público já não aguentava mais esperar para soltar o grito na garganta, o defensor Nate Prosser do time de Saint Paul segurou Brandon Tanev na borda do gelo, e foi penalizado com um minor por holding. Era tudo que o Winnipeg Jets precisava para quebrar o silêncio da arena.
Mark Scheifele mandou a bomba depois do passe de Blake Wheeler, um tiro à queima roupa, sem chances para Dubnyk que fazia ótima partida. O power play, arma letal dos azuis, funcionou mais uma vez.
Mas as emoções foram guardadas toda para a última etapa, e toda a alegria e confiança do torcedor foi embora logo aos 1:46, quando o experiente e tricampeão da NHL, Matt Cullen aproveitou bobeira da defesa adversária e empatou a partida.
Apenas dois minutos mais tarde, o disco sobrou para o contra-ataque dos visitantes que já estava armado com Zach Parise e Mikael Grandlund. O finlandês partiu em direção ao gol, mas foi muito inteligente e habilidoso para colocar Parise em condição de virar o jogo. Um ambiente de pessimismo pairava no ar, enquanto o torcedor se perguntava se era real mesmo o que estava acontecendo.
Nas horas mais difíceis, precisamos contar com a ajuda divina, e para a sorte dos sofredores adeptos dos Jets, a equipe tem um jogador fora de série. Patrik Laine chamou a responsabilidade para si e se posicionou para o tiro fatal, e acertou o canto de Dubnyk, retirando a vantagem dos visitantes.
O gol reanimou os anfitriões que partiram para a virada. O volume de jogo dos donos da casa era insustentável, e a virada foi apenas uma consequência de todo o esforço da equipe. O defensor Joe Morrow arriscou de longe. Ninguém desviou, apesar do grande tráfego entre Dubnyk e Morrow. O ginásio estremeceu.
Faltando ainda 2 minutos para o encerramento do jogo, Bruce Boudreau, head coach do Minnesota Wild, decidiu sacar Dubnyk da partida e adicionar outro jogador de linha. Uma tentativa desesperada, porém, comum no hóquei de gelo na tentativa de um gol.
Afogados na zona defensiva, o time de Winnipeg não conseguiu encontrar o gol do adversário vazio para sacramentar a vitória, pelo contrário, cada tiro de longe que não entrava era um novo icing para Minnesota. Foram seis ao total. Mas nada disso foi capaz de impedir que o Winnipeg Jets fizesse história.
First playoff game victory in Thrashers/Jets 2.0 history. And more to come.
— Pierre LeBrun (@PierreVLeBrun) April 12, 2018
Com muita moral e muito apoio da torcida, os azuis voltarão ao gelo para o segundo duelo contra Minnesota na próxima sexta-feira (13) às 19h30. Podemos esperar um novo mar branco de torcedores apaixonados, vivendo uma relação de amor e esperança com este time.
(Foto: Divulgação site/WinnipegJets)