SUPER BOWL LIII: 5 motivos para acreditar no título do New England Patriots
Experiência na decisão, jogo corrido e Tom Brady são algumas das razões para acreditar nos Patriots no Super Bowl LIII
Pra quem achou que a dinastia de New England na NFL havia acabado, os Patriots chegam neste ano ao seu 11º Super Bowl da história, o terceiro seguido e o quarto em cinco anos. Para isso, a franquia comandada pelo head coach Bill Belichick bateu o Kansas City Chiefs na final da AFC, em pleno Arrowhead Stadium, na prorrogação, em mais uma grande partida devido ao esquema tático orquestrado pelo treinador multi-campeão.
E a busca pelo sexto anel de sua história – para igualar o Pittsburgh Steelers como maior campeão da era SB – passa pelo Super Bowl LIII e pelo campeão da NFC, o Los Angeles Rams, que conta com a qualidade de um elenco jovem e extremamente talentoso comandado por um técnico que tem revolucionado o esquema de trabalho na liga: Sean McVay. A promessa é de um grande duelo digno de uma decisão, do porte do Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta, e na qual Belichick e o quarterback Tom Brady estão mais que acostumados.
Listamos abaixo algumas boas razões para acreditar que o Super Bowl vai parar novamente em Foxborough.
(Foto: Reprodução Twitter/NFL)
Confira então os 5 motivos para apostar no título dos Patriots:
TOM BRADY
Nenhum outro jogador da história jogou mais Super Bowls do que Brady, que vai à sua nona final. E por mais que ele nunca possa vencer o tempo no auge dos seus 41 anos de idade, o camisa 12 continua dominante e decisivo quando mais se precisa dele. Uma das fortes razões de se dizer que o QB é o maior de todos os tempos é seu crescimento de produção na hora “H”.
Por mais que o signal caller venha de uma temporada regular abaixo de outros jogadores da posição, quando chegam os playoffs, Brady muda a chave e mostra a melhor versão de si em janeiro e fevereiro. Se ele continuar atuando como nas duas últimas partidas, é difícil não imaginar que ele não seja um dos fatores decisivos para o título dos Pats. Foram 690 jardas e mais de 71% dos passes completos somando os dois confrontos da pós-temporada.
Se levar em contra apenas as três últimas aparições no Super Bowl, contra os Seahawks (2015), os Falcons (2017) e os Eagles (2018), são 1.299 jardas totais – uma média de 433 por jogo e quebrando o recorde de jardas aéreas na última edição com 505 – e nove touchdowns. Então, se Tom Brady começar o Super Bowl LIII ‘on fire’, conseguir se sobressair contra a forte defesa do Rams e abrir vantagem logo, New England e o QB têm tudo para levantar o Lombardi Trophy.
EXPERIÊNCIA
Ninguém jogou mais Super Bowls neste século do que New England. Foram oito decisões sob a batuta de Bill Belichick e Tom Brady, que agora vão para a nona. Se somar a participação de todo o elenco do Los Angeles Rams, são cinco aparições no total. E esse é um dos fatores que mais pode pesar em uma decisão. Mesmo porque o adversário conta com a dupla mais jovem de head coach e quarterback da história a chegar no Super Bowl: Sean McVay e Jared Goff.
Cada detalhe pode contar muito na hora de jogar uma partida na NFL, então na decisão não seria diferente. A experiência de se jogar decisões com frequência pesa em qualquer esporte, pois a atmosfera de uma partida deste nível é totalmente diferente.
E é aqui que a experiência pesa a favor dos Patriots: é um time que vai para o nono Super Bowl em 19 edições da final. Brady e Belichick já passaram por inúmeras situações diferentes no SB e já vivenciaram diversos tipos de situações, tal qual a virada histórica no Super Bowl LI, contra os Falcons.
Em resumo, erros podem acontecer, mas quem sabe lidar com qualquer tipo de situação por já ter encarado antes pode sempre ser uma vantagem.
(Foto: Kevin C. Cox/Getty Images)
CONTROLE DO RELÓGIO
Uma das coisa que os Patriots mais fizeram durante os jogos dos playoffs deste temporada da NFL foi saber controlar o relógio e as trincheiras. Tanto do lado ofensivo quanto defensivo da bola a franquia de New England soube como dominar o tempo que ficou com posse da bola no ataque e conter ou deixar o adversário pontuar na defesa.
Contra Kansas City, por exemplo, o jogo corrido da franquia fez total diferença na hora de gastar o relógio, fora a experiência de Brady para lançar para o alvo certo. A defesa, por outro lado, conteve Patrick Mahomes e as jogadas terrestres do rival da AFC quando necessário, mas quando tinha que deixar tempo suficiente para uma campanha ofensiva, a unidade defensiva “facilitou” o último TD dos Chiefs antes do two-minute warning.
JOGO CORRIDO
Apesar do bom trabalho nos playoffs, que fez os Rams chegarem à decisão, a sua defesa cedeu uma média de 5,1 jardas por corrida na temporada regular – a pior da NFL. O jogo terrestre dos Patriots nunca foi o grande destaque do ataque com um under center como Tom Brady. Contudo, a possibilidade de vitória da franquia da AFC passa diretamente pelo seu jogo corrido.
A estratégia de Belichick nos dois duelos de pós-temporada foi clara: muitas jogadas terrestres para controlar o relógio e utilizar Brady nos momentos cruciais. E Los Angeles cedeu 122,3 jardas de média pelo chão na temporada regular. Um sinal de que por aí que a partida deve desequilibrar com Sony Michel, James White e Rex Burkhead.
New England voltou seu playbook para o jogo terrestre e dominou totalmente as trincheiras e, consequentemente, a posse de bola nos dois jogos dos playoffs: foram assustadoras 82 corridas e 331 jardas somando os embates contra Chargers e Chiefs. E a missão dos Rams é extremamente complicada diante disso justamente pelo fator de ‘cobertor curto’: se o time reforçar os jogadores nas trincheiras, Brady vai castigar com o seu quick release e a capacidade de ler as formações do adversário. Algo que McVay faz muito com Goff e Gurley no play action.
(Foto: Adam Glanzman/Getty Images)
BILL BELICHICK E SEU ESQUEMA DEFENSIVO
Como grande parte dos analistas ou fãs de esquemas táticos da NFL sabem, o esquema defensivo de Bill Belichick é bem claro: identificar a principal arma ofensiva do adversário e anulá-la completamente. No caso do Super Bowl LIII, o head coach certamente sabe qual jogador tem que anular para uma maior probabilidade de sucesso: Todd Gurley. Mesmo com uma produção mediana nos playoffs até aqui, muito por estar voltando de uma contusão, o running back ainda é a principal arma ofensiva dos Rams e muitas vezes é a válvula de escape de LA tanto por terra como recebendo a bola. Caso ele jogue da melhor forma possível contra New England, o treinador dos Patriots já deve ter um plano armado para pará-lo da melhor forma possível.
Além de impedir as grandes corridas de Gurley pelas laterais, a chave para parar esse ataque dos Rams será de incluir algumas formações de zona para combater as formações com três wide receivers de McVay, que não deverá contar com o play action. Outro fator poderá ser a pressão que a linha defensiva deverá impor a Jared Goff assim como foi feito com Mahomes na final da AFC. Com uma mistura de pass rush com marcações por zona e individuais, certamente Belichick poderá confundir a cabeça de Goff na hora das leituras, mesmo com a ajuda de McVay.
(Foto: Reprodução Twitter/NFL)