Memória: há 13 anos, o Super Bowl XXXIX tinha Patriots e Eagles
O Super Bowl LII será reedição de uma grande decisão entre New England Patriots e Philadelphia Eagles
Treze anos depois, Philadelphia Eagles e New England Patriots voltam a se encontrar em um Super Bowl. Naquele 6 de fevereiro de 2005, no Super Bowl XXXIX, no estádio do Jacksonville Jaguars, os Patriots buscavam seu terceiro título em cinco anos e a consolidação de uma era iniciada por Tom Brady e Bill Belichick. Já Philly, buscava seu primeiro anel na era moderna da NFL – e a busca segue.
O cenário da temporada 2004 traz algumas semelhanças com a temporada 2017 da NFL. Os Eagles, comandados por Andy Reid, também sofreram com uma lesão no fim da temporada regular que quase botou os playoffs do time em risco, como a do QB Carson Wentz este ano. O recebedor Terrell Owens, vindo do San Francisco 49ers, recebeu impressionantes 77 bolas para 1.200 jardas e 14 touchdowns naquele ano até a semana 15, na vitória por 12 a 7 sobre o Dallas Cowboys. Nessa partida, o recebedor quebrou a clavícula e perdeu o resto da temporada. Assim como agora, Philadelphia também ficou com a melhor campanha da NFC, após 13 vitórias e 3 derrotas
Apesar da perda sentida, o quarterback Donovan McNabb atuou bem nos jogos que levaram os Eagles ao Super Bowl: somou 466 jardas nas vitórias sobre Minnesota Vikings e Atlanta Falcons (curiosamente, os mesmos adversários deste ano, só que na ordem inversa), que levaram a franquia à final após três derrotas seguidas na decisão da NFC.
Já os Patriots bateram dois rivais conhecidos para chegar a Jacksonville: 20 a 3 contra o Indianapolis Colts, de Peyton Manning, no jogo divisional, e 41 a 27 contra o Pittsburgh Steelers, do então calouro Ben Roethlisberger, na final da AFC.
O JOGO
Contrariando todos os prognósticos (e com dois parafusos e uma placa de metal a tiracolo), Owens foi para o jogo por Philly. Pelos Patriots, as esperanças estavam depositadas em uma boa equipe de recebedores, formada por David Givens, David Patten e Deion Branch, que não vinha de um bom ano, sofrendo com lesões e atuações ruins. Mas que seria totalmente aplacada com uma das melhores atuações de um recebedor na história do Super Bowl.
Após um primeiro período sem pontuações, o segundo quarto começou com Philly abrindo o placar, em um passe de Donovan McNabb para L.J. Smith. Os Patriots empataram o jogo perto do intervalo, com passe de Brady para David Givens. Placar em 7 a 7 enquanto Paul McCartney fazia o show daquela edição do SB.
No terceiro quarto, Mike Vrabel recebeu passe de duas jardas de Brady para colocar os Pats na frente, mas, logo na campanha seguinte, Brian Westbrook recebeu de McNabb para empatar novamente para os Eagles. E é aí que começa o show de Branch, na única das cinco conquistas dos Patriots até agora em que o MVP do Super Bowl não se chamava Tom Brady.
Após os Patts retomarem a vantagem com uma corrida de Corey Dillon, Branch fez a jogada da partida. Se no touchdown do segundo quarto ele já havia feito quatro capturas para 71 jardas, na campanha do início do quarto quarto ele evitou que Brady fosse interceptado e ainda fez uma recepção espetacular, tirando a bola das mãos de Sheldon Brown. Logo depois, Adam Vinatieri, herói dos dois primeiros títulos dos Pats, chutou para colocar 24 a 14 no placar.
Os Eagles ainda diminuíram perto do fim, com espetacular passe de 30 jardas de McNabb para Greg Lewis, mas a não-recuperação do onside kick deu fim ao sonho de Philly de sair da fila. E encerrou o primeiro grande momento de Brady e Belichick no século XXI com chave de ouro, dando início a uma verdadeira dinastia que seria confirmada anos depois.
E no próximo dia 4 de fevereiro, quem vai levar a melhor no Super Bowl LII?
(Foto: Al Messerschmidt/Getty Images)