Ranking dos calouros da NBA 2018-2019 #2
Doncic no topo, Jackson e Sexton subindo e Knox entrando entre os 10 primeiros são os destaques no mês para os calouros
Os dois primeiros meses da NBA passaram voando. Mas alguns calouros conseguiram deixar boas impressões nesse período, mostrando que têm potencial para assumir a liderança de suas franquias dentro de quadra.
Se você tem dúvida que um calouro consegue isso, cite algum jogador do Dallas Mavericks com maior referência do que Luka Doncic em quadra (Dirk Nowitzki ainda está lesionado, vamos lembrar). O esloveno não só assumiu o controle da equipe, como também é responsável direto pela boa campanha da equipe.
Assim como Doncic, Jaren Jackson Jr. e Collin Sexton mostraram uma excelente evolução em seus estilos de jogo e também já estão sendo fundamentais para Memphis Grizzlies e Cleveland Cavaliers, respectivamente. Quem também está aparecendo em bom nível é Kevin Knox, que após ficar afastado por lesão tem conseguido deixar boa impressão para David Fizdale e na torcida do New York Knicks nesses primeiros jogos após sua volta.
Quer saber mais sobre essas jovens estrelas? Confira abaixo o top-10 dos calouros após o segundo mês da NBA, mais um conteúdo exclusivo do The Playoffs que traremos mensalmente por aqui, sempre com atualizações de acordo com o desempenhos dos rookies.
1- Luka Doncic, Dallas Mavericks (posição anterior: 1)
O garoto de ouro de Dallas continuou a produzir em alto nível no último mês. Mesmo com uma leve redução em pontos, rebotes e aproveitamento nas bolas de três, Doncic tem sido primordial na campanha de recuperação dos Mavericks na temporada. A franquia do Texas venceu os últimos dez jogos em casa, incluindo triunfos contra o Golden State Warriors, Houston Rockets, Oklahoma City Thunder e Boston Celtics. O armador entra no final de seu primeiro trimestre na liga com 17,8 pontos, 6,7 rebotes e 4,3 assistências, além de 37,1% de conversão dos chutes de três pontos. Cheiro de All-Star Game logo no ano de calouro para o esloveno.
2- Deandre Ayton, Phoenix Suns (posição anterior: 2)
A crise em Arizona também passa por Ayton. Cobrado até mesmo por Devin Booker (que segundo o pivô, formariam a versão 2.0 de Kobe e Shaq), a defesa do atleta ainda está abaixo da crítica, não apenas por fundamentos ainda pobres, mas também pela falta de atenção (embora possa se traduzir por preguiça) dentro da área pintada. A posição alta no ranking só é justificada pela sua qualidade ofensiva, que complementa muito bem o jogo mais perimetral de Booker. Deandre tem um arsenal interessante para um calouro e tem mostrado saber utilizar sua força física ofensivamente, se mantendo como único calouro com média de duplo-duplo (15,9 pontos e 10,2 rebotes). Um pouco mais de equilíbrio nas duas pontas da quadra e os Suns irão saber que não erraram em sua escolha.
3- Jaren Jackson Jr., Memphis Grizzlies (posição anterior: 4)
Mesmo ainda sem conseguir maior regularidade entre as partidas, Jackson Jr, é um dos atletas mais “prontos” vindo do college no último Draft. Mostrando um basquete moderno, o ala-pivô tem bom chute do perímetro (aproveitamento de 32,3%), além de ser um exímio protetor de aro, o recordista de tocos entre os calouros com 1,8 por jogo. Com isso, seus minutos em quadra têm aumentado, atuando pelo menos 20 minutos em quatro das cinco partidas disputadas pelos Grizzlies em dezembro.
4- Wendel Carter Jr., Chicago Bulls (posição anterior: 5)
A temporada (leia-se as últimas duas) de Chicago está um desastre, incluindo um motim contra o técnico Jim Boylen prestes a estourar. Mas uma rocha dentro da franquia é justamente um calouro. Carter Jr. tem se mostrado extremamente polido na defesa, sendo um dos principais defensores de aro logo em sua primeira temporada. Prova são seus 7,1 rebotes e 1,6 tocos, único oásis em uma equipe que conseguiu perder por 56 pontos de diferença em casa um dia desses. Ofensivamente ele tem brecha para melhorar, principalmente auxiliando no espaçamento do ataque, conseguindo maior consistência em seu chute de média distância.
5- Trae Young, Atlanta Hawks (posição anterior: 3)
A minha principal decepção entre os calouros dessa temporada é com Young. Não que seus 15,4 pontos e 7,2 assistências sejam números ruins, mas a expectativa com o armador tinha muito alta, principalmente em sua habilidade nas bolas de três, que no momento estão em 24,3%, índice apenas mediano. Outro aspecto negativo é a inconsistência ofensiva de Trae, que continua a alternar partidas de 20 pontos contra os Warriors para apenas nove contra o Denver Nuggets. Pouco para um atleta que tem a responsabilidade de ser a nova cara da franquia.
6- Collin Sexton, Cleveland Cavaliers (posição anterior: 7)
Sexton mostrou a maior evolução nesse último mês entre os calouros. Em primeiro lugar, conseguiu mostrar aos veteranos da equipe que pode sim ser o articulador da equipe em quadra. Além disso, sua mão está quente, conseguindo um aproveitamento de 45,1% nas bolas de três e 15,6 pontos em média. Outra prova de sua regularidade é que nos últimos oito jogos, em sete Collin deixou pelo menos 15 pontos e em quatro conseguiu passar dos 20 pontos. Com os Cavaliers sem pretensão alguma na temporada o armador está jogando cada vez mais sem pressão e com a confiança em alta.
7- Marvin Bagley III, Sacramento Kings (posição anterior: 6)
Vindo do banco em todas as 24 partidas que disputou, Bagley tem conseguido sólidos 12,9 pontos, 6,2 rebotes, 1,1 toco e 36% de aproveitamento dos chutes de três. E a importância do atleta dentro do esquema do técnico Dave Joerger só cresce, com o tempo de quadra do calouro ficando em 24 minutos em média. Com paciência, o desenvolvimento de Marvin está sendo dentro do previsto, sendo base importante da boa campanha dos Kings nesta temporada.
8- Shai Gilgeous-Alexander, Los Angeles Clippers (posição anterior: 8)
Um dos calouros mais divertidos da atual safra está cada vez mais achando seu ponto de equilíbrio. Estabilizando média de 10,8 pontos e 35,1% nas bolas de três, Gilgeous-Alexander tem sido um excelente encaixe no esquema de Doc Rivers em Los Angeles, seja pela boa presença nos chutes do perímetro ou pela habilidade nas infiltrações. Nos 19 jogos nos meses de novembro e dezembro, o armador não atuou pelo menos 20 minutos em apenas duas partidas. O próximo passo para Shai é conseguir ser mais regular na pontuação para consolidar sua posição como titular da franquia.
9- Kevin Knox, New York Knicks (posição anterior: não ranqueado)
Depois do combo queda-lesão-susto, Knox finalmente está conseguindo mostrar as credenciais que fizeram os Knicks escolhê-lo no último Draft. 9,4 pontos e 34,1% do aproveitamento nas bolas de três, com duas partidas de 26 pontos no mês de dezembro, sendo que contra o Charlotte Hornets, o ala ainda apanhou 15 rebotes. A tendência é que sua produção aumente nos próximos meses, assim como sua posição aqui no ranking.
10- Miles Bridges, Charlotte Hornets (posição anterior: 10)
Miles continua impressionando a Carolina do Norte com seu atleticismo. Além de belas enterradas, Bridges tem crescido na defesa, tendo conseguido nove tocos nos últimos oito jogos. Já no ataque sua média dos últimos cinco jogos é de 9,8 pontos, com sua melhor pontuação na temporada (16 pontos contra o New Orleans Pelicans). Ele tem se solidificado como um “bancário” de confiança de James Borrego, com a expectativa de seu tempo de quadra crescer ainda mais.
Ausências notáveis
Landry Shamet caiu da oitava posição do primeiro ranking para fora do top-10 nesta segunda parcial. Já Mo Bamba e Mikal Bridges tentam buscar o grupo dos primeiros pela primeira vez para justificar suas escolhas no último Draft. Quem também pode aparecer em breve é o ala-pivô Josh Okogie (crescendo de produção com o Minnesota Timberwolves) e o armador De’Anthony Melton (finalmente um bom armador em Phoenix?).
Fotos: Reprodução Twitter/New York Knicks, Phoenix Suns, NBA
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