[PRÉVIA] College Football Final: O que esperar da revanche entre Alabama e Clemson?
Crimson Tide e Tigers reeditam decisão dos Playoffs do ano passado nesta segunda; que vence dessa vez?
Alabama e Clemson vão repetir a decisão do ano passado para definir quem será o campeão do college football da NCAA nesta temporada. Nesta segunda, dia 9 de janeiro, às 23h (de Brasília), as duas equipes vão disputar novamente o posto de melhor do futebol americano universitário.
Mesmo o fã de football que não acompanhe tanto o college costuma ligar a TV para assistir a final – que antes era o BCA National Championship e agora é o College Football Playoffs National Championship.
Então fique por dentro do que esperar desse jogão entre Crimson Tide e Tigers na noite de segunda.
ALABAMA CRIMSON TIDE
Foram 12 vitórias na temporada regular, mais uma na final da conferência SEC contra Florida e outra na semifinal dos Playoffs diante de Washington. E o único desses 14 triunfos que foi decidido por menos de 10 pontos de diferença veio lá na Semana 3, ainda em setembro: 48 x 43 sobre Mississippi State. A campanha irretocável ainda foi coroada com vitórias largas sobre adversários do nível de USC e Tennessee. Não à toa, o Crimson Tide chega como favorito, sim, ao jogo decisivo.
Semana passada, contra Washington, a fortíssima defesa de Nick Saban limitou o QB sensação Jake Browning a apenas 150 jardas, com 1 touchdown e 2 interceptações. O jogo corrido dos Huskies também não teve espaço, com apenas 44 jardas terrestres. Ou seja, 194 jardas totais no ataque adversário em uma semifinal nacional. Nada mal. Jalen Hurts nem precisou trabalhar muito, com somente 57 jardas em 7 passes completados na partida, deixando a maior parte do ataque para o RB Bo Scarborough, que explodiu para 180 jardas e marcou os 2 TDs ofensivos do time no jogo.
Agora, Saban espera repetir o excelente desempenho da defesa diante de Clemson e do QB Deshaun Watson, outro jogador badaladíssimo que esse grupo encara pela frente. No ataque, a expectativa é que nomes como Hurts e Scarborough, além do RB Damien Harris, dos WR ArDarrius Stewart e Calvin Ridley e do TE OJ Howard sejam mais que o suficiente para dar conta do recado.
CLEMSON TIGERS
Se Bama chega invicta para a decisão, Clemson não pode dizer o mesmo. Mas, apesar da solitária e surpreendente derrota para Pittsburgh na temporada regular da ACC, os Tigers vão para Tampa com moral. Muita gente colocava os comandados de Dabo Swinney como azarões contra Ohio State, mas a vitória incontestável por 31 x 0 definitivamente mudou o panorama das expectativas para a decisão nacional. O resto do calendário ainda mostrou triunfos de qualidade contra Louisville, Florida State e um massacre sobre a arquirrival South Carolina.
Diantes dos Buckeyes de Urban Meyer, no sábado passado, Deshaun Watson lançou para 1 TD e correu para mais 2, mas foi a defesa que brilhou conseguindo impedir o adversário de pontuar. E tudo isso será mais do que necessário se a equipe quiser se recuperar do revés na final passada e conseguir se vingar de Bama nesta segunda.
Para muitos, Clemson é o time com mais chances de derrotar Alabama. Para começar, Watson precisa jogar como jogou um ano atrás – e muito melhor do que contra Ohio State. O WR astro Mike Williams também é peça fundamental do ataque. Outro ponto importante é forçar erros de Jalen Hurts, já que o QB adversário vem cometendo alguns turnovers na temporada – e se a defesa jogar como jogou semana passada, há uma boa chance. Abrir vantagem desde o começo e controlar o placar é o ideal para que Swinney, Watson e cia consigam sair com o título.
O LOCAL
O Raymond Jones Stadium, em Tampa, na Flórida, é a casa do Tampa Bay Buccaneers na NFL – além de também ser usado pela equipe de futebol americano de South Florida na NCAA. Inaugurado em 1998, tem capacidade para 65 mil pessoas e acabou se tornando mesmo o estádio ideal para esta decisão. Tudo porque se encontra praticamente à mesma distância para as duas universidades, evitando aqueles casos da partida ser disputada em uma cidade muito mais perto de um campus do que de outro.
Para se ter uma noção melhor, Tampa está a cerca de 940 km de distância e 9 horas de carro de Tuscaloosa, onde fica Bama; e a 915 km e 8 horas de viagem de Clemson.
A FINAL PASSADA
As equipes chegaram em situação invertida: Bama vinha como #2 e Clemson como #1 para a final – apesar disso, toda a tradição dos Crimson Tide fez com que chegassem como favoritos para a partida. Mas o time precisou dar seu máximo para sair com a vitória. Derrick Henry, hoje no Tennessee Titans e Heisman daquele aqno, correu para 50 jardas para abrir o marcador, mas ainda no primeiro quarto os Tigers viraram com dois passes de Watson para Hunter Renfrow. No segundo período, Henry apareceu novamente com uma corrida curta para levar o confronto empatado para o intervalo em 14 x 14.
No segundo tempo os dois ataques explodiram. O.J. Howard colocou Alabama novamente na frente recebendo lançamento longo de Jake Coker, mas Clemson se recuperou e reagiu com um field goal e um TD corrido de Wayne Gallman para entrar no último quarto com vantagem de 24 x 21.
Um FG de Bama deixou tudo igual outra vez, e Howard recebeu outro passe longo de Coker para passar à frente. Aqui o jogo mudou e o time de Saban começou a dar sinais que levaria o troféu para Tuscaloosa. Com 7 pontos de vantagem, viu Clemson acertar um FG e na sequência Kenyan Drake retornar o kickoff para TD: 38 x 27. Watson encontrou Artavis Scott para diminuir a diferença para 5 pontos, restando menos de 5 minutos para o fim.
Mas os Crimson Tide controlaram muito bem o relógio e fizeram um drive de mais de 3 minutos terminar em TD de Henry: 45 x 33. Watson ainda lançou para Jordan Leggett para descontar, mas com apenas 12 segundos para acabar a partida, não foi suficiente. Fim de jogo, Alabama 45 x 40 Clemson.
Como será dessa vez?
Foto 1: Reprodução Facebook/College Football Playoff
Foto 2: Reprodução Facebook/Alabama Football
Foto 3: Reprodução Facebook/Clemson Football
Foto 4: Reprodução Facebook/Tampa Bay Buccaneers