NBA deve mudar regras de elegibilidade do Draft em 2021
Uma das alterações é que os jogadores poderiam ir diretamente do high school para a liga, sem passar pela faculdade
Nesta sexta-feira (15), a NBA enviou um memorando para as equipes da liga alertando sobre uma possível mudança na elegibilidade do Draft, que aconteceria somente em 2021. Segundo o jornalista Zach Lowe, da ESPN americana, uma das principais mudanças seria que os jogadores do high school (o equivalente ao nosso ensino médio) poderiam ir diretamente para NBA, sem passar, necessariamente, pelo menos um ano atuando numa universidade ou qualquer time fora dos Estados Unidos – a chamada regra “one and done“.
Inclusive, sobre pular o ano universitário, Adam Silver, comissário da NBA, pensa em inserir a G-League no tema, fazendo com que os atletas passem um ano pela liga de desenvolvimento e, após essa temporada, ingressem na liga principal. Após a publicação dessa informação, o elogiado prospecto de high school Darius Bazley anunciou sua intenção de jogar a G-League, em vez de ir para Universidade de Syracuse.
O atual formato do Draft está implantado desde 2006, estabelecendo que os atletas precisam ter pelo menos 19 anos (ou um ano de formados do ensino médio) para participar do recrutamento, entre outros critérios. Não é obrigatório jogar no basquete universitário (alguns optam por atuar fora dos EUA profissionalmente), mas a NCAA acaba sendo o caminho mais comum para os principais jogadores. Antes de 2006, alguns grandes atletas fizeram esse ‘pulo’ sem passar pelo college, como LeBron James, Kobe Bryant e Kevin Garnett.
O memorando foi enviado para os times com intuito de que as franquias saibam que as modificações podem acontecer antes do final do contrato do atual formato do Draft, que vai até 2024. Em março, o jornalista Brian Windhorst, da ESPN Americana, noticiou que Silver já pensava em algumas transformações na elegibilidade.
A intenção é poder juntar, em um mesmo Draft, os grandes jogadores do high school e os melhores universitários, em uma tentativa de evoluir, ainda mais, o nível dos jogadores do processo de recrutamento. Além disso, os próprios jogadores podem ter interesse em não precisar passar pelo college, já que não recebem nada além de uma bolsa de estudos na NCAA (sem qualquer salário ou remuneração extra), uma das grandes polêmicas em torno do tema.
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