Finais da NBA: Elenco de San Antonio pode fazer diferença
O calor não foi o único problema do Heat no jogo 1 contra os Spurs
Ao final de jogo 1 das finais da NBA, na quinta-feira, o assunto geral era o problema com o ar-condicionado do AT&T Center, que provocou uma partida de mais de 30 graus de temperatura na quadra. E mais, afetou diretamente o desempenho de LeBron James, que deixou a quadra antes do fim do jogo completamente morto e com cãibra.
Porém, amigo leitor, dizer que esse fator foi o responsável pela derrota de Miami Heat é não enxergar o real motivo que levou o San Antonio Spurs à vitória. E mais, diferencial que pode levar o time do Texas ao título: elenco.
Antes do jogo já era sabido que ter bons reservas era a chave de San Antonio, mas isso ficou muito claro na partida 1. Porém, temos que analisar de outra forma essa questão. Não é falar de reservas, é falar de roster mesmo, de peças de reposição.
O time de Greg Popovich joga com dois “falsos titulares”, digamos assim. Jogadores que iniciam a partida para esquentar (com o perdão do trocadilho) o lugar para os “falsos reservas”. Começam o jogo: Tiago Splitter e Danny Green. Terminam o jogo, Boris Diaw e Manu Ginobili.
Só que pegando os números dos 4 no jogo 1 das finais da NBA, vemos que Diaw não jogou nada, fez apenas 2 pontos. Porém, Splitter surpreendeu e deixou a quadra com 14 pontos em 23 minutos. Ou seja, se um não joga, o outro compensa. Ginobili teve 16 pontos, Green 13, cada um com 3 bolas de 3. Ou seja, dois jogadores com ótimas médias.
San Antonio pode contar com o elenco em diversas situações. Tanto para um reserva (ou falso titular) cobrir a pontuação de um titular (ou falso reserva) quanto para dois jogadores que disputam posição e conseguem manter o mesmo jogo, não importa quem esteja jogando. Foi assim durante todos os jogos desses playoffs. E além disso, esses caras compensam atuação fracas dos outros jogadores. Exemplo: Kawhi Leonard, que foi bem mal e fez apenas 9 pontos. E MAIS: o time ainda tem Tim Duncan e Tony Parker, que combinaram para 40 pontos.
Já em Miami, os reservas foram carregados por Ray Allen (que jogou quase o dobro de tempo do titular Mario Chalmers), que marcou 16 dos 20 pontos do banco. Olha, depois dessa, quase que eu mudei meu palpite para essas finais da NBA. Porém, do outro lado temos ainda LeBron e Wade, e isso sempre pode fazer diferença. E ainda acredito que fará.
E para não dizer que só meti o pau no Miami, lembremos que o jogo estava equilibrado até a hora da saída do camisa 6, e sem ele, o time se perdeu. Só que isso é mais um fator para mostrar a diferença entre os elencos e as peças de reposição.
Para encerrar: LeBron, meu querido. Você já deve ter jogado basquete descalço na rua no verão. Sério que não consegue jogar os últimos 3 minutos de uma decisão de NBA por conta de calor e cãibra. BITCH, PLEASE!