Utah Jazz bane outro torcedor por incidente racista com Westbrook
O fato ocorreu antes da partida número 4 dos playoffs da temporada passada, mas teve desdobramento somente agora
A relação conflituosa entre torcedores e jogadores tem dado o que falar nos últimos dias na NBA e vêm causando consequências severas nos envolvidos. Principal prejudicado com essas atitudes, o Utah Jazz resolveu agir novamente a respeito do assunto e proibiu um segundo torcedor de frequentar, permanentemente, a Vivint Smart Home Arena, ginásio da franquia. O fã fez um comentário racista a Russell Westbrook, antes da partida número 4 dos playoffs da temporada passada contra o Oklahoma City Thunder, informou o Deseret News.
A decisão foi tomada, após vídeo postado nas mídias sociais, nesta terça-feira (12), onde o torcedor é ouvido chamando Westbrook de “boy” – termo histórico usado de forma racista nos Estados Unidos: “Não me chame de ‘boy'”, disse Westbrook ao fã, que repetiu a frase. Posteriormente, Russell fez um sinal para o segurança.
To Russell Westbrook’s defense, here is even further proof of his previous interactions with Utah Jazz fans. In this video, @russwest44 is called a “boy” by a Jazz fan ahead of Game 4 of OKC’s first-round playoff series against Utah on April 23, 2018 at Vivint Arena. pic.twitter.com/lc6slA7fTo
— Eric Woodyard (@E_Woodyard) March 13, 2019
Na época, não ficou claro se o front office do Jazz estava ciente da gravidade do incidente, mas depois que o vídeo foi postado nas redes sociais, a equipe revisou e deu a ele uma proibição permanente, informou o jornal.
Esta segunda punição vem logo após o caso desta segunda-feira (11), durante a partida entre as mesmas equipes (Utah Jazz e Oklahoma City Thunder), no qual Westbrook e Shane Kiesel, fã de Utah, trocaram ofensas exaltadas. O armador foi penalizado com multa de 25 mil dólares e o torcedor foi banido para o resto de sua vida do ginásio da franquia, em Salt Lake City.
Esses casos têm causado diversas manifestações públicas e antes do jogo, desta quinta-feira (14), contra o Minnesota Timberwolves, Gail Miller, proprietária do Jazz, dirigiu-se ao público para ler um comunicado que reafirmava: “nossa comunidade não é racista”.
“Estou extremamente desapontada que um dos torcedores tenha ofendido não apenas um convidado em nossa arena, mas também eu pessoalmente, minha família, nossa organização, a comunidade, nossos jogadores e você, os melhores fãs da NBA”, disse Miller levantando aplausos.
“Isso nunca deveria acontecer. Não somos uma comunidade racista. Acreditamos em tratar as pessoas com cortesia e respeito como seres humanos.Temos um código de conduta nessa área. Será rigorosamente cumprido”, enfatizou a dona da franquia.
Gail Miller addressed tonight's crowd ahead of tip-off ❤️ pic.twitter.com/nJcmPD2kD4
— Utah Jazz (@utahjazz) March 15, 2019
Outro a manifestar-se foi Draymond Green, ala-pivô do Golden State Warriors, além de jogadores do Jazz, incluindo as principais estrelas como Rudy Gobert e Donovan Mitchell que apoiaram publicamente Russell Westbrook.
Foto: Divulgação Twitter / NBA