[PRÉVIA] NFL Power Ranking 2018 The Playoffs: #21 Oakland Raiders
Após uma temporada decepcionante, a volta de Gruden é capaz de liderar o time aos playoffs?
Em 2016, o Oakland Raiders surpreendeu a NFL com uma forte campanha 12-4, retornando aos playoffs depois de muito tempo. Carr se consolidava como um quarterback com ótimo futuro de um lado e, do outro, Mack vencia o prêmio de melhor jogador defensivo da NFL. Na semana 16, contudo, tudo mudou: o left tackle Donald Penn, que até então não havia um sack sequer, perde o bloqueio no seu defensor, que derruba Carr e lhe quebra a fíbula. Na prática, a temporada acabou naquele lance.
Novo ano, bom Draft, retorno aos gramados de Marshawn Lynch e Carr recuperado. O roteiro parecia brilhante para que os Raiders se mantivessem entre os melhores time da AFC. Contudo, a mudança na coordenação ofensiva – que havia brilhado em 2016 – e a manutenção de uma contestada coordenação defensiva levaram o time da Califórnia a vencer apenas metade dos jogos, com seu QB sendo contestado, bem como todo o resto do time.
Depois de ser uma das maiores decepções na liga na última temporada, a franquia resolveu ir ao passado glorioso buscar o elemento que entendia faltar: um head coach campeão. Jack Del Rio foi demitido para a chegada do histórico Jon Gruden, último treinador dos Raiders a vencer um jogo de pós-temporada. A chegada dele trouxe uma grande empolgação na torcida, que vê no HC a possibilidade de voltar a vencer na NFL.
Em meio a tantas incertezas, os Raiders apostam que a defesa vá apresentar um desempenho diferente das últimas temporadas. Para conseguir isto, a franquia buscou Paul Guenther, ex-Bengals, como coordenador defensivo. O novo treinador da unidade mudou a posição de Bruce Irvin, de LB para DE, a fim de criar maior pressão e dar mais espaços à grande estrela do time: Khalil Mack, que segue em greve para renovar o contrato. Gareon Conley, CB escolhido na primeira rodada em 2017, está saudável e deve melhor o nível da secundária.
No ataque, as chamadas deverão ser feitas por Gruden. Dentro de campo, o time segue sendo liderado por Carr acompanhado de Lynch no backfield – agora com Doug Martin dividindo a função. A OL, uma das melhores da liga, manteve os principais nomes e adicionou Kolton Miller, de UCLA, na primeira rodada do Draft. Miller deverá ser LT, enquanto Donald Penn será adaptado à RT. No grupo de recebedores, Michael Crabtree foi para os Ravens, enquanto Ryan Switzer, Martavis Bryant e Jordy Nelson chegaram. Espera-se, ainda, que Amari Cooper tenha papel fundamental no jogo aéreo.
Mesmo que nem todos deem a importância devida, os Raiders revolucionaram seu time de especialistas. A chegada de Gruden representou mudanças em tudo: coordenação de special teams, punter, kicker e retornador. Quem comandará o ST de Oakland agora será Rich Bisaccia, ex-Cowboys. A saída do punter Marquette King para os Broncos abriu possibilidade para a chegada de Johnny Townsend, rookie de Florida. Giorgio Tavecchio não agradou como kicker, e os Raiders buscaram Eddy Pinero no último Draft. Por final, os retornos que ficavam por conta de Cordarrelle Patterson, agora em New England, ficarão sob responsabilidade de Switzer.
Principais chegadas: o reforço mais impactante foi justamente Jon Gruden, com o contrato de dez anos no valor de US$ 100 milhões. Além dele, Guenther para coordenar a defesa é uma adição em relação ao último ano. Dentro de campo, muitos jogadores chegaram e causaram, até aqui, boas impressões, como: Jordy Nelson (WR), Martavis Bryant (WR), Doug Martin (RB), Rashaan Melvin (CB) e um dos maiores jogadores da história dos rivais Chiefs, Derrick Johnson (LB).
Principais saídas: no ataque, um dos alvos favoritos de Derek Carr foi embora: Michael Crabtree. Apesar de muitos analistas questionarem sua chegada pelo mau momento que vivia, Crabtree se mostrou uma arma confiável no ataque de Oakland, totalizando 25 TDs e 2543 jardas em três anos pelo clube. Na defesa, a maior ausência deve ser a de NaVorro Bowman, linebacker que ajudou bastante a equipe, mesmo assinando em meio à temporada. Bowman, inclusive, anotou a primeira interceptação dos Raiders em 2017, que ocorreu apenas na Semana 12.
Ponto mais forte: OL – A linha ofensiva de Oakland é, de fato, a maior força dentro de campo. Pode-se dizer, inclusive, que é uma das melhores da NFL. Nos últimos dois anos, a equipe ficou no top 3 em sacks cedidos, mostrando que a unidade sabe proteger bem seu quarterback, mesmo enfrentando jogadores como Joey Bosa, Justin Houston e Von Miller duas vezes por ano. Resta saber se a unidade será capaz de abrir gaps para o jogo terrestre de Lynch e Martin. Em 2016, a equipe teve o sexto melhor ataque terrestre, mas esse desempenho despencou em 2017.
Ponto mais fraco: LBs – A mudança de Bruce Irvin para jogar como defensive end pode trazer mais pressão ao QB adversário. Contudo, tira da linha de linebackers um jogador com boa leitura e tackle seguro. A saída de Bowman foi substituída por Derrick Johnson, que é um ótimo líder, mas já está com 35 anos e tem histórico de lesões. Mesmo com a adição de Tahir Whitehead, vindo dos Lions, o time ainda não tem uma peça segura para posição de weak linebacker, sendo provável jogar em formação nickel (4 DLs, 2 LBs, 5 DBs). Como não há reposição de bom nível, o time deve ter problemas para combater o jogo terrestre quando o adversário ultrapassar a DL.
Calouro para ficar de olho: no Draft, os Raiders deixaram a mensagem clara: futebol americano se ganha nas trincheiras. Nas primeiras seis escolhas, cinco foram direcionadas às linhas. Apesar da segurança de Kolton Miller como left tackle e da agressividade de P.J. Hall como defensive tackle no primeiro jogo da pré-temporada, as atenções devem estar voltadas a Maurice Hurst, DT ex-Michigan. Hurst era um jogador cotado para primeira rodada que acabou saindo apenas na quinta, por conta de um problema cardíaco. O jogador deve ser utilizado junto a Khalil Mack, gerando grande pressão na linha para dificultar o ataque oponente.
Técnico: Jon Gruden (1998-2001, 2018) – histórico: 38-26
Campanha em 2017: 6-10
Projeção para campanha em 2018: 8-8
Briga por: playoffs via Wild Card
TABELA 2018
Semana 1: Rams (casa)
Semana 2: Broncos (fora)
Semana 3: Dolphins (fora)
Semana 4: Browns (casa)
Semana 5: Chargers (fora)
Semana 6: Seahawks (casa) – Londres
Semana 7: bye week
Semana 8: Colts (casa)
Semana 9: 49ers (fora)
Semana 10: Chargers (casa)
Semana 11: Cardinals (fora)
Semana 12: Ravens (fora)
Semana 13: Chiefs (casa)
Semana 14: Steelers (casa)
Semana 15: Bengals (fora)
Semana 16: Broncos (casa)
Semana 17: Chiefs (fora)
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Oakland Raiders: posição 21
Melhor nota: 8 / Pior nota: 6
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, Luis Felipe Saccini e Ricardo Pilat. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.
IMPORTANTE: não necessariamente o responsável por esta prévia concorda com a posição da equipe em questão no ranking, colocando, assim, seu ponto de vista particular nesta análise.
(Foto: Ezra Shaw/Getty Images)