[PRÉVIA] NHL 2017-18: Divisão do Pacífico
No primeiro ano em que a Pacific Division é disputada por 8 times, quem será capaz de parar o Anaheim Ducks?
Agora com oito clubes na disputa, o título da Divisão do Pacífico da NHL na temporada 2016-17 ficou mais uma vez com o Anaheim Ducks. Foi o quinto título seguido de divisão para a franquia, que avançou à final da Conferência Oeste e acabou sendo derrotada em seis jogos pelo Nashville Predators.
Para isso, nas primeiras rodadas, a equipe de Anaheim passou por cima dos rivais Edmonton Oilers e Calgary Flames, que conseguiram melhorar seus desempenhos em relação à temporada anterior, quando ficaram de fora dos playoffs. O San Jose Sharks conseguiu se classificar novamente, mas não foi longe na briga pelo título do Oeste e mostrou dificuldades em lidar com adversários mais jovens.
Vancouver Canucks e Arizona Coyotes mais uma vez ficaram pelo caminho. Já o Los Angeles Kings regrediu, não sendo capaz de chegar ao mata-mata mais uma vez.
Contando com a entrada do novo time de Las Vegas, as equipes buscaram reforços e a competição por vagas nos playoffs do Oeste não será fácil, ainda mais depois que os times do Pacífico conseguiram “recuperar” a vaga de Wild Card “cedida” para a divisão Central. E fica a pergunta: quem será capaz de parar o Anaheim Ducks? Confira a análise do The Playoffs para a temporada 2017-2018 na divisão!
ANAHEIM DUCKS
Os Ducks são um dos times mais competitivos da NHL há alguns anos, e o desempenho da franquia nas últimas cinco temporadas é prova mais do que evidente. Com um retrospecto de 18-16-8 nos primeiros três meses da temporada 2016-17, o topo da divisão parecia impossível para a equipe de Anaheim, mas a situação mudou com a virada do ano e os Ducks começaram a busca por mais um triunfo.
Nos meses de janeiro e março, foram 20 vitórias em 48 jogos. Além disso, Anaheim mostrou muita força jogando no Honda Center e faturou o título do Pacífico pelo quinto ano seguido. O time conseguiu evoluir nos playoffs, mas caiu mais uma vez para os Predators, agora na final do Oeste.
Tentando ampliar seu domínio – mas sem deixar de vigiar seus adversários – os Ducks mantiveram jovens talentos, como Rickard Rakell, Jakob Silfverberg, Cam Fowler e Hampus Lindholm. A equipe também contará com o experiente goleiro John Gibson, sólidos jogadores conhecidos da torcida (Ryan Getzlaf, Corey Perry e Ryan Kesler) e os recém-chegados Ryan Miller (goleiro) e Francois Beauchemin (defensor). As baixas ficaram por conta de Shea Theodore, Clayton Stoner (agora nos Golden Knights) e Jonathan Bernier (no Colorado Avalanche).
Briga por: título da divisão
ARIZONA COYOTES
Depois da evolução registrada entre as temporadas 2014-15 e 2015-16 (de 56 para 78 pontos), os Coyotes acabaram tendo um pequeno retrocesso e terminaram a última temporada com 70 pontos e em 6º lugar na divisão. Apesar da esperança de chegar aos playoffs ser pequena, a equipe do Arizona confia que Rick Tocchet (novo técnico e ex-auxiliar dos Penguins) será capaz de reconduzir o time ao bom caminho.
Os números ruins da equipe na temporada 2016-17 foram reflexo de alguns desfalques sofridos por lesão. Entre eles, os atacantes Brad Richardson e Max Domi, e defensor Oliver Ekman-Larsson. A plena recuperação desses jogadores e a necessária evolução dos atletas mais jovens poderá fazer alguma diferença a favor dos Coyotes.
Arizona manteve em seu elenco peças como Christian Dvorak, Dylan Strome, Anthony Duclair e Clayton Keller, tendo a chegada de Derek Stepan e Antti Raanta (ex-Rangers) e Niklas Hjalmarsson (ex-Blackhawks). Shane Doan (aposentado), Mike Smith (agora nos Flames), Radim Vrbata (nos Panthers), Martin Hanzal (nos Stars) e Alexander Burmistrov (nos Canucks) foram alguns que deixaram a equipe.
Briga por: vaga no Wild Card
CALGARY FLAMES
O Calgary Flames terminou a temporada 2015-2016 com apenas 35 vitórias e um ingrato quinto lugar do Pacífico. Mas em 2016-17, a equipe conseguiu evoluir o suficiente para se garantir na pós-temporada, com 94 pontos. Só que os Flames voltaram a esbarrar no mesmo obstáculo de 2014-15: foram varridos pelo Anaheim Ducks, pentacampeão do Pacífico, na 1ª rodada do Oeste.
Precisando de um início melhor de temporada e tentando mudar as coisas para 2017-18, Calgary contará com uma nova dupla de goleiros, Mike Smith e Eddie Lack. Vindo dos Coyotes, o veterano Smith (2016-17: média de 2.92 gols sofridos e 91,4% de defesas em 55 jogos) terá a responsabilidade de ser o goleiro titular da terceira dupla diferente de jogadores a defender o gol dos Flames nas últimas três temporadas. Lack, ex-Hurricanes, será o reserva.
Travis Hamonic (ex-defensor dos Islanders) e Spencer Foo (ala-direito, vindo da Union College) se juntam a nomes já conhecidos, como Michael Stone, Dougie Hamilton, Johnny Gaudreau, Sean Monahan, TJ Brodie e Sam Bennett.
Para encarar o desafio de retornar aos playoffs, os Flames não poderão contar com Dennis Wideman (agente livre irrestrito), o defensor Deryk Engelland (nos Golden Knights), os goleiros Brian Elliott (nos Flyers) e Chad Johnson (nos Sabres) e o ala-esquerdo Lance Bouma (nos Blackhawks).
Briga por: vaga nos Playoffs
EDMONTON OILERS
Liderados por Connor McDavid (favorito aos troféus Hart e Art Ross em 2017-18), o Edmonton Oilers saltou de 70 pontos (2015-16) para 103 pontos (2016-17) e conseguiu retornar aos playoffs pela 1ª vez desde 1998. Além disso, os bons desempenhos de Leon Draisiatl, Milan Lucic e Ryan Nugent-Hopkins mostraram que os Oilers são uma séria ameaça à dominância do Anaheim Ducks.
Apesar de cair em sete jogos para os Ducks na final do Oeste, o ótimo trabalho feito pelo técnico Todd McLellan e a incrível temporada de Draisaitl (2016-17: 77 pontos em 82 jogos) e McDavid (2016-17: 100 pontos em 82 jogos) serviram para elevar o nível de exigência da torcida, que espera ver seu amado time alçando voos maiores. Porém, os Oilers precisarão lidar com a ausência de Andrej Sekera, afastado por motivo de lesão e que não deve retornar antes do próximo Natal – pode ser a oportunidade que Matt Benning precisa para se destacar.
Para a próxima temporada, Edmonton mantém o ótimo goleiro Cam Talbot, os alas-esquerdos Patrick Maroon e Anton Slepyshev, além da promessa finlandesa Jesse Puljujarvi. Além disso, a franquia terá à disposição o central Ryan Strome (ex-Islanders) e o ala-esquerdo finlandês Jussi Jokinen (ex-Panthers). O central Jordan Eberle, envolvido na troca por Strome, agora integra o elenco dos Islanders; outro que deixou a franquia canadense foi o ala-esquerdo Benoit Pouliot, que agora veste a camisa dos Sabres.
Briga por: título da divisão/vaga nos playoffs
LOS ANGELES KINGS
Após o bom desempenho da temporada regular de 2015-2016, e apesar de não ir longe na pós-temporada daquele ano, todos esperavam ver o Los Angeles Kings na disputa pelo título da Conferência Oeste mais uma vez. Mas não foi o que aconteceu: com um retrospecto de 39-35-8, os Kings terminaram a temporada 2016-17 em 5º lugar na divisão (86 pontos).
Tal situação acabou gerando a contratação do técnico John Stevens para o lugar de Darryl Sutter e do novo general manager Rob Blake, substituindo Dean Lombardi. Pierre Turgeon, ocupando o posto de técnico assistente, também chegou para – junto a Stevens e Blake – ajudar os Kings a reencontrar o vitorioso caminho que a franquia já trilhou em 2011-12 e 2013-14.
Outro ponto de stress para Los Angeles na última temporada foi a ausência do grande goleiro Jonathan Quick em grande parte dos jogos. Os veteranos Anze Kopitar e Dustin Brown também deixaram a desejar em 2016-17 e precisam se reencontrar. E um detalhe importante: os Kings precisam melhorar seu desempenho contra equipes do Pacífico, principalmente Coyotes, Canucks e os novatos Golden Knights – em 2016-17, a franquia colecionou mais derrotas do que vitórias ao enfrentar Arizona e Vancouver.
Os Kings seguem contando com uma boa base de jogadores, como Drew Doughty, Jake Muzzin, Marian Gaborik, Tanner Pearson, Tyler Toffoli e Jeff Carter. E para o novo ano chegam o defensor Christian Folin (ex-Wild), o central Michael Cammalleri (ex-Devils) e o goleiro Darcy Kuemper (ex-Wild). Deixaram a equipe: Jarome Iginla (agente livre), Tom Gilbert (agora no Thomas Sabo Ice Tigers/Alemanha), Ben Bishop (nos Stars), Brayden McNabb (nos Golden Knights), Matt Greene (aposentado) e Devin Setoguchi (no Adler Mannheim).
Briga por: vaga no Wild Card
SAN JOSE SHARKS
O San Jose Sharks vem de duas fortes temporadas regulares e do título da Conferência Oeste em 2015-16, que levou a equipe pela 1ª vez à final da Stanley Cup. Mas a derrota para os Oilers em seis jogos na última pós-temporada mostrou a dificuldade que os Sharks têm contra elencos jovens e rápidos.
Para a temporada 2017-18, San Jose segue com nomes de peso como Joe Thornton, Joe Pavelski, Martin Jones, Brent Burns e Logan Couture. A equipe ganhou a presença de jogadores não muito conhecidos: entre eles, o tcheco Radim Simek, o ex-Flames Brandon Bollig e o ex-Maple Leafs Antoine Bibeau.
Mas os Sharks perderam algumas peças. A principal delas foi Patrick Marleau, agora nos Maple Leafs. David Schlemko (nos Canadiens) e Mirco Mueller (nos Devils) também deixaram o time de San Jose.
Briga por: vaga nos playoffs/vaga no Wild Card
VANCOUVER CANUCKS
Das três franquias canadenses que se encontram na divisão do Pacífico, o Vancouver Canucks é a única sem motivos para comemorar nas últimas temporadas. Depois de fazer 101 pontos em 2014-15, os Canucks amargaram fracos desempenhos de 77 pontos (2015-16) e 69 pontos (2016-17).
Em processo de reconstrução – e que talvez não seja muito rápido – a equipe foi ao mercado e fez algumas aquisições. Chegam aos Canucks o ala-direito Sam Gagner (ex-Blue Jackets), o central Alexander Burmistrov (ex-Coyotes), o defensor Michael del Zotto (ex-Flyers), o defensor Patrick Wiercioch (ex-Avs), o goleiro Anders Nilsson (ex-Sabres) e o ala-esquerdo Thomas Vanek (ex-Panthers).
Além disso, os Canucks seguem contando com irmãos Sedin para tentar fazer a diferença, mas é difícil crer que a equipe de Vancouver consiga ser uma força na disputa pela divisão. Entre os jogadores que deixaram o elenco da franquia, temos o goleiro Ryan Miller (nos Ducks) e os defensores Luca Sbisa (nos Golden Knights) e Nikita Tryamkin (no Avtomobilist Yekaterinburg).
Briga por: não ficar em último no Pacífico
VEGAS GOLDEN KNIGHTS
O Vegas Golden Knights chegou para sua primeira temporada na NHL. Mas, contando com poucos nomes interessantes no elenco (pelo menos, no papel), ainda é cedo para ter esperanças muito elevadas a respeito da equipe do técnico Gerard Gallant.
Para a estreia, o objetivo do time de Las Vegas é se mostrar competitivo. Isso torna os jogos contra equipes de menor nível (Canucks e Avs) importantes para fugir da última posição no Pacífico. O goleiro Marc-Andre Fleury (ex-Penguins), em grande forma, será uma peça fundamental na tentativa dos Golden Knights de evitarem algumas derrotas.
Pensando em poder de fogo no ataque, Vegas ainda tem muito o que evoluir. No momento, as melhores apostas seriam o ala-esquerdo James Neal (ex-Predators), o russo Vadim Shipachyov (ex-SKA Saint Petersburg), o ala-esquerdo Erik Haula (ex-Wild), o ala-esquerdo David Perron (ex-Blues) e o central Jonathan Marchessault (ex-Panthers).
Briga por: não ficar em último no Pacífico
Fotos: Divulgação/NHL;
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