Chipper Jones e Jim Thome lideram votação para Hall da Fama do Beisebol
Tracking de votos revela que Jones, Thome e Vladimir Guerrero são os mais bem cotados para o Hall da Fama até o momento
Faltando apenas 20 dias para a divulgação dos jogadores eleitos para o Hall da Fama do Beisebol, alguns dos maiores jogadores das décadas de 1990 e 2000 continuam sonhando com um lugar na eternidade no Hall, localizado em Cooperstown, estado de Nova York. Para garantir sua vaga, cada jogador deve receber ao menos 75% dos votos dados pelos integrantes da BBWAA (Baseball Writers’ Association of America) e, com a previsão de 424 votos, a expectativa é de que a escolha por 318 integrantes seja suficiente para a eleição de um atleta.
Estão na cédula 21 atletas, todos aposentados há cinco anos ou mais. Pelas regras, 75% dos votos garantem a eleição, e quem for escolhido por menos de 5% dos eleitores (21 votos ou menos) sai da lista a partir de 2019. O limite para permanência no processo de escolha dos membros do Hall da Fama é de 10 anos, e quem não alcança 75% (independente do número de votos) é excluído após tal prazo.
Como faz desde 2009, Ryan Thibodeaux, um norte-americano da Califórnia, está coletando e divulgando todos os votos que recebe. Ele mantém uma planilha na internet, aberta e divulgada em sua conta no Twitter (@notmrtibbs), e conta com um “bônus”: a partir deste ano, todos os votos serão divulgados individualmente após o anúncio dos eleitos. Isso aumenta o número de jornalistas dispostos a antecipar suas escolhas, já que até a classe de 2017, os votos eram secretos.
Até as 17h desta quinta-feira (4), Thibodeaux consolidou 164 votos, cerca de 38,7% do quadro geral. Com base na tabela, é possível separar a classe em três grandes grupos, e faremos isso a seguir.
Sinal verde
Quatro jogadores estão muito próximos da imortalidade. Estreante na cédula, Chipper Jones (lendário terceira base do Atlanta Braves entre 1993 e 2012) tem 162 votos (98,8% do total), e precisa de votos em 60% das demais cédulas para assegurar sua vaga. Já Jim Thome (foto), que atuou como primeira base e rebatedor designado por seis franquias, passando 13 anos com o Cleveland Indians, aparece pela primeira vez na lista e de cara já soma 155 votos (94,5%). Ele precisa constar de 62,7% das cédulas não divulgadas para fazer parte de Cooperstown.
Os outros dois nomes bateram na trave em 2017. Vladimir Guerrero, outfielder/DH de Montreal Expos, Los Angeles Angels e Texas Rangers, entre outros, e Edgar Martinez, rebatedor designado do Seattle Mariners, ficaram de fora por 15 e 73 votos. Neste momento, Vlad tem 154 votos (93,9%) e Martinez aparece em 133 cédulas (81,1%), e a eleição de ambos parece tranquila. Guerrero ainda tem tempo, pois estreou na lista no ano passado, mas a situação de Martinez é perigosa, pois ele aparece pela nona vez e, se ficar de fora (precisa constar de 71,2% dos votos não divulgados), terá só mais uma chance.
Sinal amarelo
A lista começa com outro que bateu na trave em 2017. Trevor Hoffman, closer do San Diego Padres e segundo no ranking de saves da MLB, viu a vaga escapar por cinco votos. Neste momento, ele tem 128 (78%), e já “ganhou” nove indicações entre eleitores antigos, o que parece um bom sinal, mas a margem de segurança é pequena. Como está na lista pelo terceiro ano, porém, ele tem tempo, e sua entrada no Hall da Fama parece iminente.
O bolo seguinte é formado por quatro grandes nomes da MLB. Mike Mussina, arremessador que marcou época no New York Yankees e Baltimore Orioles, tem 121 votos (73,8%). Em seu quinto ano na disputa, ele segue uma trajetória ascendente, e se não entrar agora, deve obter seu lugar em 2019 e 2020. Já Curt Schilling, pitcher que defendeu Arizona Diamondbacks e Boston Red Sox, entre outros, está em seu sexto ano e, aparentemente, recuperou alguns dos votos que perdeu por defender posições conservadoras no passado. Schilling tem 111 indicações (67,7%), e deve subir bem em relação a 2017, quando foi escolhido por apenas 45% dos eleitores.
Entre os dois, empatados com 113 votos (68,9%), aparecem dois polêmicos monstros da liga. Barry Bonds, líder do ranking histórico de home runs, e Roger Clemens, um dos maiores arremessadores dos últimos 40 anos, sofrem com o passado ligado ao uso de esteroides anabolizantes. Os casos de ambos são bem discutidos, a rejeição existe e dificilmente a dupla estará na classe de 2018. No entanto, ambos ainda têm tempo (estão no sexto ano), e o patamar atual está bem acima de 2017, quando os dois rondaram a casa de 54% dos votos, o que pode significar uma trajetória de alta.
Sinal vermelho
Formado pelo restante da classe. Nem todos serão eliminados, mas nenhum dos listados a seguir entrará no Hall da Fama em 2018. São eles, por ordem: Larry Walker (8º ano, 65 votos, 39,6% do total), Omar Vizquel (estreante, 47 votos, 28,7%), Manny Ramirez (2º ano, 44 votos, 26,7%), Fred McGriff (9º ano, 17,1%), Sammy Sosa (6º ano, 22 votos, 13,4%), Billy Wagner (3º ano, 17 votos, 10,4%), Scott Rolen (estreante, 17 votos, 10,4%), Jeff Kent (5º ano, 16 votos, 9,8%), Gary Sheffield (4º ano, 16 votos, 9,8%), Andruw Jones (estreante, nove votos, 5,5%), Johan Santana (estreante, três votos, 1,8%) e Johnny Damon (estreante, dois votos, 1,2%).
Crédito das imagens: Reprodução/Twitter, Reprodução/MLB, Reprodução/Twitter e Reprodução/Youtube