Prévia: o que esperar da divisão NFC Norte da NFL
Quem poderá terminar com o reinado do Green Bay Packers?
AFC Leste, NFC Leste e AFC Norte já foram analisadas, é hora de falar da NFC Norte, franquia que tem sido amplamente dominada pelo Green Bay Packers. Chicago Bears, Detroit Lions e Minnesota Vikings se reforçaram para tentar chegar ao título da divisão que promete muita disputa e um provável wild card saindo daqui. Quem se reforçou melhor então?
Chicago Bears
Todos nós conhecemos a equipe por sua força defensiva e por um ataque aéreo não muito confiável. O jogo se inverteu na última temporada. O que não mudou muito foi Jay Cutler. Por mais um ano o QB não conseguiu participar de todos os jogos, algo que ocorre desde 2009, atuando em 11 partidas. Diferente das outras vezes, desta vez o time viu em Josh McCown um substituto de qualidade. A franquia o perdeu para Tampa Bay e trouxe via draft David Fales de San Jose State, que em 12 jogos na última temporada, conseguiu 33 TDs e 4189 jardas, que dado o histórico do titular pode entrar em campo já em 2014.
Se Julius Peppers deixou o time rumo ao maior rival, a reposição foi feita com muita qualidade. Jared Allen tem a missão de pressionar os QBs adversários é aumentar suas estatísticas de sacks. Também chegou no free agency Lamarr Houston, ótimo DE do Oakland Raiders. Mais um nome para dar mais segurança na defesa é o do CB, que também atua como safety, Kyle Fuller de Virginia Tech. Uma boa aposta foi em Will Sutton. O DT foi All-American em 2012 por Arizona, com excepcionais 13 sacks de média na temporada. 2013 marcou um ano com problemas no peso e apenas 1 partida disputada, fazendo com que sobrasse na 3ª rodada. Ótimo movimento da franquia, caso consiga recuperar o jogador. Os Bears são os mais fortes candidatos para por fim ao domínio de Green Bay na divisão.
Detroit Lions
Após uma última temporada decepcionante, o Detroit Lions espera dias melhores com a chegada de Jim Caldwell, ex-treinador do Colts, para o lugar de fraco Jim Schwartz. A franquia passou por momentos embaraçosos no último ano, quando perdeu 6 dos últimos 7 jogos e deu adeus as chances de playoffs. Para mudar este panorama a franquia trouxe um nome de peso para ajudar Calvin Johnson no jogo aéreo: Golden Tate, campeão do Super Bowl com o Seahawks. Outro nome que tem condições de trazer impacto imediato neste mesmo sentido é o de Eric Ebron, TE de North Carolina, que possuiu ótimo potencial. Com os problemas de David Akers, o time foi buscar o sólido kicker de Boston College, Nate Freese.
A defesa continuará com os problemas na secundária, já que os Lions trouxeram para reforçar a posição de CB apenas Cassius Vaughn (ex-Colts) no free agency. No corpo de linebackers, destaque para a chegada de Kyle Van Noy de BYU, via draft. Se trabalhado, outro que pode fazer diferença mais para o futuro é o DT Caraun Reid de Princeton, que trabalha bem bloqueando chutes. Possivelmente não é o suficiente para superar os Packers, mas o time está bem moldado para o futuro.
Green Bay Packers
O domínio da equipe de Wisconsin já se vai por 3 anos. A NFC North tem dono. A tendência é que este ano continue, graças a boas adições feitas pela franquia. A chegada de Julius Peppers é emblemática pelo simples fato de vir do maior rival, os Bears e que vai auxiliar muito o pass rush, apesar de aparentar certa “preguiça” nos últimos tempos. A equipe renovou com Matt Flynn, que realmente parece ter nascido para ser um backup de Aaron Rodgers. Com o QB titular saudável, o time ganha força e tem tudo para alcançar pelo menos 10 vitórias na temporada.
Para reforçar um dos problemas da defesa, a secundária, chega via draft o ótimo Ha Ha Clinton-Dix, FS de Alabama. Excelente na cobertura ao passe tem tudo para trazer profundidade ao roster. Outro movimento importante na seleção foi à chegada do WR Davante Adams de Fresno State, que substituirá James Jones que rumou para Oakland. Mais um sobrenome Rodgers chega da Califórnia: o híbrido Richard Rodgers. O atleta nos 2 primeiros anos de NCAA atuou como TE, entretanto, na última temporada foi WR. Com ataque e defesa reforçados, a franquia pode sonhar em ir mais longe que o Wild Card.
Minnesota Vikings
A equipe que também poderia se chamar apenas Adrian Peterson Vikings fez uma péssima campanha em 2013, que culminou com a demissão de Leslie Frazier. Mike Zimmer, ex-coordenador defensivo do Bengals chega com a difícil missão de comandar uma franquia que não possui um QB. Dias melhores estão depositados na escolha de Teddy Bridgewater. O jogador, que outrora era apontado como escolha número 1 do draft, saiu na última escolha da 1ª rodada, após uma troca com o Seahawks. O atleta pode ajudar Peterson com um read option, além de ter um braço razoável, ou pelo menos melhor do que os últimos que passaram por lá. Essa era a maior fraqueza do time. O MVP do último Sugar Bowl lançou 3970 jardas para 31 TDs na última temporada.
Para reforçar a defesa, Anthony Barr foi escolhido na oitava posição do draft. Muitos apontam que o talentoso jogador não se encaixa na defesa da equipe. O linebacker costumava jogar em UCLA numa defesa 3-4 na NCAA e terá que se arrumar numa 4-3 na NFL. Com a saída de Jared Allen, também da seleção de calouros de 2014 vem Scott Crichton, DE de Oregon State. Reforçando a secundária do free agency chegam os CBs Derek Cox (ex-Chargers) e Captain Munnerlyn (ex-Panthers). Do draft, mais 3 CBs: Antone Exum (Virgina Tech), Kendall James (Maine) e Jabari Price (North Carolina). Para dar descanso a Peterson, Jerick McKinnon, RB de Georgia Southern, vem com uma curiosidade: também atuou como QB durante a universidade. Um time para o futuro, pois playoffs se torna uma missão muito impossível difícil para os Vikings.