Last Chance U: onde estão os protagonistas da 2ª temporada
The Playoffs traz a você o destino de cada jogador da série da Netflix que conquistou o Brasil
A Netflix trouxe aos assinantes, em 2016, a série Last Chance U. O documentário nada mais seria que um reality show que mostraria a vida do jogador de futebol americano universitário de um programa um pouco diferente.
Já foram duas temporadas e mais uma terceira a caminho. Mesmo com o anúncio de que não veremos mais a EMCC – East Mississippi Community College na próxima temporada, podemos vasculhar o mundo universitário para ver onde estão os destaques do segundo ano documentado pela Netflix.
Sendo assim, a equipe The Playoffs traz a você o destino de cada destaque, com uma pequena surpresa ao final. Confira:
DeAndre Johnson, QB
Uma das histórias mais chocantes do seriado foi demonstrar como Johnson perdeu a vaga em Florida State e acabou jogando em uma pequena cidade para tentar conseguir uma nova oportunidade. O jogador agrediu uma mulher durante uma festa, sendo filmado no momento em que lhe acerta um soco. Na EMCC, além de comandar o time ofensivo em campo, o jogador prestou serviços comunitários em uma ONG que cuida de mulheres vítimas de agressão.
Mesmo tendo boas atuações e, aparentemente, se arrependido do ato que o custou sua vaga junto aos Seminoles, Johnson não teve muitas ofertas para voltar à NCAA. Por conta do desejo de trabalhar com Lane Kiffin, o jogador assinou com Florida Atlantic e segue com esperança de chegar à NFL um dia.
Isaiah Wright, RB
Este jogador era uma verdadeira estrela no programa. Na primeira temporada, servia como backup do badalado DJ Law, sendo percebido pelo treinador ao retornar um kickoff para touchdown, o que lhe rendeu algumas corridas e o posto de titular para o ano seguinte. Já na segunda temporada, Wright assume a posição de RB titular e, dentro de campo, não decepciona. Demonstrando ser um atleta cheio de recursos, o jogador logo desperta interesse de programas consagrados como Auburn e Florida State.
Contudo, uma lesão na segunda partida, aliada à perda de seu filho e ao péssimo comportamento de Wright com os treinadores e colegas de time fizeram o jogador perder espaço e oportunidades. Após escolher jogar pela universidade de West Georgia, da segunda divisão, o jogador acabou envolvido em problemas junto com seu irmão mais velho, sendo ambos presos sob suspeita de assassinato. No momento, o jogador segue respondendo ao crime e não parece ter chances de uma carreira no futebol americano.
Dakota Allen, LB
Dispensado por Texas Tech, Allen chegou à defesa de EMCC e logo causou impacto. O LB era visivelmente melhor que a maioria dos jogadores e teria várias propostas se evitasse novos problemas. Fora de campo, o jogador era uma preocupação: sua dispensa do Texas foi causada por um suposto assalto à mão armada, crime extremamente grave. O que pudemos acompanhar na série, contudo, foi a redenção de Allen. Ao chegar em Scooba, cidade pequena que abriga os Lions, o linebacker tornou-se evangélico, seguindo fielmente as orientações religiosas que recebia. Assim, apesar de não ter sido recrutado por muitos programas, conseguiu uma segunda chance em Texas Tech e acabou voltando pra “casa”.
Chauncey Rivers, DE
A linha defensiva dos Lions tinha talento e problemas. Rivers chegou por ter perdido sua chance no ótimo programa da Universidade da Georgia, por ser preso três vezes fumando maconha, tudo em pouco mais de um semestre. Contudo, apesar de reprovável, este delito não causa tantos problemas aos jogadores que demonstrarem interesse em sala de aula e bom desempenho em campo. No caso do defensive end, suas atuações foram suficientes para voltar à SEC, mas, desta vez, defendendo Mississipi State.
Kamonte Carter, DT
Outro jogador de extremo talento em campo, mas sérios problemas fora dele. Um dos personagens mais queridos do público, por conta de sua personalidade, Carter sofria seriamente com problemas de atenção. Sua falta de empenho não o ajudava, tornando-o um desafio tanto para o treinador Buddy Stephens quanto para a orientadora educacional Brittany Wagner. Dispensado por Penn State, Carter sentia-se um pouco envergonhado de ter perdido uma boa chance. Ao final, conseguiu oferta da universidade de Pittsburgh e aceitou.
Tim Bonner, DE
Ex-Louisville, Bonner talvez fosse um dos menores “problemas” para EMCC. O jogador não se interessava em estudar, o que lhe custou a vaga no programa dos Cardinals, mas melhorou o suficiente para ser disputado por quatro programas: Iowa State, Southern Miss, Indiana e Florida Atlantic. Pelo mesmo motivo de Johnson, optou por trabalhar com Lane Kiffin e escolheu Florida Atlantic.
Buddy Stephens, HC
O treinador nada ortodoxo é um dos grandes astros da série. Ao mesmo tempo que parece um homem sem bondade com os jogadores, aparece como pai afetuoso de três filhas. Buddy tenta mudar drasticamente sua forma de se portar perante seus jogadores, evitando o uso de palavrões por ter, segundo ele, sentido vergonha quando se viu na primeira temporada do show.
Buddy segue sendo treinador principal da equipe e, na última temporada (a seguinte ao segundo ano da série), ele voltou a conquistar o título nacional da NJCAA. Ao longo de 10 temporadas completas comandando a equipe, Stephens soma a incrível marca de 98 vitórias em 111 jogos disputados, demonstrando estar não somente com bons jogadores, mas utilizando-os da melhor forma.
Brittany Wagner, orientadora educacional
Após o sucesso da série, Wagner ganhou muita projeção por sua forma de lidar com os jogadores, muitas vezes recuperando-os de problemas graves. Através de sua orientação, foi possível alavancar vários jogadores ao nível profissional, o que lhe permitiu sair de EMCC e abrir sua própria empresa. Hoje, presta consultoria acadêmica e e trabalha como coach, direcionando seu conhecimento e experiência para o mundo dos atletas esportivos. Sua famosa frase no seriado “Do you have a pencil?” (“Você tem um lápis?”) originou o nome de sua empresa, 10 Thousand Pencils (10 mil lápis), que fornece consultoria para atletas selecionados durante 5 a 10 meses.
Surpresa – John Franklin III no Draft 2018
Ele mesmo. Aqui abrimos uma licença poética para uma astro da primeira temporada, o quarterback que foi para Auburn após aparecer como um dos QBs protagonistas do time de EMCC – antes, jogou em Florida State University. Sem muitas oportunidades pelos Tigers, Franklin se mudou para a universidade Florida Atlantic, encerrando seu período universitário e se declarando elegível para o Draft 2018, só que como wide receiver. Ao final dos três dias de Draft, Franklin não foi selecionado por nenhuma franquia.
Contudo, assinou como jogador não draftado com o Seattle Seahawks, foi cortado, e na sequência confirmou acordo com o Chicago Bears. Assim, segue seu sonho de disputar jogos na NFL.
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(Fotos: Reprodução Twitter/Brittany Wagner; John Franklin III; Getty Images; reprodução vídeo; Divulgação Netflix)