Ícone do Chicago Blackhawks, Stan Mikita morre aos 78 anos
Multipremiado e membro do Hall da Fama do Hóquei, central eslovaco fez história nos Blackhawks
Infelizmente, o clima é de luto para torcedores do Chicago Blackhawks e demais fãs do hóquei. Faleceu nesta terça-feira (7/8), aos 78 anos, o histórico e icônico Stan Mikita. De origem eslovaca, Mikita atuou como central na franquia de Chicago durante os 22 anos de sua carreira na NHL, conquistando vários prêmios e sendo nomeado ao Hall da Fama do Hóquei em 1983.
Segundo em gols (541; 31º na história da liga) e líder dos Blackhawks em pontos (1.467; 14º), assistências (926) e jogos disputados (1.396; 40º), Stan foi o primeiro jogador da franquia a ter sua camisa imortalizada – de número 21, em 1980, no antigo Chicago Stadium – antiga casa de Bulls e Blackhawks.
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— Chicago Blackhawks (@NHLBlackhawks) August 7, 2018
Campeão da Stanley Cup em 1961, o central venceu o Lester Patrick Trophy (prêmio dado a personalidades que contribuem para o hóquei no gelo nos Estados Unidos) em 1976, dois Hart Memorial Trophy (MVP da liga; 1967 e 1968), quatro Art Ross Trophy (líder em pontos no fim da temporada regular; 1964, 1965, 1967 e 1968) e dois Lady Byng Memorial Trophy (jogador com mais espírito esportivo e cavalheirismo; 1967 e 1968), sendo o único jogador a vencer o Hart Memorial, o Art Ross e o Lady Byng em uma mesma temporada – feito obtido em 1966-67 e 1967-68.
“Stan Mikita viveu uma vida notável e era um homem maravilhoso, respeitado e reverenciado por tantos. Um dos maiores jogadores da história da NHL e um ícone de Chicago, ele foi um pioneiro do jogo em muitos aspectos. Projetou o modelo único de seu capacete que ele usou em sua carreira, quando isso ainda era raridade. Ele curvou seu stick até um ponto antes impensável, fazendo com que seus disparos fizessem truques. Ele transformou completamente seu estilo de jogo, passando de um dos jogadores mais penalizados da liga para um dos mais cavalheirescos”, afirmou Gary Bettman, comissário da NHL.
Presidente e CEO dos Blackhawks, John McDonough também se manifestou. “Stan Mikita será sempre lembrado como um campeão, um inovador e um mestre do jogo. Ele encarna o Chicago Blackhawks. Sua excelência é ilustrada pelos números que ele detém até hoje. Sua paixão pelo jogo foi provada pela longevidade de sua carreira como jogador. O impacto que ele teve na franquia é comprovado pelo fato de que os fãs dos Blackhawks ainda usam sua camisa no United Center”, disse o executivo.
“Não há palavras para descrever nossa tristeza pela morte de Stan. Ele falou muito do Chicago Blackhawks, do jogo de hóquei e de toda a Chicago. Ele deixou uma marca que ficará gravada para sempre nos corações dos fãs – passado, presente e futuro. Todos que Stan tocou se tornaram pessoas melhores”, comentou Rocky Wirtz, dono dos Blackhawks.
Nascido em 20 de maio de 1940, na antiga Checoslováquia, o icônico jogador de Chicago não se chamava Stan Mikita – seu nome de batismo era Stanislav Gvoth. Com seu país natal sendo tomado pelos comunistas em 1948, Stanislav foi entregue para ser criado pelos tios, Joe e Anne Mikita. Joe e Anne o levaram para a cidade canadense de St. Catharines, na província de Ontario, onde recebeu o nome pelo qual ficou conhecido na NHL.
Stan Mikita foi homenageado pelo Chicago Blackhawks, junto com Bobby Hull (ala-esquerdo da equipe entre 1957 e 1972); os dois foram nomeados embaixadores do time em cerimônia realizada no ano de 2008 e foram imortalizados em estátuas, colocadas na parte externa do United Center, ao lado da lenda Michael Jordan.
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Diagnosticado com Demência de Corpos de Lewy em 2015, Mikita foi considerado como um dos 100 Maiores Jogadores da NHL.
Foto: Divulgação/NHL