[PRÉVIA] NHL 2017-18: Divisão do Atlântico
Vamos analisar os oito times do Atlântico; será que o Montreal Canadiens também levará a melhor este ano?
Na temporada passada, o Montreal Canadiens conseguiu chegar ao seu 24° título de divisão. Agora o grande desafio da equipe é conseguir superar seus adversários de tabela que possuem novos elencos e avançar para um passo maior, a final da Stanley Cup, vencendo as finais da Conferência Leste, feito que a franquia não consegue atingir desde 1993.
Na temporada passada, Montreal avançou para a segunda rodada dos playoffs, mas perdeu para o adversário de divisão Ottawa Senators, que eliminou os Habs em seis jogos e outro adversário de divisão, o Boston Bruins, ainda na primeira rodada. Já o Toronto Maple Leafs também não foi muito longe, perdeu em seis jogos na primeira rodada para o Washington Capitals.
Florida Panthers, Tampa Bay Lightning e Detroit Red Wings causaram surpresa negativa. Os três times que tinham conseguido clinchar os playoffs em 2015-16, ficaram para trás na temporada passada. Em especial Detroit, que finalizou uma sequência de 25 anos seguidos chegando aos playoffs.
Já o Buffalo Sabres atingiu a penúltima colocação no Leste e ficou em 26° na colocação geral. O time não consegue lugar nos playoffs desde 2010.
Com isso, o The Playoffs segue dando continuidade na análise e prévias por divisão para a temporada de 2017-18 da NHL, e separou para os fãs do hóquei algumas informações sobre a divisão do Atlântico.
BOSTON BRUINS
Sendo um dos times de maior destaque na divisão nos últimos anos, o Boston Bruins conseguiu alcançar os playoffs na temporada passada, porém caiu ainda na primeira rodada para o Ottawa Senators.
Com um recorde de 44-31-7, os Bruins ficaram na terceira colocação em 2016, porém com os novos reforços que chegaram ao time para a próxima temporada, como Jordan Szwarz, o prospecto Anders Bjork e o defensor veterano Paul Postma, será difícil não pensar no quão longe a equipe pode ir.
Um dos grandes pontos chaves continua sendo seu elenco consistente e eficiente. Brad Marchand e David Pastrnak, por exemplo, sempre jogaram pelos Bruins e lideraram a equipe em pontos, com 85 e 70 respectivamente durante a temporada passada. Outro destaque vai para a defesa de Boston, com o acréscimo do Paul Postma no elenco e renovação do Torey Krug no ano passado, pode ser bem possível que os pares defensivos se tornem mais eficazes e dinâmicos.
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BUFFALO SABRES
Depois de passar por temporadas difíceis desde 2010, último ano que o time conseguiu avançar para os playoffs, o Buffalo Sabres tenta reajustar sua equipe a cada temporada para conseguir, no mínimo, alcançar o top 5 da Divisão do Atlântico.
Com um recorde pobre de 33-37-12 em 2016-17, os Sabres ocuparam a última posição na divisão e não conseguiram sentir nem o cheiro dos playoffs. Essa foi a quarta temporada consecutiva onde a equipe não conseguiu alcançar um recorde com mais vitórias do que derrotas.
Um dos maiores problemas do Buffalo Sabres é a equipe técnica. Desde 2013 já passaram mais de quatro treinadores pela franquia, sendo que os três últimos possuíam recorde inferior com mais derrotas do que vitórias. A última demissão foi do ex-técnico Dan Bylsma, que ficou no comando da equipe por somente duas temporadas. Phil Housley foi o novo contratado da franquia para 2017-18.
Tentando iniciar uma temporada melhor neste final de ano, os Sabres apostaram em novas contratações para o seu elenco. Para o ataque foram negociados Seth Griffith (ex-Florida Panthers e Toronto Maple Leafs) e Benoit Pouliot (ex-Edmonton Oilers), a defesa pretende se realocar e encontrar novos caminhos com Nathan Beaulieu (ex-Montreal Canadiens) e Marco Scandella (ex-Minnesota Wild). E tudo isso com o jovem Jack Eichel como principal nome no ataque.
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DETROIT RED WINGS
Depois de passar por uma avalanche de azar na temporada passada e encerrar a sequência de 25 classificações para playoffs, o Detroit Red Wings terminou 2016-17 na penúltima colocação e com o pior recorde da franquia em 25 anos, 33-36-13.
A péssima temporada passada pode ter se iniciado depois da troca de técnicos da franquia. Mike Babcock, depois de ficar por 10 anos no comando do time, deixou os Red Wings para que Jeff Blashill tomasse a frente das coisas em junho do ano passado. Mesmo conseguindo classificação para os playoffs em 2015-16, talvez Blashill não tenha conseguido manter o mesmo desempenho e reajustado o elenco para a temporada seguinte, fazendo com que Detroit sucumbisse.
De acordo com os matemáticos do portal The Score, o Detroit Red Wings é o menos provável de chegar até o topo da Divisão do Atlântico em 2017-18 e até mesmo de chegar aos playoffs, tendo uma possibilidade em 100 de voltar à pós-temporada.
Para a próxima temporada, Detroit acertou contrato com o ponta direita Luke Witkowski (ex-Tampa Bay Lightning) e com o defensor Trevor Daley (ex-Pittsburgh Penguins). Brendan Smith deixou a equipe ainda em 2016 e Tomas Nosek foi para o Vegas Golden Knights.
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FLORIDA PANTHERS
Depois de conseguirem a primeira classificação para os playoffs em três anos em 2015-16 e vencerem a divisão naquela mesma época, o Florida Panthers deslizou na temporada passada e o desempenho diminuiu, deixando a equipe em 6° (81 pontos) no Atlântico e não garantindo a vaga para a pós-temporada.
Um dos problemas que pode ter contribuido para o desempenho insatisfatório da equipe foi a lesão do goleiro Roberto Luongo em janeiro, fevereiro, março e abril deste ano. Luongo apareceu somente em 40 jogos pela franquia na temporada passada, sendo que seu recorde não foi tão bom, 17-15-6.
Sem Jaromir Jagr (agora no Calgary Flames), Michael Sgarbossa, Reilly Smith, Shawn Thornton, Thomas Vanek e Greg McKegg, os Panthers apostaram em abrir espaço no salary cap, renovar contratos e se preparar para o que vem em 2017-18. As novas contratações prometem aumentar o desempenho do time e melhorar as linhas defensivas e ofensivas. Micheal Haley (ex-San Jose Sharks), Radim Vrbata (ex-Arizona Coyotes) e os novatos Owen Tippett e Evgenii Dadonov, que voltou para os Panthers depois de uma temporada na Rússia, são as promessas das para 2017-18.
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MONTREAL CANADIENS
Com uma temporada incrível em 2016-2017, garantindo troféu da Divisão do Atlântico com 103 pontos e um recorde de 47-26-9, o Montreal Canadiens acabou o ano de maneira frustrada.
Mesmo começando mal o início da temporada, os Habs conseguiram se levantar e acordar para o título divisional com uma equipe consistente e forte tanto defensivamente quanto ofensivamente. Nos playoffs, entretanto, os Canadiens não foram muito longe. Chegaram na primeira rodada e perderam para o New York Rangers em 6 jogos. Max Pacioretty foi o jogador mais valioso da franquia no ataque, já Shea Weber, que veio em 2016 dos Predators, fez um papel extraordinário na defesa, tida como uma das melhores em 2016.
Uma das grandes preocupações para os Canadiens será a falta de alguns jogadores que fizeram a diferença ano passado e que devem ser subsituidos por algumas incógnitas esse ano. Alexander Radulov, por exemplo, foi negociado com o Dallas Stars e apareceu em top 3 tanto em pontos, gols e assistências pela franquia. Jonathan Drouin (ex-Tampa Bay Lightning), deve substituir a posição de Radulov para a próxima temporada.
Outros destaques que chegarão à equipe em 2017-18 são: Byron Froese (ex-Tampa Bay Lightning), Ales Hemsky (ex-Dallas Stars), David Schlemko (ex-San Jose Sharks), Joe Morrow (ex-Boston Bruins), Mark Streit (ex-Pittsburgh Penguins) e os novatos Jakub Jerabek e Victor Mete.
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OTTAWA SENATORS
Depois do vice-título do atlântico em 2016-17, o melhor recorde da franquia desde 2010 e uma temporada incrível com 44-28-10 (vitórias, derrotas e perdas em overtime), o Ottawa Senators se torna um dos times que pode vencer a divisão nesta temporada. Ottawa foi também o time do Atlântico que chegou mais longe durante os playoffs da Stanley Cup, perdendo nas finais da Conferência Leste para o Pittsburgh Penguins em sete jogos.
Durante a pré-temporada, os Senators tiveram um desempenho regular de 3-3-0, e isso pode preocupar caso se reflita no início da temporada regular. Por outro lado, as novas contratações da franquia se saíram bem. O novato Alex Formenton marcou 1 gol e 2 assistências em 6 jogos, e Johnny Oduya (ex-Chicago Blackhawks) conseguiu um plusminus de +2. Além dessas novas caras, os Senators ainda vão contar com o apoio de Nate Thompson (ex-Anaheim Ducks) no ataque, provável quarta linha.
Um dos agravos que podem pesar para os Senators em 2017 é a diferença de elenco entre a temporada de 2016-17 e a atual. No ataque, por exemplo, foram embora ou assinaram com novas equipes: Phil Varone (Philadelphia Flyers), Tommy Wingels (Chicago Blackhawks), Chris Neil (NHL), Casey Bailey (NHL), Matt Puempel (NY Rangers), Buddy Robinson (Winnipeg Jets), Viktor Stalberg (NHL), Chris Kelly (NHL) e Curtis Lazar (Calgary Flames). Já na defesa as mudanças foram poucas, apenas dois jogadores não estão mais atuando, são eles: Jyrki Jokipakka (NHL) e Marc Methot (Dallas Stars), sendo Methot uma grande perda para Ottawa, tendo em vista o número de assistências dadas para gol pelo jogador na temporada passada (12).
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TAMPA BAY LIGHTNING
Um dos times de maior potencial da divisão do atlântico, o Tampa Bay Lightning sofreu na temporada passada com lesões contínuas e repentinas de seus jogadores. Com isso, a franquia não foi capaz de se classificar para os playoffs e ficou fora da pós-temporada depois de quatro anos, mesmo começando razoavelmente bem o outubro do ano passado.
O atual cenário dos Bolts deve mudar para 2017. Com a volta do capitão Steven Stamkos (65 jogos perdidos), Ryan Callahan (64 jogos perdidos), Cedric Paquette (23 jogos perdidos) e Tyler Johnson (16 jogos perdidos), a equipe de estatística do portal americano The Score apontou o time de Tampa Bay como o provável vencedor da divisão do atlântico para a temporada de 2017-18. Será?
Negociações e contratações importantes durante a offseason podem elevar ainda mais a força ofensiva de Tampa para 2017-18. O bicampeão com o Pittsburgh Penguins Chris Kunitz se juntou à equipe da Flórida e conta com números extraordinários na carreira. Outros destaques vão para o novato Mikhail Sergachev (ex-Montreal Canadiens) e para Brayden Point, que só no seu primeiro ano pela NHL e por Tampa Bay marcou 18 gols e 22 assistências.
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TORONTO MAPLE LEAFS
O Toronto Maple Leafs foi um dos times que mais impressionou durante 2016-17. Depois da chegada do novato Auston Matthews, #1 do Draft retrasado, o time decolou e acabou alcançando os playoffs antes do esperado, ocupando a 4ª posição no Atlântico. Em comparação com a temporada anterior (2015-16), os Leafs conseguiram um bom avanço e deixaram a lanterna da divisão depois de quatro anos.
Na “Era Matthews”, a franquia possui grandes chances de classificação para os playoffs em 2017-18. Com grandes contratações e apostando em jovens jogadores habilidosos, os Leafs parecem se mostrar ainda mais preparados do que na temporada anterior.
Com quase nenhuma diferença em relação ao elenco de 2016-17, os Leafs continuam contando com a ajuda de Nazem Kadri, James van Riemsdyk e claro, Matthews na primeira linha ofensiva. Novas contratações para aprimorar as demais linhas foram feitas na offseason, entre elas: Eric Fehr, a volta de Chris Mueller para a NHL, Dominic Moore (ex-Boston Bruins), e os defensores novatos Andreas Borgman, Timothy Liljegren, Vincent LoVerd e Calle Rosen.
Durante a pré-temporada, o Toronto Maple Leafs foi o melhor time da Divisão do Atlântico. Com um recorde de 5-2-1, a franquia conseguiu equilibrar o lineup, acomodar e encaixar novos jogadores para tornar o time mais ágil e eficiente. O que pode pesar para Toronto agora em 2017-18 é a grande quantidade de jogadores novatos nas linhas defensivas, sem a força física necessária. A estreia das linhas de defesa pode ser um quesito questionável para os Leafs nesta temporada.
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(Imagens: NHL.com)
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