[PRÉVIA] NHL 2017-18: Divisão Central
Com grandes surpresas na temporada passada, será difícil apostar no primeiro colocado desta divisão
A Divisão Central é uma das mais equilibradas da NHL e também uma grande amostra de rivalidades, como a de Chicago Blackhawks e St. Louis Blues, que se perdura desde 1970 até os dias atuais. Desta divisão saíram seis campeões da era Stanley Cup.
Além disso, são nove vencedores do President’s Trophy, que é dado à melhor equipe da temporada regular entre as quatro divisões. O Chicago Blackhawks é a equipe mais antiga, fundada em 1926, considerada uma Original Six e seis vezes vencedor do título da NHL.
A temporada de 2016-17 foi uma das mais surpreendentes da história recente, com uma disputa “pessoal” entre Minnesota Wild e os Blackhawks pela primeira colocação da divisão, que acabou ficando com a equipe de Illinois, com a perda de força do Wild na reta final devido a lesões e um “apagão” de sua defesa.
Outra “briga” na temporada regular foi protagonizada por St. Louis Blues e Nashville Predators pela terceira e a vaga de wild card. Com um ataque bem potente, os Blues conseguiram a terceira vaga, deixando a quarta colocação para os Predators.
O Winnipeg Jets fez uma temporada decente, mas não conseguiu chegar aos playoffs. O Dallas Stars foi a “decepção” da divisão, com uma equipe sólida que todos esperavam chegar forte a pós-temporada, mas não conquistou vaga. O Colorado Avalanche está em reconstrução e amargurou a última colocação de toda a liga, com 48 pontos.
A grande surpresa da pós-temporada foi o Nashville Predators, que “varreu” o Chicago Blackhawks, e passou depois por St. Louis Blues e o Anaheim Ducks, chegando à Stanley Cup, mas infelizmente acabaram perdendo para o Pittsburgh Penguins.
E para este ano, o que esperar da única divisão de apenas sete times da NHL? Confira a análise feita pelo The Playoffs para a temporada 2017-2018 na Central Division.
CHICAGO BLACKHAWKS
O Chicago Blackhawks realizou uma boa temporada passada, protagonizando uma das maiores “batalhas” pela primeira posição da Divisão Central com o Minnesota Wild, mas não podemos dizer o mesmo sobre a pós-temporada. As expectativas estavam altas e os torcedores acabaram vendo uma varrida da equipe, que perdeu os quatro primeiros jogos para o Nashville Predators nos playoffs.
A franquia também teve que lidar com sérios problemas de salary cap, o que acarretou na saída do atacante Artemi Panarin, uma das principais estrelas da equipe nas últimas temporadas. Além dele, Niklas Hjalmarsson e Marcus Krueger foram embora através de trocas e Trevor van Riemsdyk saiu no Draft de Expansão para o Vegas Golden Knights.
Os prós da equipe de Chicago são a volta de Brandon Saad e Patrick Sharp, relembrando a equipe campeã da Stanley Cup na temporada 2012-13 e 2014-15, o que dá esperanças aos fãs da franquia. A chegada de Connor Murphy, vindo através da troca de Hjalmarsson pode ser interessante, pois leva mais jovialidade ao time.
Outra situação positiva para esta temporada é a confiança na dupla Jonathan Toews e Patrick Kane e a segurança de um Corey Crawford saudável para defender a meta de Chicago.
Mesmo com toda a turbulência dos playoffs e com a saída de bons jogadores, o treinador Joel Quenneville tem tudo sob controle e não deixará de montar uma equipe competitiva para esta temporada que chega.
Briga por: título da divisão
ST. LOUIS BLUES
Desde a chegada do técnico Mike Yeo, os Blues ganharam muito em ataque e conseguiram manter uma defesa decente, mas não o suficiente para chegar a uma Stanley Cup. A franquia de St. Louis passou por Minnesota na primeira fase dos playoffs, mas depois pegaram um time embalado dos Predators e venceu apenas uma partida.
No período de free agency, a equipe trouxe Brayden Schenn após uma troca que enviou Jori Lehtera ao Philadelphia Flyers e adiciona um bom alvo na segunda linha da equipe, formando um front-six de respeito com Schwartz, Stastny, Tarasenko, Fabbri, Steen e agora Schenn. Os Blues podem contar com um ataque com bons números, sendo a 11ª equipe com mais gols (233) no ano passado.
A parte negativa da equipe fica por conta da defesa, que levou ao todo 216 gols, sendo a 11ª equipe a levar mais gols dentro da liga e a 5ª dentro da divisão. O capitão Alex Pietrangelo realmente faz jus à frase “uma andorinha só não faz verão” e precisará da ajuda de seu companheiro de linha Joel Edmundson e do jovem Colton Parayko para melhorar esses números.
Se tudo der certo e a equipe melhorar, os Blues têm chances de playoffs muito bem claras e com um ataque melhorado com a chegada de uma peça importante, o futuro poderá ser bom para a equipe do Missouri.
Briga por: vaga no wild card
MINNESOTA WILD
O Minnesota Wild começou forte a temporada regular em 2016, com um ataque fulminante e uma defesa sólida, mas ao final da temporada a equipe foi perdendo força e perdeu o primeiro lugar da Divisão Central para o Chicago Blackhawks, após duas derrotas em confrontos diretos.
A principal contratação da equipe foi o atacante Tyler Ennis, que chegou do Buffalo Sabres, além de Kyle Quincey vindo do Columbus Blue Jackets. O Wild teve o segundo melhor ataque da liga, atrás somente do campeão Pittsbugh Penguins e o melhor ataque da Divisão, marcando 263 gols.
A defesa também foi muito boa na temporada passada, mas com a perda de Marcus Scandella, que partiu para Buffalo, Ryan Suter muito provavelmente ficará com Jared Spurgeon como seu companheiro na primeira linha defensiva e a dúvida que fica é se essa defesa dará conta de uma das divisões mais competitivas da liga.
Outro fator que atrapalhou a franquia na temporada 2016-17 foram as lesões, principalmente de jogadores chaves como Erik Haula, Martin Hanzal e Zach Parise, jogadores que atuam nas duas principais linhas ofensivas da equipe.
O Wild tem uma boa equipe em mãos, com um ataque que poderá repetir o feito da temporada passada como melhor ataque da Divisão Central e tudo dependerá de como a defesa irá se portar e se todos os jogadores irão conseguir ficar 100%.
Briga por: vaga de wild card
WINNIPEG JETS
Os Jets tinham chances de chegar aos playoffs na temporada passada, entretanto, o desempenho na reta final não foi o desejado.
Mas a equipe de Manitoba tem muito a comemorar. Além do desempenho muito bom do novato Patrik Laine, terminando com 36 gols e 64 assistências a temporada, a novidade fica por conta da aquisição na free agency do goleiro Steve Mason, que chega para assumir a titularidade no gol e dar segurança numa time que levou 255 gols e foi a quarta defesa mais vazada temporada 2016-17.
Em contrapartida, se a defesa não consegue fazer seu trabalho, o ataque não podemos dizer o mesmo, pois além de Laine, Mark Scheifele e Black Wheeler também fizeram sua parte no elenco, somando os dois para 58 gols e 98 assistências.
Mesmo com um ataque bom, ainda vemos uma inconsistência defensiva muito grande e os Jets precisarão de uma temporada nunca antes vista de Jacob Trouba e Dustin Byfuglien para a equipe conseguir chegar aos playoffs.
Brigar por: meio da tabela
COLORADO AVALANCHE
O Avalanche foi sem sombra de dúvidas o pior time da liga na temporada passada e a equipe tenta uma reconstrução. O time teve muitos problemas com sua defesa, que foi a pior da temporada, tomando 276 gols.
O ataque da equipe também não conseguiu impor seu jogo, tendo uma porcentagem de 12,6 de power play convertido em gol e o quarto colocado na liga em chutes ao gol, com 28,1%, mas marcando apenas 165 gols na temporada.
A chegada do atacante Colin Wilson, vindo do Nashville Predators, pode animar o ataque de Colorado. Além disso, os rumores da saída de Matt Duchene se intensificam e as peças que poderão vir de uma possível troca podem marcar uma melhoria de alguns setores.
A franquia está em reconstrução e possivelmente ficará novamente em última dentro da liga inteira, garantindo seus 17% de chance de ter a primeira escolha do Draft de 2018 – o que não aconteceu em 2017, apesar da campanha terrível.
Briga por: fugir da lanterna
DALLAS STARS
Os Stars não conseguiram chegar aos playoffs na temporada anterior e o general manager Jim Nill parece não ter gostado nada dessa história. Temos muitas novidades para a equipe do Texas esta temporada, começando primeiro com a chegada do treinado Ken Hitchcock e junto a ele o assistente Rick Wilson, que mudou com a equipe de Minnesota para Dallas e fez parte da franquia por 17 anos, inclusive na conquista da Stanley Cup em 1998-99.
O ataque da equipe ficou em 16º lugar entre as 31 franquias da NHL, com 222 gols marcados, e para aumentar este número, a chegada impactante do atacante Alexander Radulov, que marcou 18 gols e deu 36 assistências atuando com os Canadiens na temporada passada, pode ser fundamental.
O grande problema da equipe se encontra na defesa, pois foi a segunda que mais levou gols com 222 gols tomados e para tentar resolver isso, Marc Methot chegou para fazer par com John Klingberg na primeira linha. No gol, a renovação do goleiro Ben Bishop, que chegou na temporada passada, confirma uma dupla muito boa entre Bishop e Lehtonen, que poderá ser muito bem utilizada por Hitchcock.
Os Stars se mexeram e trouxeram boas opções para ataque e defesa, indicando que eles querem reviver a equipe vencedora na temporada 1998-99 com Ken Hitchcock. Se conseguirem manter seus melhores jogadores saudáveis, Dallas tem tudo para chegar aos playoffs dessa vez.
Briga por: título da divisão
NASHVILLE PREDATORS
Os Predators não fizeram uma grande temporada regular, conseguindo segurar apenas a vaga de wild card da divisão. A surpresa veio acontecer na pós-temporada, quando todos acreditavam na vitória fácil dos Hawks na primeira rodada e a equipe do Tennessee mostrou sua força, varrendo o rival e chegando até a Stanley Cup com chances boas de vencer.
Os Preds fizeram essa proeza com um time extremamente jovem e mostrando que o futuro renderá bons frutos. Para essa temporada, Viktor Arvidsson renovou seu contrato por sete anos e Austin Watson por mais três anos, garantindo um ataque bem forte.
Além deles, Scott Hartnell volta à equipe que o selecionou em 2000, agora com uma “bagagem” boa em suas costas e ajudando os jovens do elenco. O carrasco da Stanley Cup, Nick Bonino (vindo dos Penguins), agora usará amarelo e branco.
Os Predators tiveram como baixa a aposentadoria do capitão Mike Fisher e a saída do atacante James Neal, que foi para o Vegas Golden Knights no Draft de Expansão. Além disso, a saúde do defensor Ryan Ellis não está boa, com o jogador voltando a fazer uma cirurgia em seu joelho esquerdo.
Nashville mostrou que os jovens assumiram uma responsabilidade e a equipe tem boas chances de voltar a figurar nos playoffs com as novidades que chegaram nesta offseason. A briga será boa pelas primeiras posições da divisão e todos verão o nome dos Preds nesse bolo.
Briga por: título da divisão
Foto: Reprodução Twitter/St. Louis Blues
Foto: Reprodução Twitter/Minnesota Wild
Foto: Reprodução Facebook/Winnipeg Jets
Foto: Reprodução Twitter.com/DallasStars
Foto: Reprodução/Site Oficial do Chicago Blackhawks
Foto: Reprodução/Site Oficial do Nashville Predators
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